Mulheres de militares protestam por reajuste no desfile de 7 de Setembro
'É data estratégica para mostrarmos indignação', diz presidente de entidade.
Elas reclamam de aumento de 30% em três anos concedido pelo governo.
Iara Lemos, Nathalia Passarinho e Priscilla Mendes
Mulheres de militares das Forças Armadas protestam contra reajuste concedido pelo governo (Foto: Iara Lemos / G1) |
Mulheres de integrantes das Forças Armadas protestaram na manhã desta sexta-feira (7), antes do desfile do 7 de Setembro, por maior reajuste salarial aos militares. Posicionadas no primeiro palanque destinado aos populares depois do espaço das autoridades, elas mostram faixas para aqueles que vão desfilar e também para atrair a atenção da presidente Dilma Rousseff.
"É uma data estratégica porque é o momento que o Brasil consegue mostrar sua indignação", afirmou a presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas Brasileiras, Ivone Luzardo.
As mulheres dos militares reclamam do reajuste concedido de 30% nos próximos três anos. Elas pedem reposição referente a perdas salariais de 135%.
Uma das faixas diz: "Dilma investe milhões em Cuba, o mensalão nada na Cachoeira, enquanto o povo brasileiro agoniza nas filas dos hospitais, os militares realizam trabalho escravo e recebem esmolas."
Outra faixa, critica o PT, partido da presidente: "Acorda, Brasil. Militar, não votem no PT. Eles querem acabar com você."
Protesto da PF
Ao lado das mulheres dos militares, um grupo de policiais federais também protestam por melhores salários. O presidente do sindicato dos policiais federais do Distrito Federal, Jones Leal, disse que os cerca de 170 agentes que estão no palanque pretendem virar de costas quando a ala da PF passar em protesto aos colegas que não boicotaram o desfile.
"Não vamos virar as costas para a presidente. Vamos virar as costas para os colegas que não desfilarem", disse Leal. Segundo ele, parte dos agentes da PF segue em greve por melhores salários.
"A gente respeita a presidente, jamais iríamos virar as costas para ela", completou o sindicalista. Ele chamou ainda de "pelegos" os colegas que estão participando da cerimônia.
G1 DF/montedo.com