Pedreira é da Leão Engenharia e tinha 350 quilos a mais de Nitrato de Amônia
Willian Oliveira
A operação realizada pelo Exército Brasileiro, em parceria com a Polícia Civil, em Araraquara, anteontem, resultou na prisão do engenheiro responsável pela Pedreira Cristiane, administrada pela Leão Engenharia, localizada às margens da Rodovia Washington Luís.
Na ocasião, constatou-se que a pedreira não possuía o alvará de funcionamento expedido pela Polícia Civil e excesso de uma substância. A Leão Engenharia informou, por meio da assessoria de imprensa, que todos os problemas estão sendo resolvidos e o engenheiro já foi solto.
Chamada de ‘Operação Pedreira’ pelo Exército, o resultado da ação, considerada sigilosa, foi revelado com exclusividade. A empresa foi autuada por armazenar explosivos sem atender os padrões estabelecidos pela regulamentação e também por estocar além da cota permitida pelo Exército. No depósito havia 350 kg a mais de Nitrato de Amônia, substância utilizada para acionar o processo explosivo da dinamite.
Em virtude das irregularidades, houve apreensão do material explosivo da pedreira - cerca de sete toneladas - e acessórios como detonadores, estopins e espoletas. A ‘Operação Pedreira’ tem como objetivo manter um controle dos artefatos usados em pedreiras e que têm sido utilizado em várias explosões contra caixas eletrônicos e agências bancárias nos municípios do interior paulista.
A ação segue até hoje, em todo o Estado, com setenta militares destacados para a ofensiva. Ontem, as pedreiras de São Carlos passaram pela inspeção, mas o resultado ainda não foi divulgado. Também ontem, 374 kg de dinamite e 272 detonadores foram levados pelos ladrões que assaltaram a Mineração Bela Vista, em Contagem (região metropolitana de BH).
Jornal da Cidade/montedo.com