Exército negará que militares fizeram apologia a crime
O ministro da Defesa, Celso Amorim, indicou que o Exército vai negar que militares do 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, cantaram refrões de apologia ao crime enquanto corriam nas ruas da cidade. Em entrevista nesta terça-feira no Senado, onde se encontrou com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), Amorim chegou a ensaiar um repúdio ao treinamento dos militares, mas depois adiantou que a conclusão de uma sindicância interna minimizará o episódio.
"Se verdadeira (a história), é absolutamente inaceitável. Mas as informações até agora indicam que não teria ocorrido como o descrito ali", afirmou. Durante treinamento na rua Barão de Mesquita, os militares gritaram: "Bate, espanca, quebra o osso. Bate até morrer". Um instrutor perguntou: "E a cabeça?". O grupo respondeu: "Arranca a cabeça e joga no mar". Os relatos foram feitos pela coluna de Ilimar Franco, do jornal O Globo.
Leia também:
O 'cântico da morte'. Ou: qualquer asinha de grilo dá uma sopa.
Cânticos de defesa de práticas de violação de direitos humanos costumam fazer parte da rotina dos treinamentos das Forças Armadas e das polícias. Nos últimos anos, Exército, Marinha e Aeronáutica não deram indicações de mudanças na formação de suas tropas. Na entrevista, o ministro Amorim destacou que o Exército teve um bom comportamento em ações como a da Rio+20 e no Complexo do Alemão, ambos no Rio. "O Exército não se vale daquele tipo de incentivo", afirmou.
Diário do Grande ABC(Agência Estado)/montedo.com