A manchete aí em cima é do Blog. E acrescento: fiasco maior, só se usassem reforçador para tiro de festim. Se o soldado não está pronto, não pode ir para a rua. O episódio foi do mais puro amadorismo.

Parte dos soldados convocados por Temer patrulharam Brasília com fuzis sem carregadores
RIO — Parte dos 1.300 homens do Exército que fizeram o patrulhamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta quarta e quinta-feira, empunhavam fuzis sem carregadores, como é possível constatar em fotografias. Enquanto um grupo estava com armas municiada, outros levavam o carregador em bolsas presas à cintura, segundo o Exército. Sem o carregador acoplado aos fuzis não é possível efetuar disparos.
A falta de carregadores disponíveis para a tropa foi descartada pelo Exército. No entanto, não é possível afirmar se o patrulhamento com os fuzis sem os carregadores veio de uma orientação do Comando Militar do Planalto, de onde os homens foram recrutados, ou se faz parte das regras de engajamento — normas de quando deve ser empregada a força — das Forças Armadas.
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A Diretriz Estratégica de Garantia da Lei e da Ordem, do ministério da Defesa, diz que em situações como a da manifestação, em Brasília, armamentos não letais devem ser priorizados, no entanto, não existe uma regra para o tipo e como o armamento será utilizado.
"Considerar que as organizações militares (OM) de Polícia do Exército (PE) são as tropas mais capacitadas à execução de ações operativas, empregando equipamento apropriado, não letal, permanecendo o armamento letal para o emprego em situações de risco para a tropa, conforme as regras de engajamento", informa um dos trechos.
De acordo com o especialista em armas Vinicius Cavalcante, após analisar as imagens enviadas pelo "Extra", o fato de alguns estarem com fuzis com carregadores e outros não pode ser uma questão de segurança tomada pelo comando.
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AUTORIZAÇÃO PARA O USO DAS FORÇAS ARMADAS
Após um grupo de manifestantes quebrarem vidros e até incendiarem parte de um dos prédios da Esplanada, o presidente Michel Temer acionou nesta quarta a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que as Forças Armadas fizessem a segurança do local.
O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e estabelecia que as tropas atuariam na capital por uma semana, até o dia 31. O decreto, no entanto, foi revogado pelo presidente no dia seguinte, na quinta-feira. A área específica de atuação, no Distrito Federal, foi delimitada pelo ministério da Defesa.
A GLO é invocada, segundo a Defesa, quando há "esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem". O dispositivo constitucional, que é de atribuição exclusiva do presidente da República, prevê que os militares podem, provisoriamente, atuar com poder de polícia.
EXTRA/montedo.com