Policiais do Exército fazem patrulha na Pituba e Pelourinho - A Tarde |
A tensão foi causada pelas ameaças de arrastão e pelos arrombamentos e saques, durante a madrugada, de pelo menos dez grandes lojas da região, entre supermercados, lojas de eletroeletrônicos e joalheria. Na última, oito homens usaram um carro roubado para destruir a porta metálica, invadir o estabelecimento e levar dezenas de produtos. Os assaltantes fugiram a pé e toda a ação foi filmada pelo sistema de segurança da loja.
O movimento de vendedores ambulantes e de compradores na região central tanto de Salvador quanto de Feira de Santana, porém, é bem menor que o normal. Vendedores da capital estimam redução de entre 70% e 80% no número de clientes. Cerca de metade dos ambulantes não montaram barracas hoje. Dois mil militares do Exército e 650 integrantes da Força Nacional de Segurança vão fortalecer o policiamento ostensivo no Estado enquanto houver parte da Polícia Militar paralisada. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, pelo menos dois terços dos 32 mil PMs da ativa na Bahia estão trabalhando.
O movimento grevista foi iniciado por uma das nove associações que representam a categoria no Estado, a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra). Integrantes do grupo ocupam, desde terça-feira, a entrada da Assembleia Legislativa e promovem manifestações em Salvador. A Aspra, que tem cerca de 2 mil filiados, cobra do governo a incorporação de gratificações aos salários, além de regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente. O comando-geral da PM diz não reconhecer a Aspra como entidade de classe.As outras associações de classe não aderiram à paralisação. As lideranças delas tiveram uma reunião com a cúpula da Segurança Pública do Estado, no fim da manhã, para debater a situação e cobrar do governo melhorias nas condições de trabalho.
Diário do Grande ABC/montedo.com