Manaus (AM) - O capitão do Exército Pablo Gnuztman Pereira foi preso com mais treze pessoas na última terça-feira na capital amazonense, na 'Operação Maus Caminhos', da Polícia Federal em parceria com a Controladoria Geral da União e a Receita Federal.
Gnuztman, que é médico psiquiatra e serve no Hospital Militar de Área de Manaus, integra uma quadrilha que sangrava os recursos públicos destinados ao Fundo Estadual de Saúde. O desvio já atinge o valor de R$ 112 milhões, quase 50% da verba que o Ministério da Saúde destinou ao Amazonas.
Unidade hospitalar de grande porte, o Hospital de Pronto Socorro 28 de Agosto tem oito vezes mais leitos e atende uma camada quase dez vezes maior que as UPAS e o Centro de Reabilitação administradas pelo Instituto Novos Caminhos (INC). No entanto, a verba repassada ao hospital era menos da metade que a destinada ao INC. O Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, no município de Rio Preto da Eva, fazia parte do esquema. Seu diretor é o capitão Gnuztman.O desvio de boa parte do dinheiro oriundo do Fundo Estadual de Saúde era feito através de lavagem de roupas hospitalares usadas nas unidades investigadas. “O Estado pagava, através da Secretaria Estadual de Saúde, o valor de R$ 2,77 por cada quilo de roupa. E, pasmem, senhores jornalistas, o Instituto Novos Caminhos pagava R$ 14,00 o quilo da roupa lavada, absurdo mesmo”, disse o chefe da CGU, no final da entrevista coletiva, realizada na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas.
Todos os presos na operação foram indiciados e responderão na Justiça pelos crimes de formação de organização criminosa, falsidade ideológica, peculato, fraude licitatória e lavagem de capitais.
Com informações do Portal do Zacarias e Portal do Holanda