Polícia deve remeter inquérito ao judiciário pedindo prisão permanente de dois soldados do 11ºBPM
Wagner Machado / Rádio Guaiba
Pistolas apreendidas com os dois policiais militares presos em razão do crime Crédito: Polícia Civil / CP |
O delegado acrescentou que os testes na pistola calibre .380 realizados no Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram a suspeita de que o policial participou do homicídio. “É uma prova quase incontestável. Devemos concluir o inquérito nesta semana e remeter ao Judiciário pedindo a prisão permanente dele e do outro policial, de 31 anos, ambos já presos de forma temporária”, esclarece, ao dizer que o laudo foi conclusivo.
A tese da polícia é de que o alvo dos PMs era o arsenal que o militar reformado mantinha em casa e que Molina Dias tenha sido morto por ter reagido. Em 18 de dezembro, a Polícia Civil prendeu os suspeitos, ambos lotados no 11º Batalhão, que eram responsáveis pela segurança da área onde Molina residia.
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DOI-CODI
O coronel Molina comandou, em 1981, ano do Atentado do Riocentro, o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) do Rio de Janeiro. Documentos encontrados na casa do militar sugerem que o deputado cassado Rubens Paiva, desaparecido na década de 1970, foi detido pelo Exército. Um deles, um ofício datado de 20 de janeiro de 1971 – dia do desaparecimento de Paiva –, contém uma relação de objetos pessoais que pertenciam ao deputado. O relatório identificou ainda que o parlamentar chegou ao Doi-Codi do Rio naquele dia trazido por uma equipe do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa).
Correio do Povo/montedo.com