Crise levará exército britânico a ter menor efetivo em 200 anos
Soldado britânico participa de exercício de divisão de paraquedistas em Stranraer, na Escócia, em abril Foto: BBC Brasil |
A Grã-Bretanha anunciou nesta quinta-feira que realizará grandes cortes militares por causa da crise financeira, reduzindo de 102 mil para 82 mil o número de seu efetivo, o menor número em 200 anos.
Segundo os novos planos, a serem aplicados até 2020, 17 unidades vão ser afetadas, incluindo cinco batalhões de infantaria. O Exército terá cerca de metade do tamanho que tinha durante a Guerra Fria. Em 1978, ele tinha mais de 163 mil soldados.
O governo disse que o futuro Exército britânico será constituído por duas partes, Forças de Reação, composta por soldados regulares, e Forças Adaptáveis, que incluirá soldados empregados ocasionalmente O número de reservistas empregados ocasionalmente subirá de 15 mil para 30 mil.
Crítica
"Após herdar gastos enormes do último governo, tivemos que tomar decisões difíceis para implementarmos nossa visão de Forças Armadas formidáveis, adaptáveis e flexíveis", disse o ministro da Defesa britânico, Philip Hammond.
O analista para assuntos de Defesa da BBC Jonathan Beale diz que o moral entre os militares britânicos é baixo e não será melhorado com o anúncio de duas novas levas de demissões.
O país tem cerca de 9,5 mil soldados no Afeganistão e o governo pretende diminuir o déficit gerado pelas Forças Armadas. Mas o partido Trabalhista, de oposição, criticou a medida, argumentando que seria uma resposta inadequada para as ameaças globais e poderia colocar o país em risco.
Terra/montedo.com