Exército faz pesquisa de tráfego na BR-392 em Rio Grande
Fábio Dutra
O 6º Grupo de Artilharia de Campanha (6º GAC) está fazendo uma pesquisa de tráfego na BR-392, no trecho compreendido entre Rio Grande e Pelotas, desde a zero hora do último dia 21, solicitada pela Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário.
Militares do Exército estão concentrados na área do posto da Polícia Rodoviária Federal, fazendo dois tipos de atividades. Um deles é o controle volumétrico, realizado durante as 24 horas do dia, verificando a quantidade e o tipo de veículos que passam por este trecho da rodovia, nos dois sentidos. O segundo é a verificação da origem e destino dos caminhões, carros e motos.
Para este segundo levantamento, são feitas abordagens nos dois lados da pista. Militares conversam com os motoristas, questionando de onde eles vêm, para onde vão, o tipo de mercadoria que transportam, frequência de viagem e o que entendem ser mais necessário na rodovia, entre outras questões. Ao todo, são feitas 16 perguntas aos motoristas.
A intenção é colher informações sobre o fluxo de veículos, mercadorias e pessoas. Essas informações serão utilizadas para compor o Plano Nacional de Logística e Transporte, cujos resultados possibilitarão a busca de um planejamento estratégico nesta área.
A pesquisa tem abrangência nacional e foi concebida mediante um convênio do Ministério dos Transportes com o Comando do Exército. No momento, esse trabalho está sendo feito em 22 postos em todo o território nacional, sendo um deles o município do Rio Grande. Conforme o tenente Wagner Soares Meregalli, do 6º GAC, chefe do posto de pesquisa na BR-392, esse levantamento objetiva dar condições ao Governo Federal de melhor definir quais as rodovias que mais necessitam da aplicação dos recursos destinados anualmente às estradas.
Meregalli explicou que os resultados serão utilizados para montagem de um gráfico do fluxo de veículos no País. O levantamento também é aproveitado para verificar quais os problemas enfrentados pelos motoristas nas rodovias.
O motorista Antonio Carlos Correia Machado, 58 anos, de Butiá (RS), foi um dos entrevistados pelos militares. Ele disse ter achado interessante a pesquisa, principalmente o fato de os motoristas serem questionados sobre o que consideram mais necessário na rodovia. "É importante que busquem saber o que os motoristas pensam", salientou.
A pesquisa terá continuidade até a zero hora do próximo sábado. Estão mobilizados neste trabalho 45 militares do 6º GAC, sendo um oficial, seis sargentos, 36 soldados e dois cabos.
Carmem Ziebell (carmen@jornalagora.com.br)
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