14 de março de 2012

Comandante do Exército diz que ninguém será punido por assinar o "Alerta à Nação"


Uma reunião convocada pelo Comandante do Exército, ocorrida na última segunda-feira (12) no auditório de seu gabinete, resultou em forte cobrança ao General Enzo, por conta dos desdobramentos  ocorridos a partir da divulgação do Manifesto Interclubes Militares, que resultaram na publicação de um segundo texto, o qual conseguiu a adesão de uma penca de oficiais generais e de centenas de oficiais superiores.
Ao encontro compareceram todos os generais da ativa que servem em Brasília, três ministros do STM e vinte generais de quatro estrelas da reserva, residentes na capital.
O Comandante, sem citar os motivos, alegou que o manifesto surgiu num momento inoportuno, contestando também os termos empregados. Disse também que é sua a responsabilidade em resolver o impasse e garantiu que ninguém será punido por ter assinado o artigo do general Marco Felício “Alerta à Nação: eles que venham, por aqui não passarão!
A postura conciliadora do Comandante da Força, entretanto, não foi suficiente para livrá-lo das cobranças. Ouviu de um dos presentes que nem ele nem o ministro Amorim tinham autoridade ou legitimidade para mudar as decisões das entidades representativas dos oficiais das três forças. Ainda sobraram críticas ao presidente do Clube Militar, considerado também ele responsável pela celeuma, ao ceder à pressão e retirar a nota do site da entidade.
Sobre a Comissão da Verdade, a preocupação dos altos coturnos é que, em consequência  de uma quase certa manipulação, militares passem a ser execrados pela mídia e o possível respaldo da opinião pública permita uma ação no STF para obter a revisão da lei da anistia.

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