5 de agosto de 2011

AMORIM NA DEFESA É COMO ROBERTO DINAMITE NA PRESIDÊNCIA DO FLAMENGO, DIZEM MILITARES

Militares reagem e consideram escolha de Amorim "a pior surpresa" dos últimos tempos
De acordo com oficiais-generais da ativa, decisão de Dilma teria "o dedo de Lula"
A escolha do ex-chanceler Celso Amorim para substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa desagradou almirantes, generais e brigadeiros e foi considerada "a pior surpresa" dos últimos tempos pelos militares, só comparável à escolha de José Viegas Filho, também diplomata, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, para o mesmo cargo.
No caso de Celso Amorim, de acordo com oficiais-generais da ativa ouvidos pelo Estado, que não podem se pronunciar para não serem punidos por descumprirem o regulamento disciplinar e quebra de hierarquia, a situação ainda é mais delicada porque todos conhecem as posições do ex-chanceler durante sua passagem pelo Itamaraty, quando "contrariou princípios e valores" dos militares.
Leia também:SAI JOBIM, ENTRA AMORIM, OU: NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR
Apesar de toda contrariedade, os militares, disciplinados, não tomarão nenhuma atitude contra Amorim. Não há o que fazer, além de bater continência para o ocupante de uma das carreiras que os militares mais têm rivalidade.
Para os militares, a escolha de Amorim tem "o dedo de Lula", dizem. Dilma Rousseff é a presidente da República e cabe a ela escolher o novo ministro da Defesa e aos militares acatarem a decisão.
— É quase como nomear o flamenguista Márcio Braga para o cargo de presidente do Fluminense ou do Vasco, ou vascaíno Roberto Dinamite como presidente do Flamengo — comentou um militar, recorrendo a uma analogia futebolística e resumindo o sentimento de "desgosto" da categoria.
Nelson Jobim foi o terceiro ministro de Dilma a cair ao longo do governo da presidente.
AGÊNCIA ESTADO

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