7 de janeiro de 2010

EXÉRCITO SOCORRE FLAGELADOS EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA

Juliana Cardilli Do G1, em São Luiz do Paraitinga
Foto: Juliana Cardilli/G1

Cidade parece cenário de guerra, segundo general do Exército. (Foto: Juliana Cardilli/G1)

O general Araújo Lima, coordenador dos trabalhos do Exército em São Luiz do Paraitinga, cidade a 182 km da capital, devastada pelas chuvas, disse nesta quarta-feira (6) que a cidade parece ter sido bombardeada e que o cenário é semelhante ao de uma guerra.
“Já tive experiência em outras situações da calamidade, mas aqui se parece com uma guerra. É uma destruição como se tivesse havido um bombardeio. Mas aqui o inimigo é o tempo”, afirmou ele, que já esteve em situações de conflito em Angola e no Timor Leste.
Cerca de cem homens do Exército estão na cidade dando apoio ao trabalho da polícia e da Defesa Civil – que acionou a corporação. Inicialmente, foram enviadas aeronaves e embarcações para o resgate de pessoas ilhadas, ainda no dia 1º e no dia 2. Os oficiais também ajudaram a restabelecer os meios de comunicação de emergência para o contato externo da cidade, que ficou isolada.
“Estamos vivendo uma situação em que todos têm dever de ajudar. Eu sobrevoei a área no sábado (2) e só dava para ver os telhados das casas”, afirmou Lima.
  Foto: Juliana Cardilli/G1 

Cidade ainda tem entulho espalhado pelas ruas. (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Além do trabalho de resgate, os homens do Exército também deram apoio à polícia para o monitoramento da área. “Estamos com uma tropa de cerca de 50 homens patrulhando a cidade, porque houve o registro de alguns saques. É um trabalho de cooperação com a polícia para preservar o patrimônio dos moradores”, disse o general. De acordo com ele, a partir da tarde desta quarta o contingente de oficiais irá ser reduzido na cidade.
Com o nível da água mais baixo, muitas casas que estavam alagadas desde o dia 1º foram liberadas, e os moradores começaram a avaliar os danos. Móveis estragados e entulho estavam espalhados por toda a cidade, além da lama que ainda cobre muitas ruas. Desde cedo, caminhões circulam pelas áreas acessíveis recolhendo os materiais que serão jogados fora.
Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 300 imóveis foram afetados pela enchente.

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