Carro de militar do exército conduzido por menor invade comércio no bairro da Várzea
Cruzeiro do Sul (AC) - Várias testemunhas dizem ter visto uma menor de 13 anos conduzindo o veículo e o militar em estado de embriaguez, mesmo assim a PM não realizou o teste do bafômetro nem conduziu os acusados para delegacia
Por volta das 5h58 da manhã deste sábado (03) um carro gol bola, prata, perdeu o controle e invadiu um comércio no bairro da Várzea, na Avenida Desembargador Távora, próximo ao antigo curri. O proprietário do veículo é Francisco Silva de Lima, 28, cabo do exército. Segundo informações das testemunhas o veículo era conduzido por uma menor de 13 anos.
“Eu joguei o meu carro lá para o lado para que não batesse em mim, ai o carro dele bateu no meio fio e entrou ai no comércio, tinha outras três meninas dentro do carro, e uma de 13 anos que estava dirigindo”, falou a testemunha Edilson Gomes.
Segundo o boletim de ocorrência o carro bateu no meio fio, perdeu o controle e entrou por um pequeno espaço na frente de uma residência e atingiu o comércio. Segundo as informações o proprietário da residência atingida pelo veículo entrou em acordo com o proprietário do carro. No boletim da policia o militar assume que estava conduzindo o veículo, e não consta a presença das menores junto com o acusado.
Presidente do bairro da Várzea, Marivaldo Valente, falou indignado que a polícia chegou ao local e não conduziu nenhuma das pessoas para delegacia, nem mesmo realizou teste de bafômetro, sendo que o “suposto” condutor mostrava visível estado de embriaguez e estava acompanhado de 3 menores de idade, que também aparentavam ter ingerido bebida alcoólica.
“Até agora o nosso posicionamento é de revolta, de indignação, de impunidade, pois a gente ver que nada está sendo feito. A polícia muitas vezes é omissa aos problemas, e poderia tomar providência, mas até agora não foi feito nada. A gente ta indignado. Ele colocou em risco a vida de várias pessoas, quer dizer que não vai ter nenhuma ação para poder punir esse cidadão?”, indagou indignado o presidente do bairro.
TRIBUNA DO Juruá/montedo.com
Comandante do 61º Bis esclarece envolvimento de militar do exército em acidente de trânsito
Vanísia Nery
Segundo o Comandante do 61º Batalhão de Infantaria de Selva, Tenente Coronel Guerra, a instituição realizou um levantamento investigativo após as denúncias recebidas do envolvimento de um cabo do exército em um acidente de trânsito. Durante o acidente o carro invadiu um comércio no bairro da Várzea e quebrou a parede do local. A matéria veiculada no último sábado (03) menciona que várias testemunhas teriam visto o cabo do batalhão, Francisco Silva de Lima,28, embriagado e com o veículo de sua propriedade, com uma menor de 13 anos na condução. Na ocasião o presidente do bairro da Várzea, Marivaldo Valente, falou indignado que a polícia chegou ao local e não conduziu nenhuma das pessoas para delegacia, nem mesmo realizou teste de bafômetro.
Segundo o comandante do 61 Bis, existe a parte jurídica como também a parte interna do batalhão, a disciplinar, a ser analisada. Ele explica que para o comando, até o momento, o militar não incorreu em nenhuma transgressão disciplinar. Tenente Coronel Guerra falou que o automóvel é de propriedade do militar, a habilitação está regular, e existiu um acordo entre o proprietário do comércio e o cabo.
“O batalhão precisa trabalhar com fatos concretos, e nós temos o maior desejo de esclarecer qualquer fato que envolva os militares do 61 Bis. Então nós verificamos que o automóvel é dele, a habilitação está em dia,ele entrou em acordo com o proprietário do comércio e os reparos na parede já estão em andamento”, falou.
Em relação ao teste do bafômetro, o comandante do 61 bis disse que procurou o Batalhão da PM no município para ter acesso ao registro de ocorrência e buscar esclarecimentos junto a guarnição que atendeu o acidente, sendo explicado pelo policial responsável que não existiu necessidade de realização do teste.
“Nós consultamos o militar que fez o registro de ocorrência, e naquele momento pela experiência dele, ele verificou que o cabo do batalhão não tinha voz atrapalhada, olhos vermelhos, algum problema motor que desse sinais de embriaguês, por isso não foi realizado o teste do bafômetro, pois ele verificou que não havia necessidade”, mencionou.
Pertinente a menor de 13 anos na condução do veículo, o comandante explicou que não existe nenhum fato concreto para afirmar o envolvimento de menores.
“ Existem relatos da presença de meninas. No boletim que eu li, não tinha nenhum nome, então nós trabalhamos com fatos concretos. O batalhão sempre ficará a disposição para continuar o esclarecimento desses fatos. O que nós consideramos agora que aconteceu, foi um acidente de trânsito, que causou uma avaria em um comércio, não havendo nenhuma vítima, houve um consenso entre as partes, não houve denúncia junto a polícia civil e nós continuamos a disposição para esclarecer esse assunto”, finalizou.
TRIBUNA DO Juruá/montedo.com