Fez-se história no exército dos EUA: duas mulheres vão ser Rangers
Duas das 17 mulheres inscritas no primeiro curso da força de elite dos EUA aberto ao sexo feminino conseguiram concluir o treino. É a primeira vez na história das forças armadas norte-americanas.
Pela primeira vez na história do exército norte-americano, duas mulheres vão completar o curso da Ranger School e tornar-se Rangers, ou seja, soldados de elite.
Numa altura em que o país está a avaliar, em todos os ramos das forças armadas, a melhor forma de integrar soldados do sexo feminino, mesmo em regimentos de infantaria - cujo acesso sempre foi negado às mulheres - o feito das duas Rangers é assinalável e tem-se constituído como um auxiliar ao debate. Porém, apesar da conclusão do curso, as duas soldados não poderão juntar-se ao 75º regimento dos Rangers, uma força de operações especiais que permanece restrita ao sexo masculino.
A cerimónia em que as duas jovens, na casa dos 20, receberão o novo distintivo, está marcada para a próxima sexta-feira em Fort Benning, a sede da escola dos Rangers, escreve o Washington Post. Estarão acompanhadas por mais 94 colegas, todos homens.
O secretário de Estado da Defesa norte-americana, John McHugh, emitiu um comunicado elogiando os estudantes que agora concluem a formação do exército, sublinhando que este curso dos Rangers "provou que todos os soldados, independentemente do género, conseguem atingir o pleno do seu potencial. Devemos aos soldados a oportunidade de servirem com êxito em qualquer posição para a qual sejam qualificados e capazes, e continuamos à procura da melhor forma para selecionar, treinar e reter os melhores soldados conforme as necessidades da nação".
Na sexta-feira, as duas novas Rangers deverão falar à comunicação social, num evento que deverá atrair atenção mediática de todo o mundo. Apesar de não terem sido identificadas, sabe-se que as duas jovens começaram a 20 de abril a sua formação, com mais 380 homens e outras 17 mulheres, que ficaram pelo caminho, naquele que foi o primeiro grupo a aceitar soldados do sexo feminino. Perante as acusações de que as mulheres teriam uma formação diferente, menos exigente, os responsáveis da escola abriram o treino à comunicação social durante alguns dias, demonstrando que as avaliações eram sempre imparciais e permitindo aos avaliadores que se explicassem publicamente.
DN GLOBO/montedo.com