Procuradoria Federal determina que morte de militar da Aeronáutica seja investigada
O Núcleo de Apoio Operacional da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, que é um dos órgãos da Procuradoria Regional da República, rejeitou pedido do Ministério Público Federal e decidiu não arquivar as investigações que apuram as responsabilidades sobre a morte de um militar da Aeronáutica. A vítima perdeu a vida, em 2009, após passar mal durante um treinamento, na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, o militar fazia um curso preparatório para ingressar na polícia da Aeronáutica. De acordo com depoimento de testemunhas, os integrantes do curso foram submetidos a esforço físico extremo.
Segundo uma médica que atendeu o militar no Hospital da Força Aérea do Galeão, ele sofreu intenso desgate fisico com falta de hidratação, o que levou a um quadro de degeneração muscular causado por eforço execessivo. Um laudo de necrópsia, feito por peitos do Instituto Médico-legal, também apontou a mesma causa para a morte da vítima.
A mãe do militar chegou a denunciar o hospital por omissão de informações e possíveis falhas no socorro ao seu filho. Colegas do militar morto também afirmaram, em depoimentos, que era comum o uso de analgésicos para suportar as dores causadas pelos treinamentos.
Um dos instrutores do curso prestou depoimento e negou as acusações. Ele alegou que o militar teve mal súbito, durante uma corrida em marcha lenta, realizada após descanso e com regular consumo de líquidos.
Com a decisão, o caso voltará ser investigado para apurar uma possível responsabilidade pela morte do militar
Extra/montedo.com