Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)
A tinta utilizada no revestimento do porta-aviões São Paulo foi o provável combustível que facilitou a propagação do fogo na embarcação, no último dia 22, matando um marinheiro e deixando duas outras pessoas feridas, na Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara. A hipótese foi levantada pelo engenheiro Masaki Yokoyama, a serviço do Ministério Público Militar.
Amostras do revestimento da embarcação já foram coletadas e serão analisadas pela perícia da Marinha. Segundo Yokoyama, ainda não há informações suficientes para afirmar o que provocou o acidente. Suspeita-se, porém, que o aquecimento ou um curto-circuito num ventilador possa ter sido a causa do incêndio.
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O inquérito policial-militar vem sendo acompanhado pela procuradora de Justiça Militar Hevelize Jourdan Covas Pereira e pela promotora de Justiça Militar Ana Cristina da Silva. O que chama a atenção no caso é o fato de ter sido o segundo incêndio em seis anos no porta-aviões São Paulo, desde que ele foi comprado em 2000, da França. Por isso, os representante do Ministério Público sugeriram à Marinha que seja realizada uma reconstituição do incêndio em outro ambiente do porta-aviões com características semelhantes.
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