31 de janeiro de 2010

C-115: O BÚFALO DA AMAZÔNIA

O ADEUS AO C-115 - O BÚFALO DA AMAZÔNIA

O avião era chamado de Búfalo, serviu na Amazônia até 2008, quando foi definitivamente desativado; era utilizado no lançamento de pára-quedas e transporte de cargas leves. O canal de televisão “AmazonSat” fez uma brilhante cobertura da despedida deste importante avião.
Segundo os especialistas, este avião foi fabricado no Canadá, pela De Havilland Canadá, tinha 29,26 m de envergadura e 24,08 m de comprimento. O grande diferencial era que ele tinha um “STOL”, o que garantia um pouso em pequenas faixas de terra e cobria longas distâncias na Amazônia.
Serviu por mais de 40 anos, ajudando no projeto para integrar a região da Amazônia e ampliar a presença das Forças Armadas em todo o território da floresta.
Segundo os pesquisadores Hélio Higuchi & Paulo Roberto Bastos Jr “A utilização do Búfalo na FAB no início de sua vida operacional não se diferenciou do perfil que era empreendido pelos C-82, o de típico transporte militar de carga e tropas. Apenas quando o 1º/9º GAv recebeu os seus exemplares é que o C-115 teve suas principais características exploradas ao limite. A história do Búfalo na FAB funde-se indelevelmente com a realidade diária da imensidão da Amazônia. Com número reduzido de pistas capazes de receber aviões de grande porte e incalculáveis distâncias impossíveis de serem percorridas por terra ou mesmo de barco, a floresta amazônica é completamente dependente do transporte pelo ar. E o C-115, desde o início, foi peça chave para a vida da população da selva. Nesses quase 40 anos de operação, ele foi fundamental no apoio às três Forças Armadas e à diversas agências governamentais que atuam na região, atuando em missões de logística, transporte de tropas, reabastecimento de destacamentos do Exército, Marinha e Aeronáutica, abastecimento de aldeias indígenas e pequenos povoados, evacuação aero médica e diversas outras atividades que só podiam ser executadas em função da capacidade do avião de operar nas piores e menores pistas imagináveis, com segurança e eficiência. Deve-se salientar também, como prova de sua confiabilidade, que, nos acidentes ocorridos com o modelo durante sua vida operacional até aqui, não houve a perda de nenhuma vida. A substituição dos Búfalos pelo CASA 295 encerra um capítulo brilhante na história da Força Aérea, que agora trabalha para alcançar a modernização da frota sem detrimento das missões cumpridas pelos vetores que saem de cena”.
Este gringo “cabocão” da Amazônia cumpriu a sua missão, um grande guerreiro; não sou militar, mas bato continência para ele; foi aposentado compulsoriamente, pois ainda tem fôlego para prestar algumas missões especiais no interior de São Paulo e no Equador (alguns C-115 foram doados pelas Forças Armadas do Brasil). Valeu C-115! Selva! 

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