Alexandre Lima levou tiro de fuzil por não ter escutado aviso de traficantes.
Bernardo Tabak
Na imagem, a inscrição 'EXÉRCITO' gravada no Campo de Instrução de Gericinó, área militar do Exército Brasileiro (Foto: Arte/G1) |
Na semana passada, após a chacina ocorrida na Baixada Fluminense, uma polêmica ficou no ar sobre de quem é a responsabilidade pela área onde foram cometidos oito dos nove assassinatos. Inicialmente, o Comando Militar do Leste (CML) negou que a área fosse do Exército Brasileiro. Entretanto, na quinta-feira (13), o mesmo CML admitiu que os fatos ocorreram na região do Campo de Instrução de Gericinó. Mais do que isso, um dos crimes – o assassinato do auxiliar de serviços gerais Alexandre Lima – ocorreu a cerca de 50 metros de onde se lê a palavra “EXÉRCITO”, marcada no terreno de Gericinó.
A inscrição “EXÉRCITO” aparece gravada na vegetação próxima a uma das estradas de terra do Campo de Instrução de Gericinó, paralela às casas que margeiam o muro que delimita a área, no município de Nilópolis. Na imagem, fotografada por satélite e que faz parte do acervo do Google Maps, as primeiras letras marcadas - E e X - já estão desgastadas. O Google Maps foi criado em 2003, mas, de acordo com a assessoria de comunicação do site de buscas Google, não é possível precisar quando foi fotografada a imagem que é exibida atualmente no mapa. De acordo com uma nota emitida pela assessoria, “não existe uma periodicidade exata para a atualização, mas, no entanto, a equipe do Google Maps busca publicar as melhores imagens para os usuários, levando em consideração atualidade e nitidez, entre outros aspectos”.
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O Comando Militar do Leste não comentou sobre o crime ocorrido próximo à palavra “EXÉRCITO” marcada no terreno de Gericinó. Em nota, disse que “foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias que envolveram o encontro de dois cadáveres em área militar”. A nota também diz que “foi intensificado o patrulhamento da área, com a participação de uma companhia de fuzileiros, com 90 homens”.
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G1 Rio/montedo.com