29 de maio de 2012

Suspeita de agiotagem: Fuzileiro naval acusa colega de tentativa de assassinato


Foto: Divulgação
Luís Claudio ficou cinco dias em coma e ainda 
está afastado do trabalho | Foto: Divulgação


Militar é acusado de tentar matar colega com golpes de cassetete

MARIA INEZ MAGALHAES
Rio - Uma amizade de mais de 20 anos entre dois militares do Batalhão de Blindados da Marinha, na Ilha, quase acabou na morte de um deles dia 12 do mês passado por causa de uma dívida de R$ 4 mil. Atacado na cabeça a golpes de cassetete, Luís Claudio Chaves França, 41 anos, ficou cinco dias em coma devido às pancadas e ainda está afastado do trabalho.
Assim que saiu do hospital, o militar procurou a 59ª DP (Duque de Caxias) e denunciou o fuzileiro naval Marcus Valério da Silva Campos, 45, a quem contou ter emprestado o dinheiro, como seu agressor. Além das dezenas de pontos que tomou na cabeça, o militar ainda teve que passar por uma cirurgia.
A dívida foi contraída ano passado e Luís estaria cobrando o dinheiro de Marcus. No dia do crime, Luís contou que o amigo ligou para ele dizendo que pagaria a quantia. Segundo ele, naquele dia os dois de falaram oito vezes. Eles, então, combinaram de se encontrar na Rodovia Washington Luiz, pista sentido Rio, altura do Parque Beira-Mar, em Caxias.
Luís relatou que entrou no carro de Marcus e foi agredido por ele com um cassetete de madeira. Depois de tomar vários golpes, o militar conseguiu sair do veículo mas foi perseguido por Marcus que só parou de agredi-lo quando populares chegaram e o socorreram. Luís ainda acusa Marcus de ter roubado a sua carteira funcional, cartões e a CNH.
Luís foi levado para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, e depois transferido para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins. Na delegacia, Marcus admitiu que se encontrou com Luís no dia do crime, que o viu caído no chão ferido mas que não se lembra de tê-lo agredido porque ‘apagou’.
O acusado afirmou que não o socorreu porque saiu correndo em desespero para casa. Marcus contou ainda que dois dias antes do crime passou mal, foi para o hospital onde foi diagnosticado que ele teve um mau súbito e acidente isquêmico transitório.Marcus será indiciado por tentativa de homicídio.
Ele acusa Luís de ser agiota e de emprestar dinheiro a juros mas o militar disse que os R$ 4 mil que emprestou a Marcus eram parte de um dinheiro que ele estava economizando para comprar um carro. Segundo ele, o militar ameaçou a família dele e a ele de morte se não pagasse a dívida. De acordo com o fuzileiro, Luís cobre 10% de juros para amigos e 20%, a desconhecidos.
Marcus contou que pegou R$ 2 mil com ele e que estaria pagando R$ 200 de juros. Mas que sua mulher, Stella Maris de Campos, pegou os outros R$ 2 mil e então Luís passou a cobrar R$ 400 de juros pelos empréstimos. No entanto, na delegacia, Stella negou que tenha pego o dinheiro com o militar.
A Marinha abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. "Estamos esperando os laudos da perícia no veículo. Já ouvimos todas as testemunhas e o inquérito deve ser concluído nos próximo dias”, explicou o capitão de Fragata Alexandre Bava.
O Dia Online/montedo.com

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