28 de outubro de 2012

Efeito porta-aviões? China eleva o tom em disputa com Japão por ilhas

A introdução na frota da China do primeiro porta-aviões chinês Liaoning é um evento simbólico para o país, obviamente dedicado ao feriado nacional em novembro e ao próximo importante congresso do Partido Comunista.

Terril Yue Jones
Um vice-chanceler da China disse nesta sexta-feira que seu país se reserva o direito de impor uma forte retaliação caso o Japão "crie incidentes" nas águas ao redor de ilhas disputadas no mar do Leste da China.
"Estamos observando muito atentamente qual ação o Japão poderia tomar a respeito das ilhas Diaoyu e suas águas adjacentes", disse Zhang Zhijun, numa rara entrevista coletiva noturna. "A ação que o Japão adotar irá moldar as contramedidas da China."
As relações sino-japonesas entraram em crise em setembro, depois que o governo japonês comprou as ilhas, chamadas de Senkaku pelo Japão e de Diaoyu pela China. As ilhas, desabitadas, pertenciam a um proprietário particular japonês.
A nacionalização motivou protestos violentos e propostas de boicote a produtos japoneses em toda a China.
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"Se o Japão continuar no seu atual caminho errado, adotar mais ações errôneas, criar incidentes relativos às ilhas Diaoyu e desafiar a China, a China irá definitivamente tomar fortes medidas para reagir a isso", afirmou Zhang.
"Não faltam contramedidas que a China poderia tomar em resposta", acrescentou. "Temos confiança e capacidade para manter a soberania e a integridade territorial do país. Não há ameaças ou pressões estrangeiras que abalem a resolução do governo e do povo chineses."
Depois da nacionalização das ilhas, a China enviou uma patrulha pesqueira e embarcações de vigilância naval para águas próximas às ilhas, gerando temores de que um confronto contra navios japoneses de patrulha desencadeiem um conflito mais amplo entre as duas maiores economias da Ásia.
DefesaNet/montedo.com

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