Coronel do Exército critica estrutura do transporte na Amazônia
Coronel comparou atual transporte na região ao da época da borracha.
Almeida falou ainda sobre a importância dos rios como meio de transporte.
Para coronel do Exército, falta investimento em hidrovias
(Foto: Mariana Oliveira / G1)
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O coronel do 2º Grupamento de Engenharia/Exército Brasileiro, Lauro Augusto Andrade Pastor Almeida, destacou a necessidade de investimentos no transporte na Amazônia. Durante palestra na 19º reunião mensal do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), realizada na última semana, o coronel falou da experiência durante o tempo em trabalhou no Exército no interior do Amazonas.
De acordo com o Inpa, Lauro Almeida percorreu mais de 5 mil comunidades no interior do Amazonas durante o tempo em que esteve no Exército. Durante a palestra, citou algumas experiências e conhecimentos da vida de ribeirinhos como a utilização de óleo de copaíba e de fritura como combustível, moradia e potencialidades dos ribeirinhos. “No interior não existe miséria, o amazonense tem e sabe como sobreviver”, afirmou.
O coronel comparou o atual transporte na Amazônia ao da época da borracha. “O sistema ainda é o mesmo, é aquele transporte na prancha, saco nas costas, o escambo disfarçado, um regatão funcionando com outro nome. Eu senti a falta de dar maior modernidade ao transporte no interior”, disse.
Na palestra "Transporte na Amazônia", Almeida falou ainda sobre a importância dos rios como meio de transporte para a região e a falta de investimentos em hidrovias no Estado. “O rio é a estrada aqui no Amazonas, sem o rio você não consegue ir a lugar nenhum. Hoje temos 26 mil embarcações cadastradas e 5 mil clandestinas e apenas dois municípios foram construídos baseados em rios. O estado do Amazonas tem somente uma hidrovia oficial, a do Rio Madeira”, ressaltou.
GEEA
As reuniões do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos são realizadas todos o meses com a participação de pesquisadores de instituições de ensino, órgãos governamentais e sociedade civil organizada. Segundo informações do Inpa, o GEEA surgiu no ano de 2007 a partir da percepção de que a sociedade apresenta demandas por informações objetivas a respeito das questões ambientais na Amazônia.
G1