Operação Vulcano começou na quarta-feira e foi até esta sexta-feira (5).
Objetivo da operação foi checar se há falta de segurança com as vendas.
Cerca de 2,5 toneladas de explosivos foram apreendidos durante os três dias da Operação Vulcano I, realizada pelo Exército, que fiscalizou as empresas baianas que trabalham os detonadores. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Comando do Exército.
Além dos explosivos, 14 empresas foram autuadas e oito paiós foram lacrados. Também foram recolhidos 2 km de cordel detonante, 948 espoletas, 450m de estopim e 500m de dispositivos.
A Operação Vulcano I, parceria entre o Exército e as polícias Militar e Civil, teve como intuito checar se há falha na segurança na venda de explosivos e também verificar o acesso de criminosos ao material, geralmente usado em assaltos a bancos.
De acordo com o Sindicato dos Bancários, 21 caixas eletrônicos foram explodidos este ano na Bahia. Em 2012, foram 15 equipamentos explodidos no mesmo período. Segundo o Exército, um dos principais problemas encontrados durante a fiscalização foi a falta de controle na entrada e saíde de material dos locais.
Na quarta-feira (3), por exemplo, especialistas realizaram a fiscalização em empresas de Simões Filho licenciadas para trabalhar com explosivos. Na ocasião, foi encontrado um grupo de jovens que atravessava a área de segurança da empresa, onde são realizadas testes, para ir pescar.
Segundo a delegada Fátima Alonso, os desvios de explosivos podem ser investigados. "Alguns crimes têm correlação com outros crimes que a Polícia Civil tem que investigar. Está ocorrendo muito assalto a banco com explosivos. Esses desvios de explosivos podem ser usados em vários crimes. Onde ocorre esse desvio? Vamos iniciar uma investigação", esclareceu.
O oficial do Exército, Arivando de Moraes, disse que o sistema de vigilâncias de algumas empresas precisam ser reforçados. "Se uma criança chega aqui perto da área de paiol, imagina um bandido? Tipo de atuação que nós vamos solicitar melhoria desses sistema de vigilância", constatou.
A empresa foi autuada e disse que trabalha há 20 anos com os produtos e nunca teve problemas, mas que, ainda assim, deve rever as medidas de segurança.
G1/BA/montedo.com