Uma reunião convocada pelo Comandante
do Exército, ocorrida na última segunda-feira (12) no auditório de seu gabinete,
resultou em forte cobrança ao General Enzo, por conta dos desdobramentos ocorridos a partir da divulgação do Manifesto
Interclubes Militares, que resultaram na publicação de um segundo texto, o
qual conseguiu a adesão de uma penca de oficiais generais e de centenas de
oficiais superiores.
Ao encontro compareceram todos os
generais da ativa que servem em Brasília, três ministros do STM e vinte
generais de quatro estrelas da reserva, residentes na capital.
O Comandante, sem citar os motivos,
alegou que o manifesto surgiu num momento inoportuno, contestando também os
termos empregados. Disse também que é sua a responsabilidade em resolver o
impasse e garantiu que ninguém será punido por ter assinado o artigo do general
Marco Felício “Alerta
à Nação: eles que venham, por aqui não passarão!”
A postura conciliadora do Comandante
da Força, entretanto, não foi suficiente para livrá-lo das cobranças. Ouviu de
um dos presentes que nem ele nem o ministro Amorim tinham autoridade ou
legitimidade para mudar as decisões das entidades representativas dos oficiais
das três forças. Ainda sobraram críticas ao presidente do Clube Militar,
considerado também ele responsável pela celeuma, ao ceder à pressão e retirar a nota do site da entidade.
Sobre a Comissão da Verdade, a
preocupação dos altos coturnos é que, em consequência de uma quase certa manipulação, militares
passem a ser execrados pela mídia e o possível respaldo da opinião pública permita
uma ação no STF para obter a revisão da lei da anistia.