5 de maio de 2011

RAPOSA E SERRA DO SOL: UM CRIME CONTRA A SOBERANIA NACIONAL

TIRSS – Um CRIME contra a Soberania Nacional

Hiram Reis e Silva
"Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla dos seus vestidos. É como o orvalho de Hermon que desce sobre Sião; porque ali o senhor ordenou a benção e a vida para sempre."
(Salmo 133)

Mais uma vez transmito a opinião de meu caro amigo e ir maçom Monteiro a respeito da Terra Indígena Raposa e Serra do Sol (TIRSS). Fiz 300 palestras durante dez anos alertando sobre a trama do “Novo Pirara”. Nenhuma autoridade se importou. Os campos naturais, a região do lavrado, totalmente desconhecida para a maioria deles, perdida na distante e desconhecida Roraima nada representava para eles muito menos votos. Estavam mais preocupados em posar de defensores do Movimento Ambientalista Indigenista Internacional do que defender os interesses de todos cidadãos brasileiros e da maioria dos indígenas de Roraima, representados pela SODIUR, que defendiam a demarcação insular.

- Resgatando a Verdade
General-de-Brigada da Reserva Eliéser Girão Monteiro Filho
Boa Vista, RR, 01 de maio de 2011.
Prezados amigos (as)
Nem sempre a verdade surge de forma natural e espontânea. Às vezes precisamos ajudar as pessoas a se recordarem dos fatos para que essa verdade possa ser usada pelas pessoas em suas interpretações dos fatos.
Quanto ao problema da TIRSS eu preciso clarear alguns passos, para que a verdade possa ser estabelecida, com vossas ajudas, é claro.
Os primeiros gritos contra o absurdo da demarcação foram dados pela Loja Maçônica Obreiros da Arte Real de Alto Alegre, que havia sido criada em 25 de março de 1993, na cidade de Alto Alegre, Estado de Roraima. Naquele mesmo ano, em maio, essa pequena loja maçônica editou a Carta de Alto Alegre, divulgando a Diretriz Genebra Nº 04 e falando sobre o que estava sendo plantado em Roraima, um verdadeiro separatismo, envolvendo índios entre si, e índios e não-índios.
Naquela oportunidade, como um dos pioneiros da loja recém-criada, eu fui um dos escribas para a redação da Carta, pois servia no Comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, que havia sido implantada em 1992 em Boa Vista/RR, e havia iniciado na maçonaria no ano de 1991.
Após ser transferido depois de dois anos convivendo com os problemas do Estado, fui para Brasília, como Assessor no Comando de Operações Terrestres. Naquele local prestei várias informações sobre o que conhecia do problema. Logo depois, fui movimentado para a Casa Militar da Presidência da República, onde prossegui assessorando meus Chefes imediatos e o próprio Presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o tema que estava se tornando explosivo. Naquela oportunidade lembro-me de ter expressado ao Presidente FHC de que a pior decisão era “não decidir”. Infelizmente foi o que acabou acontecendo.
Depois de alguns anos, em 2001, quando eu era o Comandante do Comando de Fronteira de Roraima/7ºBIS, dei a ideia em conjunto com o recém-criado Grão Mestrado do Grande Oriente do Brasil em Roraima para a organização de um Seminário sobre Soberania e Defesa da Amazônia, tentando mais um esforço de esclarecimento sobre o tema.
Houve o apoio geral do GOB, Grandes Lojas e do Exército Brasileiro. Estiveram presentes mais de 40 grãos-mestres gerais do GOB e das Grandes Lojas, e foram organizadas discussões em plenário e visitas às realidades de comunidades indígenas nas diferentes áreas indígenas de RR.
Mais tarde, a Maçonaria abraçou a luta e determinou que fossem feitas palestras de esclarecimento em todas as Lojas no Brasil. Eu mesmo, como oficial do EB na ativa e como maçon, fiz palestras em vários Orientes.
Quando da posse do Presidente Lula foi-lhe apresentado o problema da TIRSS; depois de dois anos, em 2005, ele deu a decisão que deveriam ser retirados da área todos os ditos invasores.
Depois, em abril de 2007, voltei a RR como Cmt da 1ª Bda Inf Selva, e ao me deparar com o problema da TIRSS e uma possível missão a ser atribuída ao meu comando de fazer parte da operação de retirada dos fazendeiros, informei aos meus dois comandantes do CMA, o Gen Cerqueira, nos dois primeiros meses, e depois o Gen Heleno, que não aceitaria comandar a Brigada nesse tipo de missão e que preferia passar o comando se tal ordem fosse recebida.
Do Gen Heleno, recebi a afirmação de que ele também não aceitaria ser o Cmt do CMA nesse tipo de missão.
Em agosto de 2007, em conversa com o Presidente da Assembléia Legislativa de RR, fiz uma sugestão ao mesmo, o Dep. Mecias de Jesus, que solicitasse dos integrantes da bancada federal de RR que se posicionassem sobre a crise que estava para ser instalada no Estado com a retirada dos fazendeiros da TIRSS. Fui designado pelo Cmt do CMA para fazer uma palestra no plenário da ALE/RR, momento que mais uma vez externei minha opinião sobre o tema.
Tive ainda uma excelente oportunidade de tirar dúvidas sobre os procedimentos decisórios, quando da visita de uma comitiva do Ministério da Defesa, com a presença do próprio Ministro Nelson Jobim, ao lhe indagar sobre seu posicionamento anterior de que a reserva deveria ser demarcada em Ilhas e não de forma integral. O Ministro Jobim disse em claro português: “General, essa é uma decisão do Presidente Lula e temos que aceitar.”
Apresentei meus contra argumentos e até mesmo, numa reunião de Comando para os Generais do CMA, sugeri que o Presidente Lula fosse convidado para vir à Amazônia ouvir os generais comandantes de brigadas sobre suas preocupações quanto ao tema. Fiz essa sugestão, por achar que deveríamos ter recebido um mínimo de atenção do Presidente da República, pois afinal de contas ele havia recebido várias lideranças indígenas e favoráveis ao separatismo, e não deveria como Comandante em Chefe que se intitulava, deixar de ouvir aqueles oficiais generais que havia referendado na promoção.
Depois desses momentos, fui protagonista de uma crise, em 09 de maio de 2008, ao receber, democraticamente, e sob condições peculiares da caserna, no Quartel do Cmdo da 1ª Bda Inf Selva que eu comandava, um grupo de manifestantes que havia preparado um Abaixo Assinado endereçado ao Comandante do Exército. Naquela oportunidade, um jornalista do jornal O Globo lançou uma matéria a nível nacional, afirmando que eu havia organizado um Ato Político dentro do Quartel. Fui obrigado e escrever minhas razões de defesa e as enviar ao Chefe de Gabinete do Cmt do EB, que logo depois me avisou que haviam sido aceitas, mas que eu não poderia mais falar nada no meu comando. Não aceitei essa ordem e acabei sendo exonerado do Comando na primeira oportunidade, quando da Reunião do Alto Comando do Exército para as promoções de julho de 2008.
Passei o Comando no final de agosto do mesmo ano e fui movimentado para Brasília. Depois de refletir bem, decidi pedir passagem para a reserva em janeiro de 2009, tendo marcado minha saída para o dia 31 de março de 2009, por razões claras de desacordo com a direção do EB, do MD e do País quanto ao tema da TIRSS.
Foram informados dessa minha decisão meus amigos e antigos Comandantes. Alguns tentaram me demover da mesma, mas o desgosto já havia tomado conta do meu espírito e achei, com o apoio da minha família, que o melhor a fazer era desocupar uma das vagas de general da ativa.
A decisão não foi fácil, pois sempre fui um idealista, não carreirista, tendo acreditado que depois de entrar no Quadro de Acesso a General, havia recebido uma graça de Deus.
Depois da decisão de passar para a reserva, fui convidado pelo Governador de Roraima, Anchieta Junior, a assumir o cargo de Secretário de Segurança Pública do Estado, convite que aceitei com a proposta de mudar um projeto de vida, deixando mais de 36 anos de serviço ativo em troca de um projeto político.
Se o Brasil é um país onde as decisões são dadas sem muito pensar, decidi sair do lado dos que somente recebem ordens, às vezes absurdas, para serem cumpridas sob condições de restrições máximas, para fazer parte dos que geram as ordens, com o objetivo de que as mesas sejam melhor refletidas.
Hoje, depois de dois anos na função, lhes asseguro que minha consciência nunca esteve tão tranqüila, e que ainda estará por vir o momento da exposição maior às urnas.
Espero com essas poucas palavras, mesmo que atrasadas, ter ajudado aos amigos e amigas a formarem mais um pouco de seus pensamentos sobre a verdade.
Afinal de contas, esse deve ser o maior compromisso de cada um de nós.
A VERDADE, MESMO QUE DURA.
PANTANAL NEWS

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