30 de novembro de 2015

Aedes aegypti faz governo federal colocar Exército à disposição de PE

MARINA DIAS
DE BRASÍLIA
Após o Governo de Pernambuco decretar situação de emergência no Estado a partir de terça-feira (1º) devido ao aumento de casos de chikungunya e zika, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) colocou as Forças Armadas à disposição do Estado para ajudar na prevenção das doenças e na conscientização da população local.
Segundo o ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional), cerca de 800 homens do Exército de Pernambuco vão agir como apoio ao governo estadual atuando, inclusive, como agentes de saúde —em visitas às casas— e palestrantes em escolas.
Nesta segunda-feira (30), Occhi e o ministro Marcelo Castro (Saúde) estarão em Pernambuco para, ao lado do governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), lançar um programa para conscientizar e ajudar a prevenir, entre outras doenças, a microcefalia, malformação em que os bebês nascem com o crânio reduzido, prejudicando o desenvolvimento do cérebro.
Neste sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou que há relação entre o surto da doença no Nordeste e o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Só em Pernambuco, foram constatados 487 casos de microcefalia nas últimas semanas, mas o Palácio do Planalto tem em mãos projeções que apontam para sensível piora do quadro até o início do ano que vem.
"O Exército vai servir de apoio em Pernambuco. Temos que mostrar que não se pode deixar água parada, córregos e esgotos precisam estar devidamente tratados, etc. Nosso apoio com as Forças Armadas é no sentido de ajudar as prefeituras e o governo do Estado em um grande mutirão", afirmou Occhi à Folha.
Ainda de acordo com o ministro, por enquanto não há necessidade de enviar reforço mas, se o quadro se tornar mais grave nas próximas semanas, haverá o deslocamento de homens do Exército dos estados de Alagoas e Paraíba para Pernambuco.
Com o decreto do estado de emergência, o Estado tem mais liberdade para acessar crédito para uso em medicamentos, equipamentos e até contratos temporários para combater os focos de mosquito, sem precisar passar por licitação.

REUNIÃO COM DILMA
Desde que o surto de microcefalia foi detectado no Nordeste, há duas semanas, Dilma tem sido aconselhada por seu núcleo político mais próximo a viajar para a região, mas a presidente tem preferido cautela e dito que quer ter "certeza do que está acontecendo" na região.
Ao voltar de sua viagem a Paris, onde participa da COP21, Dilma vai reunir os governadores dos Estados mais atingidos pela microcefalia para monitorar a situação e pedir a colaboração para a ação conjunta que ela pretende desenvolver no país e, segundo auxiliares, deve viajar ao Nordeste na sequência.
Folha de São Paulo/montedo.com

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