19 de maio de 2012

Se a moda pega... Juiz manda prender todos os vereadores de cidade de Alagoas

A Justiça de Alagoas mandou prender os dez vereadores da cidade de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió. Segundo o Ministério Público, empresários do setor imobiliário e o prefeito também estão envolvidos em uma fraude milionária.
A Câmara Municipal amanheceu praticamente vazia. Na prefeitura, só o vigilante. O sumiço é resultado da operação da noite desta quinta-feira (17) do grupo de elite da Polícia Militar alagoana e da Força Nacional de Segurança.
O prédio da Câmara foi cercado. Muitos curiosos acompanharam a ação. Um a um, os vereadores foram deixando o local. Ao todo, sete foram presos. Três tinham faltado ao trabalho e continuam foragidos. Entre eles, o presidente da Casa.
Eles são suspeitos de tramar a desapropriação de um terreno particular que pertencia a uma usina para beneficiar empresários do setor imobiliário.
"Se existe alguma ilegalidade, que as pessoas responsáveis paguem por isso", diz Milton Pontes, vereador de Rio Largo.
O terreno alvo das investigações tem 252 hectares e é avaliado em mais de R$ 21 milhões. Pela desapropriação, a prefeitura pagou apenas R$ 700 mil à usina. O acerto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores do município. Em um tempo recorde, menos de duas semanas depois, o local foi vendido a um grupo imobiliário sem que houvesse licitação. Para o Ministério Público, tudo foi combinado entre os diretores da usina, o grupo imobiliário, os vereadores e o prefeito da cidade.
“Ontem mesmo eu dei entrada aqui no Tribunal de Justiça em uma ação penal contra o prefeito Toninho Lins de Rio Largo, por se tratar de pessoa detentora de foro privilegiado", afirma o promotor de Justiça Eduardo Tavares.
“Há 55 anos que eu vivo dentro de Rio Largo, nunca vi uma coisa dessas”, diz um morador.
"Achei um absurdo, porque é dinheiro da gente no rolo”, conclui outro morador.
O Tribunal de Justiça de Alagoas informou que o pedido de prisão do prefeito Toninho Lins, do PSB, será analisado na semana que vem. Ele não foi encontrado para se manifestar sobre as denúncias. Um dos vereadores foi solto no início da noite. Os advogados dos outros vão entrar com pedidos de habeas corpus. (Do G1)

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