31 de outubro de 2011

CORONEL DO EXÉRCITO DIZ QUE TRANSPORTES NA AMAZÔNIA AINDA SÃO DA ÉPOCA DA BORRACHA

Coronel do Exército critica estrutura do transporte na Amazônia
Coronel comparou atual transporte na região ao da época da borracha.
Almeida falou ainda sobre a importância dos rios como meio de transporte.
Para coronel do Exército, falta investimento em hidrovias
(Foto: Mariana Oliveira / G1)
O coronel do 2º Grupamento de Engenharia/Exército Brasileiro, Lauro Augusto Andrade Pastor Almeida, destacou a necessidade de investimentos no transporte na Amazônia. Durante palestra na 19º reunião mensal do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), realizada na última semana, o coronel falou da experiência durante o tempo em trabalhou no Exército no interior do Amazonas.
De acordo com o Inpa, Lauro Almeida percorreu mais de 5 mil comunidades no interior do Amazonas durante o tempo em que esteve no Exército. Durante a palestra, citou algumas experiências e conhecimentos da vida de ribeirinhos como a utilização de óleo de copaíba e de fritura como combustível, moradia e potencialidades dos ribeirinhos. “No interior não existe miséria, o amazonense tem e sabe como sobreviver”, afirmou.
O coronel comparou o atual transporte na Amazônia ao da época da borracha. “O sistema ainda é o mesmo, é aquele transporte na prancha, saco nas costas, o escambo disfarçado, um regatão funcionando com outro nome. Eu senti a falta de dar maior modernidade ao transporte no interior”, disse.
Na palestra "Transporte na Amazônia", Almeida falou ainda sobre a importância dos rios como meio de transporte para a região e a falta de investimentos em hidrovias no Estado. “O rio é a estrada aqui no Amazonas, sem o rio você não consegue ir a lugar nenhum. Hoje temos 26 mil embarcações cadastradas e 5 mil clandestinas e apenas dois municípios foram construídos baseados em rios. O estado do Amazonas tem somente uma hidrovia oficial, a do Rio Madeira”, ressaltou.

GEEA
As reuniões do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos são realizadas todos o meses com a participação de pesquisadores de instituições de ensino, órgãos governamentais e sociedade civil organizada. Segundo informações do Inpa, o GEEA surgiu no ano de 2007 a partir da percepção de que a sociedade apresenta demandas por informações objetivas a respeito das questões ambientais na Amazônia.
G1

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