Força Militar: Cai poder de compra de praças
MARCO AURELIO REIS
Rio - O poder de compra dos praças que servem ou moram no Rio caiu 57,23% nos últimos dois anos. No período, o vencimento deles foi reajustado, em média, 6%. Ou seja, o aumento do custo de vida na Capital e na Região Metropolitana do Rio não só devorou o ganho salarial obtido em 2010, como mais da metade do vencimento de cabos e sargentos.
A conta foi obtida com exclusividade pela Coluna graças a colaboração de um primeiro sargento que mora no Rio. Ele abriu seu orçamento para defender que não há motivos para militares das Forças Armadas festejarem o aumento salarial de 30% em parcelados entre o ano que vem e 2015. “Muitos de nossos companheiros estão endividados. O custo de vida está em disparada”, diz o sargento. “Não nos será possível resistir até 2015 com 5,358% de aumento ao ano”, contabiliza ele, que hoje recebe R$ 4.266 líquidos.
LUPA NAS CONTAS
Em 2010, o primeiro sargento recebia R$ 4.002,07 líquidos. Do total, todos os meses R$ 944 iam para o aluguel, R$ 394 para o condomínio e R$ 73 para o IPTU.
R$ 1.574 PARA OS GASTOS
O sargento ainda gastava há dois R$ 763 com plano de saúde e R$ 250 com as contas de gás, luz e telefone. Para gastos com alimentação e remédios ficavam R$ 1.574.
ALUGUEL SUBIU 48,73%
Este ano, o mesmo primeiro sargento recebia R$ 4.266 líquidos. Do total, todos os meses R$ 1.401,91 iam para o aluguel, R$ 456 para o condomínio e R$ 81 para o IPTU.
R$ 673 PARA VIVER
O mesmo sargento gastou em agosto R$ 947 com plano de saúde, R$ 260 com contas como a de luz e R$ 443 com seguro fiança. Para demais gastos ficaram R$ 673,54.
O Dia Online (Força Militar)/montedo.com