26 de maio de 2012

Brasil e Portugal defendem intercâmbio entre suas Forças Armadas

Intercâmbio entre as forças armadas é defendido por Portugal e Brasil

A necessidade de incrementar o intercâmbio e fortalecer a parceria militar Brasil-Portugal norteou a reunião entre os ministros da Defesa Celso Amorim e José Pedro Aguiar-Branco, que teve inicio na quinta-feira, em Brasília. No encontro bilateral, o ministro Amorim sugeriu que os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas dos dois países participem de conferências anuais para tratarem de questões de abrangência comum. O ministro Aguiar-Branco destacou o processo de privatização do setor naval português, projeto que, segundo ele, oferece oportunidades para indústrias brasileiras.
O ministro Amorim, durante o encontro, apresentou algumas das áreas que o exército brasileiro tem interesse em promover parceria com o exército português. “Aqui no Brasil desenvolvemos o Centro de Defesa Cibernética, que já foi implantado há um ano e meio e terá seu grande teste na Rio+20. O governo federal tem o programa ‘Ciências sem Fronteiras’ e asseguro que podemos estabelecer intercâmbio nessa área,” disse Amorim.
Com relação à privatização, Celso Amorim considerou importante que o governo brasileiro conheça em detalhes a concorrência e priorize a participação de empresas nacionais. Nesse momento, autoridades militares fizeram relato sobre a construção de navios patrulhas de 200 e 500 toneladas. No entanto, os brasileiros expuseram que há necessidade de verificar o mercado para tomar qualquer decisão sobre a privatização.
O ministro Aguiar-Branco chegou na terça-feira, ao país para visita oficial de três dias. As reuniões com as autoridades brasileiras foram iniciadas na quinta-feira, sendo a primeira no Ministério da Defesa. Aguiar-Branco chegou às 11h e foi recebido com honras militares. Em seguida, ocorreram as apresentações dos integrantes da comitiva portuguesa, que depois se deslocaram à sala de reuniões na sede do ministério.
Celso Amorim relatou ao ministro português atuação do Brasil no Haiti e Líbano. Com relação ao país caribenho, o ministro brasileiro explicou que as tropas militares foram enviadas para cumprir três metas: segurança, estabilidade política e desenvolvimento econômico e social. Amorim reconheceu alguns avanços e previu que a participação brasileira deva se encerrar após as próximas eleições gerais.
O ministro brasileiro mencionou ainda a participação do Brasil na missão de paz no Líbano, bem como a relação com a Síria, onde há presença de 11 militares brasileiros no grupo de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU). “Nossa política tem dado muita importância ao
Conselho de Defesa Sul-americano e à União de Nações Sul-americanas (Unasul)”, relatou Amorim.
Na reunião, Amorim e Aguiar-Branco destacaram a parceria entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA), no projeto KC-320, para desenvolvimento de um jato cargueiro, transporte de tropas e reabastecimento em voo. Celso
Amorim destacou que o ministro português, que fará visita à sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), tomará conhecimento das etapas do projeto desenvolvido pelas duas empresas. Ao término do encontro, o ministro Amorim propôs a elaboração de ata com o apontamento dos principais tópicos para manter a memória das discussões entre os países.
Correio do Brasil/montedo.com

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