30 de junho de 2015

Major do Exército suspeito de envolvimento em fraude declara inocência e desafia o MP a "encontrar alguma coisa!"

Publicado originalmente em 29 de junho

Tá feia a coisa: Exército de SP adota 'austeridade na alimentação da tropa"

Publicado originalmente em 29 de Junho


O Comando Militar do Sudeste, que abrange todas as unidades do Exército do estado de São Paulo, determinou a adoção de uma dieta espartana na alimentação dos militares. Sob o título "Austeridade na alimentação da tropa", um documento datado de 11 de junho estabelece que a tropa receba apenas "uma opção de proteína animal (carne bovina, carne suína, frango ou peixe) e apenas uma opção de carboidrato simples (arroz ou macarrão)".

Segundo o documento, as medidas visam, também, contribuir "para reduzir despesas com consumo de água, energia elétrica, material de limpeza e outras".

RJ: Forças Armadas deixam favelas da Maré após 15 meses

Tropas federais deixam Complexo da Maré após 83 mil ações em 15 meses
PM assume definitivamente complexo com 15 favelas a partir desta terça(30).
Balanço do período aponta redução de homicídios e mais de 600 prisões.
Do G1 Rio
Helicópteros sobrevoam Complexo da Maré (Foto: Leo Correa/AP)
Helicópteros sobrevoam Complexo da Maré (Foto: Leo Correa/AP)
Termina nesta terça-feira (30) a ocupação das Forças Armadas no Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio. A Polícia Militar entrará no lugar dos militares que durante um ano e três meses realizaram mais de 83 mil ações, 674 prisões e 255 apreensões de menores no complexo que reúne 15 favelas e onde moram 140 mil pessoas, segundo balanço divulgado no início da tarde desta segunda-feira (29) pelo comando da Força de Pacificação.
Entre os dados divulgados está a redução dos índices de homicídios em uma área de sete quilômetros quadrados, que é disputada por três facções criminosas. Antes de abril do ano passado, a taxa anual de homicídios na área de ocupação era de 21,29 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Estado (ISP). Esse número caiu para 5,33 mortes, após a ocupação das tropas federais.
O complexo é formado pelas favelas: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiro – Salsa & Merengue, Vila do João e Conjunto Esperança.
Nove pessoas morreram neste período, entre elas o sargento Michel Augusto Mikami, 21 anos, atingido por um tiro na cabeça por um traficante, em novembro do ano passado. Segundo o comando, 27 militares ficaram feridos em operações nas favelas do complexo. Foram feitas ainda 1.356 apreensões de armas, drogas, munições, veículos e motos.
No balanço divulgado pelo Exército estão ainda ações sociais no total de 24 mil atendimentos. Também são relatadas melhorias melhorias em projetos de esgotamento sanitário, recolhimento de lixo e retirada de carcaças pelas vielas o que impedia a circulação de moradores.
No total, três mil militares das Forças Armadas participaram das operações no Complexo da Maré.
O plano de substituição da Força de Pacificação pela PM começou em abril com os policiais militares entrando nas comunidades da Praia de Ramos e Roquette Pinto. Um mês depois, os PMs substituiram as tropas do Exército nas favelas Nova Holanda, Parque União, Rubem Vaz e Nova Maré (veja infográfico).
Desocupação da Maré - arte do Ministério da Defesa (Foto: Matusael Jorge / Ministério da Defesa / Divulgação)
Instalação de UPP
Serão criadas quatro bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Maré. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a primeira será instalada na Praia da Ramos/ Roquette Pinto; a segunda nas comunidades de Nova Holanda/ Parque União; outra será responsável pela Baixa do Sapateiro/ Timbau. A última ficará a cargo da Vila do João e da Vila dos Pinheiros.
As quatro bases deverão contar com cerca de 1.620 homens. O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, destacou que esse número poderá sofrer alteração de acordo com as necessidades da região.
Em 1º de abril, quando a PM substituiu a Força de Pacificação nas comunidades da Praia de Ramos e Roquete Pinto, o coronel Caldas destacou as expectativas da ocupação de Conjunto de Favelas da Maré enfatizando que há, nas comunidades, um “clima de pessimismo” quanto ao processo de pacificação. Segundo ele disse na ocasião, “se der errado, vai todo mundo para o buraco. Vai para o buraco a polícia, a sociedade, vai todo mundo", avaliou.
G1/montedo.com

29 de junho de 2015

Fraude em autorização do Exército para blindados coloca vidas em risco

Oficiais do Exército receberiam propina para autorizar venda de vidro.
Autorização é necessária para vidros de carros e capacetes militares.
Quem compra um carro blindado pensa que está protegido, que um ladrão pode atirar e a bala não vai passar. Mas uma fraude está colocando em risco a vida de muita gente que conta com a eficiência da blindagem.
Tem empresa que está sendo acusada de pagar propina a oficiais do alto escalão do Exército para receber autorização para vender vidros blindados, e até capacetes militares, que simplesmente não cumprem o que prometem. Se alguém atirar, a bala vai passar.
Por dois meses, os repórteres Maurício Ferraz e Diego Zanchetta investigaram essa grave denúncia de corrupção.
Quando o trânsito fica parado, muito motorista faz o seguinte: olha para um lado, olha para o outro e fica atento no retrovisor. O medo é que apareça algum ladrão.
Na capital paulista, a média é a seguinte: cinco carros são roubados por hora. Uma coisa passa pela cabeça: e se o bandido resolve dar um tiro?
Blindar o carro para se proteger. É isso o que muitos empresários, artistas, autoridades e profissionais de vários tipos fazem em todo o país.
Acham que estão seguros, mas pode não ser bem assim. O Fantástico revela que oficiais do Exército são suspeitos de receber propina para liberar a venda de vidros que não cumprem o prometido, não protegem como deveriam.
“Uma verdadeira fraude contra o consumidor que estava se operando”, diz o procurador da Justiça Militar Cláudio Martins.
Explosivos, armas, carros blindados. Quem fiscaliza esse tipo de produto controlado é o Exército. Tem que fazer todos os testes e só liberar para a fabricação e venda se estiver tudo correto.
Deveria ser sempre assim. Mas Laudenir Bracciali, presidente da Abrablin, a Associação Brasileira das Empresas Blindadoras, conta que ele próprio já teve que pagar propina a um militar.
Laudenir Bracciali: Eu tinha os documentos lá para serem liberados. Esses documentos estavam demorando muito. Eu comecei a cobrar insistentemente. Até que um dia, me fizeram uma proposta: 'Olha, nós podemos facilitar se tiver um pagamento'.

Fantástico: Quanto que cobraram?
Laudenir Bracciali: A pedida era entre R$ 500 e R$ 1500.
Fantástico: Por documento?
Laudenir Bracciali: Por documento. E eu paguei R$ 500 por esse documento.

Segundo o empresário, não havia nenhum problema com a blindagem dele e a propina, paga em 2013, foi só para acelerar a burocracia.
Ele procurou o Ministério Público e denunciou.

Fantástico: Para quem o senhor depositou?
Laudenir Bracciali: O subtenente Jorge, na época.
Fantástico: Na conta dele?
Laudenir Bracciali: Na conta dele.

Este mês, José Jorge dos Santos Filho subiu de patente e agora é primeiro-tenente do Exército. Nos últimos 14 anos, ele trabalhou na Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, em Brasília.
A denúncia do presidente da Associação das Blindadoras contra o tenente Jorge se somou a várias outras, contra mais militares. Foram tantas, que a Procuradoria de Justiça Militar abriu um inquérito para apurar esses crimes. Só o tenente Jorge teria recebido mais de R$ 500 mil em propina, entre 2011 e 2014.
“Se nós temos facilidade para conseguir alguma coisa principalmente quando nós estamos falando de um produto que promete guardar a vida humana, isso é inaceitável”, afirma Laudenir Bracciali.
As investigações mostram que, além do tenente Jorge, outros 11 militares do Exército, inclusive três coronéis, estariam envolvidos no esquema que libera produtos que não protegem como deveriam.
O mercado de carros blindados está crescendo. Em média, são vendidos por mês, no Brasil, 1,3 mil veículos. O preço da blindagem vai de R$ 20 mil a R$ 80 mil.
Com a ajuda da computação gráfica, fica fácil entender como é um kit completo. Dá para reforçar toda a lataria com uma manta sintética, a mesma usada em coletes à prova de balas. O tanque de combustível também pode ser revestido com essa manta e com aço inox. Já o vidro é feito intercalando camadas de materiais muito resistentes. Um deles é um plástico especial, o policarbonato.
O Fantástico entrou no carro para explicar os diferentes tipos de blindagem, porque não é tudo igual, não. O nível 1 é o mais básico: nesse caso, a pessoa que está dentro fica protegida de tiros de revólver calibre .22 e .38, mas se o criminoso atirar com uma arma mais potente, aí a bala passa. Para evitar isso, a blindagem teria que ser mais forte. O nível 3A é o mais usado no Brasil. Aguenta até tiro de um revólver superpotente: calibre .44.
Quem compra um blindado confia no material. O problema é que a corrupção dentro do Exército não era só para liberar documentos.
A SER Glass é uma das maiores fabricantes de vidros blindados do Brasil. Está no mercado há seis anos. Em 2009, ela foi reprovada em dois testes do Exército. Os tiros de calibre .44 perfuraram o vidro nível 3A que a empresa queria vender.
Só que mesmo assim: “Ela fabricou e comercializou por muito tempo vidros blindados sem que ela tivesse a autorização formal do Exército Brasileiro”, conta Cláudio Martins, procurador da Justiça Militar.
A SER Glass acabou conseguindo uma autorização do Exército em 2010. Segundo a investigação, não houve nenhum novo exame balístico e o documento foi fraudado com ajuda de algum militar.

Marissandra Xavier Gonzalez foi diretora comercial da SER Glass.
Fantástico: Tinha pagamento de propina?
Marissandra Gonzalez: Sim. Eu nunca participei dos pagamentos em si. Mas eu sabia que tinha muito dinheiro envolvido.

A Procuradoria já descobriu que o tenente Jorge dos Santos Filho, da Diretoria de Produtos Controlados, recebeu dinheiro na conta depositado diretamente pelo dono da SER Glass, entre 2011 e 2014.
O militar não quis se manifestar. “Eu não tenho autorização do Exército para dar informação nenhuma”, disse.
Em nota, o advogado do tenente disse que seu cliente "jamais recebeu vantagens indevidas", que "todos os valores depositados nas contas dele têm justificativa" e que "ele só conferia a documentação, não tinha poder de decisão".
As primeiras denúncias contra a SER Glass surgiram em 2012. Nesse mesmo ano, a empresa tentou conseguir uma nova autorização, já que o Ministério Público já tinha indícios de fraude na antiga.
Um diretor procurou um major da reserva, com 30 anos de serviços prestados ao Exército. Segundo o militar, a proposta de corrupção foi clara.
“O pedido dele era para que, de alguma forma, custasse o que custasse, eu convencesse os oficiais do Exército, que aprovasse um vidro dele”, conta Willian Amaral Junior, major da reserva.
O major Willian denunciou a SER Glass ao Exército e ao Ministério Público. “Produziam produto e colocavam a sociedade em risco”, diz.
A então diretora comercial da SER Glass se casou, em 2010, com Fábio Santos, o dono da empresa. Três anos depois, eles se separaram. Marissandra já prestou dois depoimentos ao Ministério Público, afirmando que a propina chegou a ser paga em dinheiro vivo a militares do Exército.

Fantástico: Os clientes não estão protegidos?
Marissandra Gonzalez: Não, não estão.

O Ministério Público de São Paulo também recebeu denúncias e começou a investigar. Em 2013, decidiu fazer um teste. De 12 vidros da SER Glass, 9 foram perfurados por tiros de calibre .44.
Se fosse uma situação real, o motorista teria sido atingido duas vezes. “Eu presenciei os testes e passaram as balas. E mesmo assim, as vendas continuaram”, diz Marissandra Gonzalez.
Entre os militares suspeitos de envolvimento no esquema, está o major Guilherme Bittencourt, que foi chefe dos exames balísticos do Exército, entre 2004 e 2009. Ele frequentava a SER Glass.

Fantástico: Quando eles apresentaram o major para você, eles falaram o quê? Ele é um consultor...
Marissandra Gonzalez: Que era uma pessoa muito importante, que iria ajudar a gente dentro do processo.

Mesmo estando ainda na ativa, o major Bittencourt escreveu um parecer contestando os testes do Ministério Público nos vidros da SER Glass.
O major ainda desenvolveu um projeto de um novo tipo de blindagem, para a lataria do carro. O material está sendo produzido exclusivamente pela empresa, sob instruções do militar. Isso não é permitido, diz a procuradoria.
“Uma relação contratual entre um oficial da ativa e a empresa que é fiscalizada ou deveria ter sido fiscalizada pelo Exército brasileiro”, diz Claudio Martins.
A convite da SER Glass, o major Bittencourt e outros militares do setor produtos controlados do Exército assistiram de camarote a etapas do campeonato de Stock Car, em 2012.
“Bebida à vontade, comida. Podia gastar à vontade”, diz Marissandra Gonzalez.
Em uma das corridas, no Rio de Janeiro, os principais oficiais do Exército responsáveis pelos testes balísticos estavam no camarote da SER Glass. Cinco dias depois, esses mesmos militares aprovaram uma nova autorização para a empresa fabricar vidros blindados.
“Mais do que uma conivência, uma convivência”, afirma Cláudio Martins.
O major Bittencourt não quis gravar entrevista. Mas disse que se arrepende de ter feito o parecer a favor da SER Glass, pelo qual cobrou R$ 3 mil, e negou ter recebido propina.
O dono da empresa defendeu o militar.

Fabio Santos: Ele, como um engenheiro, ele estava prestando uma consultoria.
Fantástico: Ele é seu sócio?
Fabio Santos: Não, não é meu sócio.
Fantástico: Mas tem hoje uma relação comercial com ele?
Fabio Santos: Não, não tenho. Ele... Não, assim. Ele desenvolveu um produto, uma tecnologia nova. E a gente começou a comercializar esse produto hoje.
Fantástico: E quanto ele ganha pra isso?
Fabio Santos: Ele não ganha nada.
Fantástico: O senhor já pagou propina para o Exército? Para alguém do Exército?
Fabio Santos: Jamais, jamais pagamos qualquer valor em propina para o Exército.

Sem desconfiar do perigo, empresários, artistas, integrantes do Judiciário e até chefes de Estado já andaram em veículos que têm vidros da SER Glass.
A Polícia Federal, por exemplo, comprou 36 carros blindados para transportar autoridades, como presidentes e ministros de outros países. Os veículos foram usados durante a Copa do Mundo. A responsabilidade pela blindagem era da fabricante dos carros, informou a Polícia Federal.
O Exército constatou, em maio de 2013, que os vidros da SER Glass estavam irregulares. Mas, segundo o Ministério Público, nenhum foi retirado do mercado. E a venda continua.
O Fantástico testou os vidros blindados. Nos testes oficiais, são cinco tiros. Nenhum pode furar o vidro. Como a blindagem que a SER Glass promete é nível 3A, as balas têm que ser calibre .44.
Do primeiro ao quarto tiro, o vidro aguentou. Mas no quinto, blindagem reprovada. Como mostra a supercâmera lenta.
O Fantástico repetiu o teste, em outro vidro da SER Glass. Nesse caso, a blindagem falhou já no segundo tiro. E, depois, no quinto disparo.
O Fantástico testou vidros de outras três marcas. Todos suportaram os cinco tiros, do mesmo calibre.
O dono da SER Glass diz que a empresa dele tem 25% do mercado, que as denúncias foram inventadas pelos concorrentes, que a documentação está correta e que os vidros dele são seguros. “Eu me comprometo com qualquer cliente que tiver qualquer dúvida pode trazer o vidro, eu fico dentro do carro, e a gente atira”, diz Fábio Santos, dono da SER Glass.

E o Major Bittencourt e o Tenente Jorge, suspeitos de envolvimento no esquema?
O comando do Exército, em Brasília, informou que os dois militares receberam uma punição, foram transferidos para outros setores; que está colaborando com as investigações e tem todo o interesse em esclarecer os fatos.

Fantástico: O consumidor que comprou esses vidros ele tá tranquilo?
Major Marcos Lopes do Nascimento, Diretoria de fiscalização de produtos controlados: Se o produto foi avaliado de acordo com as normas do Exército, ele pode ficar tranquilo.
Fantástico: Está faltando fiscalização?
Major Marcos Lopes do Nascimento: Não. Não está faltando fiscalização.

O Fantástico também perguntou sobre o fato de militares frequentarem camarotes com tudo pago pela SER Glass. “Não tenho conhecimento desse fato”, diz o major Marcos Lopes do Nascimento.
Mas o Fantástico descobriu que o próprio major Lopes, esse que fala em nome do Exército, também já esteve com a família em um evento automobilístico da SER Glass, em São Paulo.
Procurado nesse domingo (28) pelo Fantástico, o Exército disse que até o momento não há suspeitas de irregularidades contra o major Lopes.
Além do caso da blindagem, existe outras denúncias contra a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército.
Por exemplo: a compra de 22 mil capacetes, no ano passado. O valor total: R$ 55 milhões.
Nos testes oficiais do Exército, o tiro com um revólver calibre .44 não perfurou o capacete. Mas....
“Ele penetrava tão fundo que ele atingia o que se chama de placa testemunho, que fica basicamente no centro da cabeça do soldado que vai vestir aquele capacete”, revela o procurador Cláudio Martins.
“Essa deformação é normal para qualquer capacete balístico, de qualquer fabricante do mundo. Os soldados estão seguros”, garante o major Marcus Vinicius Martins, da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados.
Os capacetes desse mesmo modelo estão sendo usados por militares no Haiti e no Rio de Janeiro.
Para comprovar a segurança, o Exército mostrou um vídeo ao Fantástico.
O militar leva um tiro no capacete e sobrevive. O detalhe é que ele não é da mesma marca dos 22 mil comprados no ano passado. Esta semana, a Justiça Federal suspendeu o pagamento dos R$ 55 milhões, até a conclusão das investigações.
Quanto à SER Glass, o Ministério Público quer que ela indenize os clientes e troque todos os vidros suspeitos que já foram vendidos.
“Nós não estamos vendendo qualquer produto. Se houver uma falha, com certeza uma vida humana vai ser perdida”, afirma Laudenir Bracciali, presidente da Associação Brasileira das Blindadoras.
Fantástico/montedo.com

Após denúncias, justiça suspende empenho para compra de capacetes balísticos pelo Exército

PJM BRASÍLIA CONSEGUE NA JUSTIÇA SUSPENSÃO DE EMPENHO PARA COMPRA DE CAPACETES NÃO APROVADOS
Imagem meramente ilustrativa
A juíza-federal da 16ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal – TRF 1ª Região, Cristiane Pederzolli Rentzsch, deferiu pedido liminar do Ministério Público Militar e determinou a suspensão do pagamento de notas de empenho do Exército, no valor de R$ 35 milhões, para o pagamento de capacetes balísticos não aprovados em teste.
A Procuradoria de Justiça Militar em Brasília havia ajuizado ação cautelar inominada objetivando a suspensão desses pagamentos até a conclusão do inquérito. Há indícios de prática de crime militar, com descumprimento do edital e da Lei de Licitações. A decisão judicial interrompe a continuidade dessa provável ilegalidade.
Em outubro de 2014, a PJM Brasília recebeu uma representação anônima, contra o Exército Brasileiro, narrando irregularidades em dois processos de licitação para compra de coletes e capacetes balísticos. Foram então instaurados dois procedimentos investigatórios. A ação cautelar é referente ao Pregão Eletrônico 1/2014, realizado pelo Comando Logístico de Brasília — DF (COLOG), para a aquisição de capacetes balísticos .
De acordo com as investigações, os capacetes licitados eram do nível III.A e deveriam, segundo as normas do National Institute of Justice (NIJ), proteger o usuário de tiros de .9mm e .44 Magnum. Entretanto, o laudo dos capacetes, Relatório Técnico Experimental (RETEX) 2578/10, aprovado pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEX), apresenta a seguinte observação: “Nos tiros de .44 Magnun, o capacete apresentou grandes deformações, inclusive na placa testemunho, sem no entanto perfurá-la”. Apesar do laudo apontar que os capacetes estavam em desacordo com as normas internacionais do NIJ, eles foram aprovados e o Exército deu continuidade ao processo licitatório.
Como explica o MPM no documento, “se a deformação atingiu a placa testemunho, logo, a força do impacto alcançaria o centro do cérebro do usuário do capacete, com poder de eliminar a sua vida, como se houvesse ocorrido perfuração. É por essa razão que se utiliza placas testemunho nesses testes, para revelar imediatamente a imprestabilidade do material em tal situação, pois fica demonstrado a transferência total do impacto para dentro do cérebro”.
Membros do MPM foram ao Centro de Avaliações do Exército (CAEX) para verificar os capacetes submetidos ao teste de resistência. Contudo, dias depois, ao analisar fotos do RETEX 2578/10, perceberam que o capacete testado não era aquele apresentado pelo Exército, havia algumas diferenças.
No dia 11 de maio de 2015, o MPM requisitou a instauração de Inquérito Policial Militar para aprofundar as investigações. Até então, as compras desses capacetes pelo Exército não haviam superado o valor de R$ 4,5 milhões. Entretanto, logo após a abertura do IPM, em 14 de maio de 2015, foi emitido um empenho de R$ 12,5 milhões para a compra de capacetes e, em 22 de maio de 2015, outro empenho, também para a compra de capacetes foi publicado, este no valor de R$ 22,6 milhões.
Ressalte-se que quando os empenhos foram publicados, o Exército já tinha conhecimento da requisição para instauração do IPM e das investigações. Além disso, há uma representação no TCU sobre essa licitação, processo 00000027-77.2014.2101, ainda não julgado. “Ainda assim, com todas essas investigações, sem esperar pelo resultado do inquérito e do julgamento do processo no TCU, o Exército, açodadamente, empenhou vultosas quantias, R$ 12.582.604,00 e 22.604.360,00, na compra de capacetes que não atendiam ao que estava especificado no edital de licitação”, escrevem os membros do MPM.
Para o MPM, os requisitos para concessão da medida cautelar são evidentes: o laudo do próprio Exército atestando a inconformidade do capacete e a proximidade da efetivação do pagamento dos valores expressivos já empenhados, aproximadamente R$ 35 milhões. “Caso não haja a imediata suspensão do pagamento desses empenhos, de nada adiantará eventual sentença penal condenatória, que dificilmente conseguirá repor os efeitos financeiros funestos da ilegalidade que está sendo praticada com essa aquisição totalmente em discordância com o interesse público. Ao contrário, a medida cível que se pleiteia terá a força de prevenir a sangria dos cofres públicos e abrir o caminho para a tramitação da ação criminal com a certeza de que não será uma providência vazia, sem eficácia”, justifica o MPM na ação.
Na decisão, a juíza afirma que as provas apresentadas pelo MPM lançam dúvidas “se tais equipamentos estão cumprindo as normas e protegendo a vida dos militares”. Por essa razão, foi deferido o pedido liminar para suspender o pagamento dos empenhos.
MPMilitar/montedo.com

Soldado do exército é preso no CE após roubar com pistola de pressão

Notícia recuperada (26/6)
Suspeito foi preso e levado para o 23º Batalhão de Caçadores do Exército.
Com ele foi encontrado um celular e a pistola de pressão.

Soldado está detido no 23º Batalhão de Caçadores do Exército (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
Soldado está detido no 23º Batalhão de Caçadores
do Exército (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
Fortaleza (CE) - Um soldado do exército foi preso na noite desta sexta-feira (26), após praticar assaltos com pistola de pressão, no Bairro Centro, em Fortaleza. De acordo com a Polícia Militar, o soldado de 19 anos, assaltou uma mulher. Ela correu até um quartel e os policiais militares saíram em perseguição do soldado do exército.
O soldado foi preso com o celular da mulher. A pistola de pressão, que não dispara balas, mas é muito parecida com uma arma de fogo, foi apreendida pelos policiais.
O soldado foi levado para o 34º Distrito Policial do Centro e depois para o 23º Batalhão de Caçadores do Exército, onde ficará preso à disposição da justiça.
G1/montedo.com

RR: soldado do Exército morre em acidente de moto

Militar do Exército morre após perder o controle da moto em Boa Vista
Acidente ocorreu na madrugada deste domingo (28), no bairro Caçari.
Exército prestou apoio funeral à família do jovem militar.

Jovem perdeu o controle da moto ao subir no canteiro central da avenida (Foto: Valéria Oliveira/G1)
Jovem perdeu o controle da moto ao subir
no canteiro central da avenida
(Foto: Valéria Oliveira/G1)
Valéria Oliveira
Do G1 RR
Um militar do Exército Brasileiro, de 20 anos, morreu na madrugada deste domingo (28) após perder o controle da motocicleta e bater em uma árvore na avenida Bacabeira, no bairro Caçari, zona Leste de Boa Vista. De acordo com informações de um policial, a vítima estava sem capacete no momento do acidente.
Conforme testemunhas, o rapaz e mais um grupo de amigos estavam indo pescar. O jovem teria passado em uma distribuidora para comprar bebidas e após sair do estabelecimento subiu na moto com o capacete no braço. Ele perdeu o controle ao subir no canteiro central da avenida. Os amigos ainda tentaram reanimá-lo, mas ele morreu na hora.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e por volta das 10h foi liberado para que a família fizesse o velório e sepultamento. O laudo cadavérico apontou que ele morreu de traumatismo craniano.
Por telefone, o subcomandante do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), tenente coronel Everton Freitas, explicou que o jovem era soldado recruta e estava cumprindo o serviço militar obrigratório no Exército Brasileiro, porém, no momento do acidente ele não estava trabalhando. O coronel destacou ainda que o Exército está dando todo o apoio à família no que se trata do funeral da vítima.
"Gostaria de esclarecer também que esse batalhão faz várias campanhas e palestras de trânsito, cursos de direção defensiva, do uso de capacete, em função de ter muito militares jovem e com moto. Inclusive, o militar era habilitado", enfatizou o subcomandante.
G1/montedo.com

Blogosfera, aqui me tens, de regresso...

Depois de um longo e tenebroso inverno virtual, o blog volta ao seu ritmo normal, já com novo servidor. Até a noite, as postagens estarão atualizadas. 
Apesar da escassez de notícias, o ritmo de acessos se manteve estável nesses dias, com a área de comentários 'bombando'.
Obrigado a todos! Vamos em frente.

28 de junho de 2015

Denúncia de corrupção no Exército é destaque no Fantástico

DFPC
DFPC: devassa do MPM (imagem: EB)
A ação do MPM no Forte Apache, que foi publicada aqui no blog no início deste mês, vai ganhar visibilidade nacional a partir de hoje: está sendo anunciada como materia especial do Fantástico.

Empresas são acusadas de pagar propina para vender vidros blindados
De acordo com a investigação, esses vidros só eram vendidos porque havia pagamento de propina para oficiais do Exército.


Exclusivo: o Fantástico vai mostrar uma denúncia grave de corrupção, uma fraude que está colocando a vida das pessoas em risco. Empresas são acusadas de pagar propina e assim receber autorização para vender vidros blindados que simplesmente não cumprem o que prometem. Testes mostram que os tiros perfuram a blindagem.
Leia também
MP denuncia esquema de corrupção no ExércitoNo coração do Forte Apache: promotores fazem operação de busca e apreensão em diretoria do Exército.
De acordo com a investigação, esses vidros só eram vendidos porque havia pagamento de propina para oficiais do Exército. São militares de alto escalão, como coronéis e majores.
Fantástico/montedo.com

27 de junho de 2015

Deputado vai promover manifestação de militares em frente ao Congresso

Daciolo levará MILITARES para a frente do CONGRESSO NACIONAL na próxima terça-feira, 30 de junho as 14 horas.

O deputado Federal Cabo Daciolo ao longo dos últimos dias tem palestrado em várias reuniões com militares das Forças Armadas. Semana passada ele esteve também com ex-soldados especializados da Aeronáutica e com o chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Daciolo deixou claro que uma grande concentração de militares das Forças Armadas servirá para que a categoria ganhe força e poder de negociação. As demandas principais do deputado são em torno de reajuste de salários e estabelecimento de planos de carreira para os militares dos quadros especiais.
O que Daciolo pretende é, para algumas pessoas, inovador. O deputado Bolsonaro exerce mandato ha mais de 10 anos e não há informações de que tenha reunido militares com a intenção de demonstrar a insatisfação e exigir do governo a concessão de reajustes salariais.
As coisas estão mudando no Brasil. Até ha pouco tempo não era comum que militares se reunissem publicamente, principalmente para tratar de reajustes salariais. Bombeiros e policiais que participaram de manifestações no Rio e em outros estados foram recentemente anistiados pelo Legislativo Federal. O que mostra que a tendencia é que os regulamentos sejam reinterpretados e adaptados ao contexto atual.
Nota-se que é uma tendência irreversível que militares se politizem mais. Recentemente foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um projeto que dá aos militares estaduais o direito de ser representados por associações. Está mais que obvio que os militares não tem intenção de fazer greves ou movimentações que vão de encontro à disciplina e hierarquia. Contudo, é incontestável que há necessidade da categoria ser representada junto às autoridades da administração pública.
O deputado disse em reunião na zona norte do Rio, em reunião fechada com vários militares do exército, da ativa e reserva, que todos podem se reunir no Brasil, independente de serem militares ou civis. Os regulamentos militares vetam a manifestação pública somente em questões relacionadas a política e assuntos de âmbito interno das Forças Armadas.
Revista Sociedade Militar/montedo.com

Fora da pauta: militares das Forças Armadas estão sem previsão de reajuste dos soldos

Último aumento concedido pela União aos militares das Forças Armadas foi em 2012, quando foi anunciado reajuste de 30% (Divulgação)
Os 655 mil militares das Forças Armadas ficaram de fora das negociações do Ministério do Planejamento que tratam sobre reajuste salarial e que já foram apresentadas para o funcionalismo dos poderes Executivo e Judiciário. Segundo a pasta, o grupo não está incluído nos acordos com a Secretaria de Relação de Trabalho. “A definição do reajuste é negociada de forma institucional, dentro do governo, e incluída no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)”, informou o Planejamento em nota.
O Ministério da Defesa esclareceu à coluna que a negociação de reajuste dos soldos dos militares será feita em separado. “No momento o governo federal cuida apenas dos servidores civis. E não há índice percentual ou qualquer projeção sobre o assunto”, informou em nota. O último aumento concedido pela União aos militares das Forças Armadas foi em 2012, quando foi anunciado reajuste de 30% nos soldos parcelados de 2013 a 2015.

EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
As propostas já anunciadas pelo governo foram idênticas para os servidores do Executivo e do Judiciário, ou seja, de 21,3% divididos em quatro anos, de 2016 a 2019. No ano que vem será de 5,5%; em 2017, 5%; em 2018, 4,8% e em 2019, 4,5%. (R.A.)
Coluna do Servidor (O Dia)/montedo.com

26 de junho de 2015

Cabo do Exército morre após acidente de trânsito no Paraná

CABO DO EXÉRCITO MORRE APÓS ACIDENTE DE TRÂNSITO NA AV. COSTA E SILVA
Cabo do Exército morre após acidente de trânsito na Av. Costa e Silva
Militar não resistiu aos ferimentos
(Imagem:Enrique Alliana)
Foz do Iguaçu (PR) - No inicio da noite de ontem, quinta-feira 25 de junho de 2015, por volta das 19h:00, socorristas do Siate (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência) do Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu foram acionados para deslocarem até a Avenida Costa e Silva, defronte ao Motel Monza, para darem atendimento a um acidente de trânsito envolvendo uma motocicleta e um caminhão da Vital.
No local foi constatado que o caminhão Mercedes Benz / Accelo, modelo 1016, placas AYE-6665, da cidade de Curitiba/PR, conduzido Cleverson Correa, caminhão este que realiza a limpeza de vias, trafegava em baixa velocidade no canteiro central da avenida, quando limpava o canteiro central, quando o motociclista que pilotava a motocicleta Honda / CG Titan, modelo 150cc, de placa AQP-6440, de Foz do Iguaçu acabou colidindo na traseira do caminhão.
Com a chegada dos socorristas no local, a vítima já se encontrava em parada cardiorrespiratória, sendo imediatamente acionado apoio médico, sendo realizado RCP (Ressuscitação Cárdio Pulmonar) por aproximadamente 20 minutos, porem devido ao trauma em diversas partes do corpo, inclusive na cabeça, a vítima não resistiu aos procedimentos e faleceu no local.
O local foi isolado pela Guarda Municipal até a chegada do Plantão de Acidentes do 14º BPM, da Policia Cientifica e o Instituto Médico Legal. Com a chegada da perita criminal o local de morte foi periciado, sendo o motociclista identificado como sendo o cabo do exercito brasileiro Andre Felipe Machado da Silva, de 19 anos de idade.
O motociclista "CB Andre" do 34 BIMec (Batalhão de Infantaria Mecanizado) de Foz do Iguaçu foi encaminhado ao necrotério do IML para procedimento de necropsia e posterior liberação aos familiares.
Tribuna Popular online/montedo.com


Ex-cabo atirador da Polícia do Exército de Brasília é condenado por disparo acidental

O Plenário do Superior Tribunal Militar decidiu manter condenação de um ex-cabo da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, por ter disparado tiros acidentalmente contra um soldado da corporação.
Os tiros provocaram lesões corporais graves na vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, o ex-cabo voltava de uma instrução militar portando uma pistola 9mm e um lançador de granada, quando um soldado tirou a pistola do réu do coldre e a manuseou por alguns instantes, em seguida devolvendo a arma.
A vítima, que também acompanhava os militares, passou pelo ex-cabo e brincou com ele dando um tapa em suas costas. “Com o objetivo de assustar a vítima, continuando com a brincadeira, o denunciado empurrou a porta do alojamento, colocou o lançador da granadas no chão; e de frente para soldado, empurrou a pistola 9 mm na direção de seu ombro e realizou o golpe de segurança, carregando o armamento.
Em razão direta dessa conduta, disparos foram efetuados em forma de rajadas, ricocheteando e impactando locais variados e atingindo a vítima em quatro partes do corpo”, descreveu a denúncia.
A Defensoria Pública da União (DPU) recorreu da decisão condenatória de primeiro grau, alegando que a arma estava com defeito, o que permitia o disparo mesmo estando travada.
Segundo afirmou a DPU, a condição defeituosa do armamento teria impedido o réu de prever o disparo.
O relator do caso no STM, ministro Fernando Galvão, destacou que os diversos laudos técnicos, produzidos pela Polícia Federal e pelo Exército, concluíram que a arma realmente estava com defeito.
No entanto, os exames de deficiência de disparo também identificaram que a arma poderia disparar mesmo estando travada apenas se o gatilho fosse acionado.
O ministro-relator concluiu que “o disparo inicial deu-se por ação do agente e a rajada de tiros pela falha da arma”. De acordo com o ministro, o réu ainda permitiu que um terceiro soldado manejasse a arma e, sem verificar as medidas de segurança previstas em regulamento, imediatamente brincou com a arma de poder letal dentro do quartel.
Para o ministro Fernando Galvão, a negligência ficou comprovada no caso, uma vez que o réu recebeu instruções de segurança e de prevenção de acidentes, era cabo atirador do Batalhão de Polícia do Exército, tendo mais de cinco anos de serviço na época do crime, e deveria ter verificado as condições de segurança da arma.
O Plenário acompanhou por unanimidade o voto do relator para confirmar a sentença da Auditoria de Brasília que condenou o ex-cabo a dois meses de detenção pelo crime de lesão corporal culposa, previsto no artigo 210 do Código Penal Militar.
Âmbito Jurídico/montedo.com

25 de junho de 2015

Exército e fuzileiros planejam ocupar quatro favelas durante a Rio-2016


Forças Armadas durante a Copa do Mundo-2014
(Alan Marques - Folha Press)
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
As Forças Armadas planejam a ocupação de quatro favelas do Rio como parte do esquema de segurança da Olimpíada de 2016.
Os alvos de preocupação dos militares são os morros do Chapadão, Pedreira, Lagartixa e Quitungo, todos a cerca de 1 km do Complexo Esportivo de Deodoro (zona oeste), onde haverá competições de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas.
A definição sobre a ocupação das favelas ocorrerá até o primeiro trimestre de 2016.
Desde maio, militares da inteligência do Exército e dos Fuzileiros Navais fazem levantamento fotográfico das comunidades e consultam policiais sobre criminalidade.
A Folha apurou que alguns militares gostariam de evitar a ocupação. Entendem que a prática se desgastou com a ação no complexo da Maré, onde as Forças Armadas estão desde abril de 2014.
Militares esperam que as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) planejadas para essas favelas possam controlar a ação de traficantes. A previsão é que até o fim do ano ao menos Pedreira e Chapadão estejam ocupadas pela Polícia Militar.
Um militar conta, porém, que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), vê com bons olhos a ocupação.
Além do alto índice de violência da região, a preocupação com Deodoro também deve-se ao fato de as instalações olímpicas estarem localizadas numa área militar.
Entre oficiais do CML (Comando Militar do Leste), há o entendimento de que qualquer ato de violência ali atinge primeiro os militares e, depois, a imagem dos Jogos.
As favelas da região têm sido palco de confrontos constantes. Elas também são usadas como "central" de facções criminosas. A Pedreira, por exemplo, serve como base para a maior quadrilha de assaltantes de cargas do Rio.
Criminosos do bando invadiram em 2014 uma vila olímpica da Prefeitura do Rio. A ação foi reproduzida em fotos postadas em redes sociais. Nas imagens, ostentavam fuzis numa piscina olímpica.
A tensão na região é tanta que policiais só chegam e deixam a delegacia em comboios para não serem atacados. Durante a madrugada, a delegacia costuma fechar as portas para evitar invasões.
Folha de São Paulo/montedo.com

24 de junho de 2015

STM cassa ordem de prisão dada por comandante de batalhão do Exército


5º BIS, em São Gabriel da Cachoeira (Imagem: Januário Advocacia Militar)
Brasília - O STM reconheceu pedido de habeas corpus impetrado contra ato do Comandante do 5º Batalhão de Infantaria de Selva (São Gabriel da Cachoeira - AM), Tenente-Coronel Cleverson Ney Magalhães, que havia determinado a prisão do Soldado A.S.M.
Acolhendo o voto do Ministro Relator, General Luis Carlos Gomes de Mattos, o tribunal concedeu por unanimidade ordem para confirmar a liminar que determinou a soltura do Soldado A.S.M., e para trancar a Instrução Provisória de Deserção de que era alvo.

Histórico
06 de abril de 1998 – O Sd A.S.M foi incorporado às fileiras do Exército para fins de prestação do serviço militar obrigatório.
21 de maio de 1998 – O militar sofreu acidente em ato de serviço.
21 de janeiro de 2003 - Após o acidente o soldado iniciou um período ininterrupto de tratamento médico, mas foi julgado apto e licenciado das fileiras militares sem qualquer amparo médico ou financeiro.
30 de maio de 2014 – A Juíza Federal da 9ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal decretou a reforma de A.S.M.
08 de janeiro de 2015 – Ao apreciar os embargos de declaração do Sd A.S.M, a Juíza complementou a sentença para conceder a antecipação da tutela e determinar a imediata reintegração e reforma do militar. Apesar da ordem judicial de reformá-lo, o Comandante do 5º BIS resolveu submeter o Sd A.S.M ao cumprimento do expediente da Unidade. 
22 de abril de 2015 – O Sd A.S.M foi preso ilegalmente por deserção, razão que motivou a impetração do habeas corpus.
Com informações do site JANUÁRIO ADVOCACIA MILITAR

Nota do editor
Méritos para o trabalho do escritório de advocacia, mas, cá para nós, é quase inacreditável que práticas desse tipo ainda ocorram nas Forças Armadas, 25 anos após a promulgação da Constituição Federal. "Isto é uma vergonha!" 

Exército dos EUA desenvolve motos voadoras como as de "Star Wars"

23.jun.2015 - Motos poderão ser usadas tanto para operações militares como de emergências, de acordo com a agência de notícias Reuters
Motos poderão ser usadas tanto para operações militares como de emergências, de acordo com a agência de notícias Reuters
Motos flutuantes parecidas com as vistas na franquia "Star Wars" podem estar à disposição do exército dos Estados Unidos em pouco tempo. O Departamento de Defesa norte-americano fechou recentemente um acordo com engenheiros norte-americanos e britânicos para a construção das motos, chamadas de hoverbikes.
Os protótipos lembram os equipamentos usados por Luke Skywalker e a princesa Léa na floresta de Endor no filme "O Retorno do Jedi".
Os veículos teriam uma funcionalidade parecida à dos helicópteros, mas superariam algumas limitações antigas desta tecnologia. As motos poderão ser usadas tanto para operações militares como de emergências, de acordo com a agência de notícias Reuters.
"O Departamento de Defesa está interessado nesta tecnologia porque ela pode desempenhar inúmeras funções", disse Mark Butkiewicz, que trabalha para a Survice, uma empresa americana que está desenvolvendo as motos. "Pode transportar tropas em um terreno difícil ou levar suprimentos e resolver problemas de logística".
Grant Stapleton --da empresa britânica Malloy Aeronáutica-- explicou à Reuters as vantagens das motos sobre os helicópteros tradicionais: "Ele pode chegar em lugares que um helicóptero regular não conseguiria, e custa muito menos para usar. E é consideravelmente mais seguro. Se você topar com alguma coisa, não vai causar um acidente ou causar qualquer dano". (Reuters)
UOL/montedo.com

Pacificador: Exército ignora lei e MPF

MEDALHA DO PACIFICADOR
EXÉRCITO IGNORA LEI QUE MANDA CASSAR MEDALHAS DE CORRUPTOS, E TAMBÉM O MPF
EXÉRCITO MANTÉM HONRARIAS A CORRUPTOS E AINDA IGNORA O MPF
VALDEMAR DA COSTA, JOÃO PAULO CUNHA, JOSÉ GENOINO E ROBERTO JEFFERSON. FOTOS: ABR
O Comando do Exército ignorou, novamente, a solicitação formal da Procuradoria-Geral da República (PGR) de explicações pela decisão de não cassar condecorações de condenados por corrupção em sentença transitada em julgado, como manda a legislação. Estão enquadrados nesse caso mensaleiros como os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto (PR) e Roberto Jefferson (PTB).
A procuradora Eliana Pires Rocha cobra explicações desde outubro de 2014. Seu ofício foi reenviado em abril, com endosso da PGR.
Para a PGR, os 60 dias para resposta do Exército acabou na segunda (22), mas o calendário da caserna é diferente: o prazo seria dia 26.
José Genoino já era réu no processo do mensalão quando recebeu a Medalha do Pacificador pelos relevantes serviços prestados ao Exército.
DIÁRIO do PODER/montedo.com

Comandante do Exército argentino renuncia após ser vinculado à ditadura

Resultado de imagem para césar milani
César Milani foi designado para o cargo em 2013, mas acusações de crimes contra a humanidade só surgiram depois

O chefe do Exército argentino, general César Milani, pediu nesta terça-feira sua passagem à reserva, após denúncias de seu envolvimento em crimes durante a última ditadura no país (1976-83). O pedido de forma irrevogável foi motivado por "razões estritamente pessoais", revela um comunicado do Exército divulgado no site do governo.
A presidente Cristina Kirchner já nomeou o general Ricardo Cundom para o lugar de Milani, de acordo com o Ministério da Defesa. Milani ocupava a chefia do Exército desde 3 de julho de 2013, quando foi designado após a análise de sua folha de serviço não revelar qualquer vínculo com a ditadura. Após sua designação, porém, o general Milani foi acusado de envolvimento em crimes contra a humanidade cometidos depois de sua saída do Colégio Militar, em dezembro de 1975.
A promotoria de Tucumán pediu que Milani fosse ouvido no caso do desaparecimento do soldado Alfredo Ledo, em 17 de junho de 1976, baseado em denúncias de seus familiares. Na ocasião, Milani era um jovem oficial e estava encarregado do translado de Ledo da província de La Rioja para a vizinha Tucumán, onde o soldado teria desertado e desaparecido. Milani também está vinculado à privação ilegítima de liberdade em La Rioja do ex-preso político Ramón Alfredo Olivera.
A política de direitos humanos e o julgamento de acusados de crimes contra a humanidade foi um dos pilares das administrações do finado presidente Néstor Kirchner (2003/2007) e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, cujo mandato termina em dezembro.
CORREIO do POVO/montedo.com

Reintegração de posse de área do Exército gera polêmica no RJ

Reintegração de posse em Niterói mobiliza Exército
Moradores do Forte Imbuhy alegam que estão sendo retirados à força por soldados que apoiam oficiais de Justiça

Soldados do Exército apoiaram ação de despejo de 
moradores do Forte Imbuhy nesta terça-feira
Foto: WhatsApp O DIA (98762-8248)
Clara Vieira
Niterói (RJ)  - A ação de reintegração de posse de três casas no interior do Forte Imbuhy, em Niterói, realizada por quatro oficiais de Justiça, com apoio do Exército Brasileiro, causou revolta de moradores do local. Eles alegam que estão sendo retirados à força, com crianças e famílias passando mal. Já o Comando Militar do Leste (CML) afirma que os moradores desrespeitaram a ordem de saída voluntária no prazo estipulado pela Justiça.
Sobrinho da moradora Edna Laura, Márcio dos Santos, de 26 anos, afirmou que o Exército está atuando com força excessiva e sem diálogo. "Nasci e morei lá por muito tempo. Lamento o que está acontecendo. Lutamos há anos para nos manter lá. Agora, o Exército conseguiu uma decisão favorável . Mas há inúmeras famílias e casas centenárias no local. Estão tirando todo mundo à força, crianças e senhores", disse ele.
Segundo o Comando Militar do Leste, além do envio de soldados para garantir o cumprimento dos mandados, há equipes de assistência social e apoio médico. A decisão judicial transitou em julgado no dia 27 de abril de 2015.
Professor da Faculdade de Direito da UFF e apoiador do projeto de defensoria popular da instituição — que presta assessoria jurídica às famílias despejadas —, Rogério Dutra chegou a alegar que o Exército pretende construir um resort de luxo na região.
"Embora tenha havido uma sentença que autoriza a remoção, ainda cabe recurso. Durante os últimos 20 anos houve tentativa de expulsão das famílias. É preciso sensibilizar o Ministério da Defesa. São famílias que estão no local desde o século XIX. O Exército quer tirar para construir um resort de luxo para oficiais de alta patente. As pessoas estavam tentando resolver individualmente e os advogados buscam unir o grupo para recorrer à ação", disse o professor.

Luta de anos
Em 1994, os moradores da praia do Forte Imbuhy ingressaram com uma Ação de Interdito Proibitório contra a união. A Advocacia Geral da União (AGU) contestou a ação e solicitou a reintegração de posse da área ocupada pelos moradores na região do Forte Imbuhy.
O Exército diz que a ação de retirada é em cumprimento à ordem judicial e respeitando as famílias que ali se revezavam. "Os estudos e tratativas para uma possível realocação desses moradores não foram levadas adiante, já que parte significativa não concordou nem com os termos apresentados nem em receber terrenos em outro local", afirmou o CML.
O deputado federal pelo PT do Rio, Chico D'Angelo e outros parlamentares tentam ajudar as famílias que lutam para continuar no local há anos. Na semana passada, o grupo esteve reunido com o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, e outros políticos do Rio e vereadores de Niterói. Segundo os defensores das famílias, no local vivem 35 famílias. Em geral, são pessoas simples e não usam a região para ganho financeiro. As datas das ordens de ocupação foram diferentes, de acordo com o Exército.
O DIA/montedo.com

22 de junho de 2015

Sargento do Exército é morto em emboscada em Salvador. Criança é baleada no tiroteio.

Sargento da reserva é morto e criança de 5 anos baleada

O sargento da reserva do Exército Eliedson Soares dos Santos, de 40 anos, caiu em uma emboscada e foi morto com vários tiros na noite deste domingo, 21, no bairro da Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.
Segundo informações da Superintendência de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Stelecom), a vítima foi assassinada por volta de 19h, na Travessa Lago, próximo à Igreja Casa da Bênção.
Os autores do crime foram quatro homens - três deles estavam mascarados - que armaram uma emboscada e atiraram contra Eliedson. Ele foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas já chegou à unidade sem sinais vitais.
Informações enviadas à Stelecom dão conta que houve uma troca de tiros entre facções criminosas que atuam no local. Segundo o denunciante, Eliedson seria traficante de drogas, fato que teria motivado o crime.
Além da morte do sargento da reserva, uma criança de cinco anos, de iniciais W.B.L.B, foi baleada na mão esquerda e socorrida para o HGE. Não há informações sobre seu estado de saúde.
Outro homem também foi atingido por disparos na coxa esquerda e levado para o Hospital Ernesto Simões Filho. Segundo a polícia, ele informou que foi ferido quando passava no local, mas a suspeita é que possui envolvimento no crime. O fato ainda é investigado.

Confira o comunicado do Exército sobre a morte do sargento
O Comando da 6ª Região Militar informa que tomou conhecimento, hoje (segunda), pela manhã, sobre o falecimento do Sargento Reformado, Eliedson Soares dos Santos, 40 anos, comunicado por seus familiares.
Trata-se de 3º Sargento Reformado pelo Exército Brasileiro por motivo de incapacidade física definitiva, desde fevereiro de 2001, o qual possuía uma curadora.
O Comando da 6ª Região Militar lamenta o ocorrido e informa que desconhece as causas do fato em questão, as quais estão sendo investigadas pela Polícia Civil.
As orientações referentes ao amparo da família já foram prestadas por este Grande Comando.
A Tarde/montedo.com

21 de junho de 2015

Vacas magras: Exército vai antecipar o licenciamento dos recrutas


Resultado de imagem para serviço militarProvidência típica dos tempos de vacas magras: em portaria publicada na última sexta-feira, o comandante do Exército autorizou a redução, em até dois meses, do tempo de serviço militar dos recrutas incorporados neste ano. Com a medida, grande parte do contingente poderá ser licenciado já no mês de outubro.

Arquivo do blog

Compartilhar no WhatsApp
Real Time Web Analytics