15 de setembro de 2012

RJ: depois dos crimes, campo de Gericinó amanhece sem patrulhamento do Exército

Parque de Gericinó amanhece sem patrulhamento do Exército

O Parque de Gericinó, em Mesquita, na Baixada Fluminense, amanheceu sem a presença do Exército, nesta sexta-feira. Ao contrário de quinta-feira, quando o efetivo foi reforçado, não há militares na guarita de entrada do parque. O Comando Militar do Leste havia anunciado o reforço do patrulhamento na região, depois que dois corpos foram encontrados na área do parque, na quinta.
As duas pessoas foram executadas por traficantes da Favela da Chatuba, em Mesquita. Moradores da localidade dizem que o Exército deixou de controlar o parque, permitindo que os bandidos tomassem conta do espaço. O pai de uma da vítimas da chacina do último fim de semana classificou a área como “parque do tráfico”.
Desde a madrugada de terça-feira, centenas de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar ocupam a Favela da Chatuba, com o apoio de fuzileiros navais. Parte do efetivo foi levada para a comunidade dentro de quatro blindados dos fuzileiros. A ação foi desencadeada após as oito mortes cometidas por traficantes da comunidade, no último fim de semana.
Os corpos de Victor Hugo da Costa, de 17 anos; Christian de França Vieira, de 19 anos; Patrick Machado de Carvalho, de 17 anos; Josias Searles, de 16 anos; Douglas Ribeiro da Silva, de 17 anos e Glauber Figueira Eugênio, de 17 anos, foram encontrados às margens da Rodovia Presidente Dutra, no bairro Jacutinga, nesta segunda-feira. Os cadáveres foram localizados nus, sob uma lona preta. As vítimas apresentavam sinais de tortura e marcas de tiro na cabeça.
No sábado, os seis amigos foram tomar banho de cachoeira em uma mata que dá acesso à Chatuba. As famílias dos jovens comunicaram o sumiço à polícia neste domingo. De acordo com parentes dos jovens, eles saíram de casa por volta das 15h de sábado para assistir a um campeonato de pipas no campo de instruções de Gericinó. De lá, elas foram à cachoeira.
Os assassinatos de seis jovens moradores de Nilópolis não foram os únicos. O pastor Alexandro Lima foi assassinado a tiros de fuzil no sábado passado, enquanto fazia uma caminhada próximo ao Parque de Gericinó. Já o cadete da PM José Augusto foi executado na região no mesmo dia. Nenhuma dessas vítimas tinha antecedentes criminais. Na quinta-feira, foram encontados os corpos de José Aldeci da Silva Júnior e de uma pessoa ainda não identificada.
Os suspeitos de comandar os assassinatos são os traficantes Juninho Cagão, Bola e Ratinho, todos da Chatuba.
Extra/montedo.com

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