O Exército brasileiro tem convênios para fazer obras públicas que somam R$ 2,3 bilhões com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Só em 2011, estão programados desembolsos de mais deR$ 41 milhões do cofre federal para quitar esses acordos.
A reportagem revelou ontem que o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e mais sete generais são alvo de investigação da Procuradoria-Geral de Justiça Militar, sob suspeita de participação em fraudes em obras executadas pelo Exército.
Eles comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) da Força entre 2004 e 2009, quando houve as irregularidades.
Em nota, o Centro de Comunicação do Exército afirmou desconhecer a existência da investigação sobre os militares.
O Dnit, órgão ligado ao Ministério dos Transportes, também é alvo de suspeitas de fraudes e irregularidades desde o mês passado. Elas já resultaram na queda do ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e outros 21 funcionários ligados à pasta.
Fazem parte dos convênios entre o Dnit e o Exército obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do Executivo federal, como as das rodovias BR-101 no Nordeste, da BR-230 no Pará e da BR-319 no Amazonas.
Contratos da BR-101 e do aeroporto internacional de Natal (RN), sob responsabilidade do 1º BEC (Batalhão de Engenharia de Construção), são alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Militar e Federal, como a reportagem revelou no último dia 20.
Leia também:
COMANDANTE DO EXÉRCITO E MAIS SETE GENERAIS SÃO INVESTIGADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO
Obras
Cinquenta termos de cooperação estão em vigor entre a Força e o Dnit. Eles vão de restauração, construção e duplicação de estradas a construção de pontes, viadutos e pontes metálicas. Os trabalhos são feitos por 22 unidades militares.
O DEC e o IME (Instituto Militar de Engenharia) também estão ligados às obras.
Agora.uol/Folha
