30 de dezembro de 2015
Reajuste salarial dos militares será de 27,9%. Primeira parcela de 5,5% em agosto.
Brasília, 30/12/2015 – O governo encaminhou nesta quarta-feira ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que trata do reajuste salarial dos militares das Forças Armadas. A mensagem da Presidência da República foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de hoje.
O Ministério da Defesa, desde o início do ano, estabeleceu uma série de diálogos com a equipe econômica do governo. Nos últimos dias, conseguiu elevar o índice de reajuste do soldo dos militares, que anteriormente estava em torno de 25,5%, para uma média de 27,9%.
“Conseguimos a garantia de que teremos os soldos reajustados dentro das possibilidades econômicas do país”, explica o secretário-geral do Ministério da Defesa, general Silva e Luna.
A expansão da folha de pagamento de militares será concedida ao longo dos próximos quatro anos, sendo 5,5% a partir de agosto de 2016.
O reajuste será escalonado, com maiores percentuais para as graduações do início de carreira e postos intermediários, indicados como prioritários pelos Comandos das três Forças. Os índices variam de 24,39% a 48,91%.
Esse reajuste incide sobre os soldos. No entanto, como as gratificações são vinculadas a ele, também terão seus valores corrigidos na composição da remuneração bruta do militar.
Dessa forma, a remuneração bruta (com as gratificações) média dos oficiais generais, que atualmente varia de R$ 21.777 a R$ 25.433, será de R$ 27 mil a R$ 31.636, em 2019.
No caso dos oficiais superiores, que atualmente ganham, com gratificação, entre R$ 14.472 e R$ 17.068, ganharão, em 2019, entre R$ 18.212 a R$ 21.340, em média.
Os oficiais subalternos e intermediários, com remuneração bruta atual de R$ 8 mil a R$ 10.878, em média, passarão a receber valores que vão de R$ 9.990 a R$ 14.309.
Os praças, que ganham atualmente remunerações que variam de R$ 1.021 a R$ 7.463, em média, passarão a receber de R$ 1.270 a R$ 9.845 até o final do período de quatro anos.
As gratificações variam de acordo com a experiência, competência, local de trabalho do militar, por exemplo. Sobre essa remuneração bruta incidem os descontos obrigatórios, como o imposto de renda, contribuição para a pensão militar e para o fundo de saúde da Força.
DEFES/montedoc.com
29 de dezembro de 2015
Militares portadores do vírus HIV têm direito à reforma ex officio
FORA DE SERVIÇO
Militares com vírus da Aids têm direito à reforma ex officio, com a remuneração correspondente ao grau hierárquico imediatamente superior ao que ocupavam na ativa, conforme delimita entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Assim decidiu, por unanimidade, a 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região ao conceder parcialmente a solicitação de um integrante da Marinha portador do HIV.
Em seu pedido, o autor solicitava a reforma — situação em que o militar passa definitivamente à inatividade — com proventos de segundo-tenente. O militar alegou que deveria ter sido promovido a terceiro-sargento em dezembro de 1993, conforme previsto no Decreto 684/92, tendo sido impedido por causa da doença. Na ação, ele também pedia o direito ao auxílio-invalidez, já que precisaria de cuidados médicos contínuos.
Já a União argumentou que o pedido estaria prescrito, pois a promoção a terceiro-sargento começou a contar em 1993. Também disse que o militar não tem direito à reforma por possuir plenas condições de trabalho. Sobre o auxílio-invalidez, alegou que o autor da ação não necessita de cuidados permanentes de enfermagem.
Leia tambémA polêmica dos testes de HIV para ingresso nas Forças Armadas
Em primeiro grau, o pedido de promoção foi considerado prescrito, e os demais, improcedentes. Porém, ao julgar o recurso movido, o desembargador federal Ricardo Perlingeiro, relator do processo, considerou que o militar tem direito à reforma, nos termos da Lei 7.670/88, que determina a reforma dos militares portadores do vírus da Aids.
O desembargador federal também citou entendimento do STJ, que concede o direito a militares portadores do vírus da Aids a reforma ex officio, com a remuneração de soldo correspondente ao grau hierárquico imediato ao que ocupava na ativa, independentemente do estágio de desenvolvimento da doença. Em relação à promoção, o julgador destacou que a “pretensão de revisão dos atos de promoção no curso de carreira militar, a fim de retificar as datas de promoções, sujeita-se à prescrição do fundo de direito”.
No caso do autor, o prazo para pedir a retificação de sua promoção ao posto de sargento começou a contar em dezembro de 1993, prescrevendo cinco anos depois. Dessa forma, como a ação foi proposta em 2002, a pretensão já estava prescrita. Quanto ao auxílio-invalidez, o desembargador não acatou o pedido, argumentando que a concessão pressupõe a necessidade de internação especializada, assistência ou cuidados permanentes de enfermagem, o que não foi comprovado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.
Processo 0009591-46.2002.4.02.5101
Conjur/montedo.com
Programa nuclear: amigão de Lula fez repasse a oficial da marinha
Exclusivo: Bumlai fez repasse a militar do programa nuclear
Um dos beneficiários de repasses de José Carlos Bumlai é o capitão de mar-e-guerra Germano de Freitas, ligado à Empresa Gerencial de Projetos Navais, a Emgepron. Ele recebeu R$ 80 mil de Bumlai em março de 2011.
Germano de Freitas não é qualquer militar. Ele foi superintendente do Centro Experimental de Aramar, em Iperó, sede do programa nuclear da Marinha e onde é desenvolvido o reator para o submarino de propulsão nuclear.
Contrato de financiamento da Finep para a produção de hexafluoreto de urânio, obtido pelo Antagonista, traz a assinatura de Freitas como diretor-executivo da Fundação Parque de Alta Tecnologia de Iperó (Patria).
Em seu perfil no LinkedIn, ele se identifica atualmente como chefe do Departamento de Produção e Superintendente Industrial da Emgepron, responsável por todos os projetos importantes da Marinha.
O Antagonista/montedo.com
28 de dezembro de 2015
Tesourada! Cargueiro da FAB só em 2018
Sem dinheiro, Aeronáutica terá de esperar mais por avião cargueiro
O modelo KC-390, da Embraer, deveria ser entregue em 2017. Com otimismo, será em 2018
GABRIEL LELLIS, COM EDIÇÃO DE MURILO RAMOS
Sem dinheiro, a Aeronáutica vai ter de esperar mais um ano, pelo menos, para receber dois protótipos do KC- 390, avião cargueiro da Embraer. O novo prazo estipulado pelo governo é 2018. Mas na verdade ninguém conta com isso. Todo o projeto, que prevê a aquisição de 28 unidades, custará mais de R$ 10 bilhões.
EXPRESSO(Época)/montedo.com
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Arsenal de Guerra do Exército vira 'cidade-fantasma'
Antiga área de ações do Exército no RS vira 'cidade fantasma'
PAULA SPERB
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GENERAL CÂMARA (RS)
As paredes das casas racharam, a tinta azul das portas desbotou e os vidros estão quebrados. O mato tomou conta do entorno do hospital, há vacas e cavalos pastando nos pátios abandonados e quase não tem ninguém andando pelas ruas.
Uma área federal que foi o coração das ações do Exército Brasileiro no Rio Grande do Sul durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45) ganhou ares de cidade fantasma no centro de General Câmara, município de 8.500 habitantes localizada a 80 km de Porto Alegre.
Durante a guerra, bailes, cinema e partidas de futebol animavam aquela região. Cerca de 2.000 militares e suas famílias, de todas as partes do país, viviam em uma espécie de vila encravada no centro da cidade. Hoje, 102 pessoas, entre militares e civis que prestam serviços ao Exército, ainda moram no Arsenal de Guerra, em imóveis cuja aparência bem cuidada destoa da parte abandonada.
Desde 2009, o destino dos cerca de 150 imóveis desocupados é alvo de um impasse entre o Arsenal –um dos três locais do país onde é feita a manutenção de armas– e a prefeitura. O município pede a doação da área para a habitação popular, mas as negociações estão emperradas.
Secretário municipal do Planejamento, Fábio Medeiros de Freitas diz que a burocracia dificulta o processo, enquanto o Exército alega que a prefeitura ainda tem de apresentar oficialmente uma proposta para a troca de terrenos e imóveis.
Segundo o secretário, a prefeitura se propõe a fazer a urbanização da área, com obras de pavimentação e iluminação. "Hoje não tem por que fazer esse serviço. Ninguém mora lá", diz Freitas.
O município alega que não pode oferecer mais do que a urbanização como pagamento. Isso porque o complexo foi avaliado em cerca de R$ 30 milhões no ano passado, quase o dobro do orçamento da prefeitura, que em 2016 terá R$ 16 milhões para administrar a cidade.
"Eles [o Exército] não pagam IPTU. Isso é previsto na lei. Então, a prefeitura não arrecada nada com a área", diz Freitas. O município calcula um deficit habitacional de cerca de 200 famílias, que poderia ser praticamente zerado com a doação das casas.
HOSPITAL E CLUBE
A estrutura do governo federal foi construída na década de 1930. Inclui 228 residências, um hospital, clubes e um pavilhão para a manutenção de armas. Com o fim da guerra, entrou em declínio. São 126 residências com rachaduras e mato. Na área degradada, o aluguel das casas foi proibido. Há apenas uma moradora remanescente, Leonor Nascimento, 66, que paga R$ 200 mensais ao Exército. A professora aposentada mora no local há 30 anos.
"Fizeram vistoria e viram as rachaduras, vieram com uma conversa de que era para eu sair para minha segurança. Ofereceram outra casa, mas não me agradei", conta Leonor. Ela não faz reparos internos na casa com medo de "estragar", mas mantém o jardim impecável.
Na casa ao lado da de Leonor, morava o comerciante Ângelo Domingos Santana de Brito, 57. "Gostava de jogar bola no campo de futebol, agora abandonado. O Arsenal tinha mais vida. A cidade girava em torno disso", conta. Assim como Brito, muitos deixaram as casas com a chegada dos filhos. O ex-morador teme a demolição dos imóveis. "Torço para que a prefeitura assuma e coloque gente para morar lá", diz.
Folha de São Paulo/montedo.com
Imagem do dia
Militares iraquianos em Ramadi, após libertar a região das forças do Estado Islâmico (Imagem: afp.com/AHMAD AL-RUBAYE - L'Express, via Twitter) |
27 de dezembro de 2015
Inundou a cidade? Chama o Exército!
A polêmica dos testes de HIV para ingresso nas Forças Armadas
Discriminação ou zelo pela saúde? Os polêmicos testes de HIV em concursos públicos
Fernanda da Escóssia
Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil
Mais de 30 anos depois do primeiro caso de HIV/Aids registrado no Brasil, uma polêmica antiga ainda persiste: a realização obrigatória do teste de HIV em concursos públicos, em particular nas Forças Armadas.
Ouvidos pela BBC Brasil, Exército, Marinha e Aeronáutica dizem que a lei está do seu lado e que ela permite a realização dos testes como forma de garantir a saúde plena de seus militares.
Mas indivíduos, grupos de defesa de direitos e especialistas argumentam que e medida é discriminatória e que os militares estariam ignorando avanços na medicina que permitem que soropositivos sejam capazes de cumprir normalmente as tarefas e exigências do trabalho.
Um bom quadro dessa polêmica pode se traçado pelo histórico das ações recentes na Justiça questionando a legalidade do teste.
Levantamento preliminar feito pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão a pedido da BBC Brasil lista pelo menos 29 recomendações do Ministério Público Federal para suspender a testagem obrigatória em concursos públicos, além de ações em vários Estados. Só no Rio de Janeiro, foram pelo menos três casos nos últimos meses.
Em um deles, o candidato disputava uma vaga de professor de Filosofia em um concurso de serviço técnico temporário do Exército e questionava a exigência do teste. A Justiça Federal entendeu que o Exército estava certo e agia com o intuito de preservar a saúde de seus integrantes. O Ministério Público Federal recorreu.
Dois outros casos envolvem pessoas que questionam a exigência, pela Marinha, dos exames negativos de HIV para ingresso ou promoção. O militar M.F.S., por exemplo, foi excluído da disputa pelo posto de oficial intendente por ser HIV positivo. Diagnosticado como portador assintomático, ele foi à Justiça, perdeu na primeira instância e recorreu ao Tribunal Regional Federal.
Muitos casos nem chegam à Justiça. X., de 21 anos, militar da Aeronáutica, fez o concurso em 2013, seu teste deu negativo, e o rapaz foi aprovado. Meses depois, o teste de HIV deu positivo. X. relatou ao superior imediato sua condição de soropositivo e iniciou o tratamento, mas até hoje não contou que é homossexual e vive com um rapaz.
"Ele começou a me perguntar se eu andava em más companhias, com drogados e homossexuais, aí não contei. No alojamento, um colega berrou que eu era B 24 (código do HIV na Classificação Internacional de Doenças), então todo mundo já ficou sabendo", reclama X., que falou à BBC Brasil na condição de anonimato.
'No alojamento, um colega berrou que eu era B 24 (código do HIV na Classificação Internacional de Doenças)', relata X.
X. disse que houve uma tentativa de afastá-lo do trabalho, mas que o serviço do Hospital da Aeronáutica, onde ele é atendido, não permitiu. O rapaz está de licença médica e deve voltar ao quartel em janeiro.
O estudante de engenharia Alan Pereira Mondego de Souza, de 23 anos, estava indo bem no concurso da Marinha em 2013, mas foi excluído quando seu teste de HIV deu positivo. "Acabei abrindo mão de um direito porque consultei alguns advogados, e eles me disseram que era muito difícil ganhar", diz Alan, que desistiu de levar o caso à Justiça.
Graças ao tratamento, a presença do HIV em seu corpo é mínima - ele tem o que os especialistas chamam de carga viral indetectável. Nunca desenvolveu a doença, toma um comprimido diariamente, tem um namorado fixo e está em boas condições de saúde, levando uma vida normal.
"Meu médico já me disse que posso morrer de qualquer outra coisa, de bala perdida, de atropelamento, mas não disso", comemora.
Exigência
Organizações que atuam na área de HIV/Aids, como a Abia (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids) e o Pela Vidda,dizem que o teste não pode mais ser usado com instrumento de avaliar a saúde ou a capacidade de um candidato argumentando que a expectativa de vida dos soropositivos aumentou muito com os avanços do tratamento, oferecido de graça na rede pública de saúde.
"Essa lei (7.670/88, segundo a qual o HIV/Aids é justificativa para que o militar seja retirado da ativa) é de 1988, do tempo em que o panorama de HIV/Aids era outro, e não pode continuar regendo os destinos das pessoas", afirma a advogada Patrícia Diez, do grupo Pela Vidda/Niterói.
"Os portadores de HIV, principalmente os assintomáticos, conseguem ter vida normal, com alta capacidade produtiva. O Brasil é signatário de vários tratados internacionais proibindo a testagem obrigatória e a discriminação do portador de HIV."
Na maioria dos concursos públicos, à exceção dos concursos militares e policiais, a exigência do teste de HIV vem caindo graças a um conjunto de leis e notas técnicas que permitem caracterizar como ilegal e discriminatória a testagem obrigatória.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, proíbe qualquer tipo de discriminação. A Lei 12.984, de junho de 2014, tipifica como crime recusar ou dificultar a inscrição do portador de HIV em qualquer escola ou trabalho. Segundo essa mesma lei, divulgar que alguém é portador de HIV, contra a vontade da pessoa, pode ser considerado crime.
Nota técnica do Ministério da Saúde também se posiciona contra a exigência do teste. Parecer do Conselho Federal de Medicina de 2013 considera a exigência do exame não só antiética como contrária a convenções internacionais das quais o Brasil é signatário.
As Forças Armadas, porém, apelam para uma legislação própria, mantêm o teste e, representadas pela Advocacia Geral da União (AGU), têm vencido alguns processos graças à lei 7.670/88, segundo a qual o HIV/Aids é justificativa para que o militar seja reformado e saia da ativa.
Essa lei embasa a decisão mais citada em casos do tipo, proferida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis Júnior em março de 2014. O ministro afirma que há jurisprudência no STJ a respeito do tema e reitera o entendimento de que o militar portador de HIV, em qualquer estágio de desenvolvimento da doença, é considerado incapaz para vida militar e tem direito de ser reformado.
Decisões
Decisões com entendimentos distintos têm sido proferidas pelo país. Em fevereiro de 2012, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Pernambuco, determinou que uma candidata portadora do HIV fosse mantida no concurso da Marinha.
Em ação parecida, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no Distrito Federal, anulou exigência de realização de teste HIV num edital para o concurso do Exército. A AGU, em nome do Exército, recorreu alegando que a vida militar tem peculiaridades que exigem boa forma física, e com isso pessoas portadoras de moléstias graves enfrentariam, em uma operação militar, condições adversas como a carência de medicamentos e estresse.
A AGU apontou ainda que traumatismos de guerra oferecem risco de contaminação aos demais combatentes em caso de ferimento de um combatente infectado. "Tais particularidades da vida militar justificam a exigência do teste de HIV, não representando um atentado contra o princípio da isonomia. A União entende que só há rompimento da igualdade quando o tratamento diferenciado é carente de razões que o justifiquem."
"E, no caso específico, tal distinção se mostra justificada, razoável e necessária", argumentou a AGU ao recorrer. Em junho de 2015, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski manteve a exigência do exame até que o caso seja julgado pelo plenário - o que ainda não ocorreu.
Ouvidos pela BBC Brasil, Exército, Marinha e Aeronáutica reforçaram a argumentação da AGU, afirmando que a vida militar tem especificidades que exigem plena saúde e que as Forças Armadas seguem legislação particular para admissão.
"A exigência de submissão dos candidatos a testes para verificação do vírus HIV nos exames admissionais para a carreira militar se coaduna com a missão precípua das Forças Armadas disposta no artigo 142 da Constituição da República", afirmou o contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha.
Exército afirma que "profissão militar exige vigor físico (...) e que determinadas patologias podem impedir atividades obrigatórias e trazer risco para a saúde do próprio militar."
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que não exige a apresentação do teste, mas verifica essa condição na inspeção de saúde para o ingresso.
Aeronáutica e Exército citaram a legislação e a jurisprudência que estabelecem o HIV/Aids como motivo de reforma militar. Para o Exército, é preocupante que o cidadão recém-ingresso na Força seja reformado.
O Exército informou ainda que a profissão militar exige disponibilidade permanente, mobilidade geográfica e vigor físico para atividades de grande esforço, como acampamentos, marchas de longa distância e exercícios de tiro, que exigem boa saúde. Para o Exército, determinadas patologias podem impedir atividades obrigatórias e trazer risco para a saúde do próprio militar.
Para o especialista no tratamento de HIV/Aids e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Esper Kallás, os argumentos sobre possíveis limitações físicas de portadores de HIV parecem ignorar avanços notórios da medicina no tratamento da infecção.
"Está na hora de as Forças Armadas reverem seus conceitos sobre o HIV. Temos vários exemplos de pessoas que vivem com o vírus por muito tempo e conseguem desfrutar plenamente da vida, tanto em termos físicos como intelectuais", afirmou Kallás, que é professor da USP e vice-coordenador do comitê de retroviroses da SBI.
Discriminação?
Sobre especificidades da vida militar e risco de contaminação de outros soldados, Kallás afirmou que não há perigo maior que na vida em sociedade, já que o HIV se transmite pela relação sexual ou pelos fluidos do corpo, como sangue, esperma e leite materno. "Então um HIV positivo que toma um tiro na rua não vai ser atendido? Não há motivo para esse temor", afirma.
O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Rios, afirmou à BBC Brasil que, no entendimento do Ministério Público Federal, não há decisão definitiva sobre o teste de HIV em concursos militares. Pelo contrário, disse acreditar que o STF, que já permitiu a união homossexual, em breve aceitará a argumentação de que a exigência do teste é discriminatória e, portanto, afronta a Constituição.
"O Exército mais poderoso do mundo, o dos Estados Unidos, já retirou a exigência de testagem de HIV. Quero deixar claro que não somos contra os testes físicos. Pelo contrário, as Forças Armadas têm todo o direito de exigi-los, inclusive do portador de HIV. Se ele não passar, que seja reprovado. Mas não aceitamos que esse indivíduo seja barrado do concurso sem nem poder fazer o teste físico", afirmou Rios.
O procurador também contesta o uso da lei 7.670/88, que permite reformar o militar soropositivo. Rios diz que o objetivo da lei é dar um benefício ao soropositivo, o acesso à Previdência, mas que ela vem sendo usada com o objetivo de negar um direito.
"Toda essa argumentação encobre na verdade uma forma de discriminação velada: estou excluindo essa pessoa porque ela é gay, ou é provavelmente gay. Não é dito de forma explícita, mas, no fundo, é disso que se trata. A legislação já reconheceu que toda forma de amor precisa ser respeitada e que o homossexual tem direito a benefícios do companheiro. A questão do teste de HIV é agora uma questão de tempo", afirma.
BBC Brasil/montedo.com
Chile caminha para acabar com verbas secretas para Forças Armadas
Lei determina que Estado destine 10% das vendas de cobre a militares.
'Lei Reservada do Cobre' foi criada durante ditadura de Augusto Pinochet.
Da France Presse
O Chile pretende acabar em 2016 com a chamada "Lei Reservada do Cobre", que dirige recursos da exportação do mineral para a entrega de verbas secretas às Forças Armadas, informou neste sábado (26) o ministro da Defesa, José Antonio Gómez.
"Sim, vamos fazer isto. De fato, estamos avaliando e trabalhando em uma proposta que deve ser apresentada em 2016", disse Gómez em entrevista ao jornal El Mercurio.
A "Lei Reservada do Cobre" determina que o Estado destine 10% das vendas anuais da estatal Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, a um fundo voltado para a aquisição, renovação e manutenção de material bélico, que nos últimos cinco anos destinou cerca de US$ 6 bilhões às Forças Armadas.
A lei, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), é duramente criticada por seu segredo, e apesar de várias propostas, jamais foi alterada.
O ministro chileno explicou que o fundamental da proposta é garantir um orçamento para as Forças Armadas "o mais transparente possível" em relação à compra de material bélico, com um planejamento de, no mínimo, dez anos.
G1/montedo.com
'Lei Reservada do Cobre' foi criada durante ditadura de Augusto Pinochet.
Da France Presse
O Chile pretende acabar em 2016 com a chamada "Lei Reservada do Cobre", que dirige recursos da exportação do mineral para a entrega de verbas secretas às Forças Armadas, informou neste sábado (26) o ministro da Defesa, José Antonio Gómez.
"Sim, vamos fazer isto. De fato, estamos avaliando e trabalhando em uma proposta que deve ser apresentada em 2016", disse Gómez em entrevista ao jornal El Mercurio.
A "Lei Reservada do Cobre" determina que o Estado destine 10% das vendas anuais da estatal Codelco, a maior produtora de cobre do mundo, a um fundo voltado para a aquisição, renovação e manutenção de material bélico, que nos últimos cinco anos destinou cerca de US$ 6 bilhões às Forças Armadas.
A lei, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), é duramente criticada por seu segredo, e apesar de várias propostas, jamais foi alterada.
O ministro chileno explicou que o fundamental da proposta é garantir um orçamento para as Forças Armadas "o mais transparente possível" em relação à compra de material bélico, com um planejamento de, no mínimo, dez anos.
G1/montedo.com
Brasil foi terceiro maior comprador de armas em 2014, diz relatório dos EUA
NICHOLAS FANDOS
DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTON
As vendas de armamento pelos EUA saltaram quase US$ 10 bilhões em 2014, ou 35%, mesmo com a estabilização do mercado internacional de Defesa e o aumento da competição entre diferentes fornecedores, mostra um novo estudo do Congresso.
As receitas americanas com venda de armas subiram para US$ 36,2 bilhões em 2014, contra US$ 26,7 bilhões no ano anterior, impulsionadas por acordos multibilionários com o Qatar, a Arábia Saudita e a Coreia do Sul.
Esses e outros acordos asseguraram que os EUA continuasse a ser o maior fornecedor de armas no mundo, com mais de 50% do mercado.
A Rússia aparece em seguida, com US$ 10,2 bilhões em vendas, comparado a US$ 10,3 bilhões em 2013. A Suécia foi a terceira, com US$ 5,5 bilhões, seguida pela França —US$ 4,4 bilhões— e a China, com US$ 2,2 bilhões.
A Coreia do Sul, um aliado-chave dos EUA, foi o principal comprador de armas do mundo em 2014, com US$ 7,8 bilhões em contratos. O país enfrenta contínua tensão com a vizinha Coreia do Norte relacionada programa de armas nucleares norte-coreano e outras provocações.
O grosso das compras da Coreia do Sul, mais de US$ 7 bilhões, vieram dos EUA, incluindo helicópteros de transporte e material de apoio, bem como veículos de vigilância aérea não tripulados.
O Iraque aparece em segundo, com US$ 7,3 bilhões em compras para reconstruir suas Forças Armadas após a retirada dos militares americanos do país.
O Brasil, outro país em desenvolvimento que constrói sua força militar, ficou em terceiro, com US$ 6,5 bilhões em contratos, sobretudo com a Suécia, que vendeu caças ao país.
MAIS ARMAS
O relatório para o Congresso aponta que a venda de armas no mundo cresceu ligeiramente em 2014 para US$ 71,8 bilhões, de US$ 70,1 bilhões no ano anterior. Apesar do aumento, o documento conclui que "o mercado internacional de armas provavelmente não está crescendo" por causa do "estado frágil da economia global".
É o segundo ano de estabilidade nas vendas, o que sugere que o mercado começa a fixar um patamar após anos de flutuação extrema.
A falta de expansão, porém, incentivou a competição. Alguns produtores de armas adotaram medidas como financiamento flexível, garantias de contrapartida comercial e acordos de coprodução e montagem conjunta para garantir as vendas.
"Uma série de países exportadores de armas tem focado não só clientes com os quais mantém vantagem competitiva histórica ou relações de apoio militar consumadas, mas também em potenciais novos clientes em países e regiões em que não são fornecedores tradicionais", escreve a autora do texto, Catherine A. Theohary.
Apesar da competição, o relatório conclui que os EUA devem continuar sendo o principal fornecedor de armas para países em desenvolvimento nos próximos anos.
O relatório anual feito pelo Serviço de Pesquisa do Congresso, uma divisão da Biblioteca do Congresso, foi entregue na última semana e analisa tendências no mercado de armas de 2007 a 2014.
Como em anos anteriores, a vasta maioria dos armamentos foi fornecida por países grandes e de economia estabelecida a países em desenvolvimento, que compraram US$ 61,8 bilhões em armamentos no ano passado.
Vários aliados americanos no Oriente Médio fizeram compras ou acordos importantes para se precaver em relação ao Irã. A Arábia Saudita, que foi o maior comprador de armas estrangeiras nos anos recentes, adquiriu US$ 4,1 bilhões em mísseis antiblindagem e outras armas. O Qatar comprou US$ 2,7 bilhões em defesas com mísseis e outros armamentos.
O relatório é considerado o documento público mais detalhado sobre vendas internacionais e é ajustado de acordo com a inflação.
Folha/montedo.com
26 de dezembro de 2015
Olha a patrulha aí, gente!!! Matéria da Folha questiona 'livros com críticas a visões de esquerda' da Biblioteca do Exército
Editora Biblioteca do Exército lança livros com críticas a visões de esquerda
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
"O livro descreve as tentativas de tomada do poder pelos comunistas. Lamentavelmente, a história vem sendo construída de forma unilateral pelos derrotados, com suas versões distorcidas." Obras com descrições de forte apelo ideológico, como "A Grande Mentira", do general Agnaldo del Nero Augusto, e títulos em defesa da ditadura militar (1964-85), são comercializados na rede e em feiras literárias pela editora Biblioteca do Exército, mantida por uma das Forças Armadas.
Além de biografias, livros sobre estratégia militar e relatos históricos, muitos deles sobre guerras importantes, há uma série de títulos com críticas à esquerda, como "A Revolução Gramscista no Ocidente" ou "O Comunismo".
Entre as obras, destaca-se "A Arte de Governar", de autoria de Margaret Thatcher (1925-2013), em que a ex-primeira-ministra britânica, símbolo do conservadorismo, analisa fatos da política mundial desde a Guerra Fria.
Vários títulos tratam de temas internacionais contemporâneos, como as guerras do Iraque e do Afeganistão, terrorismo islâmico e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Tenente da reserva que atua no setor de vendas –na editora, todos são militares da ativa ou reformados–, Ricardo Rocha, 55, conta que representantes participam de feiras fora do país, como a de Frankfurt –evento mais importante do mundo no gênero–, a fim de prospectar títulos.
ORÇAMENTO
Segundo o Portal da Transparência do governo federal, a editora gastou R$ 821 mil com serviços gráficos para imprimir os exemplares desde 2013 e outros R$ 1,85 milhão na logística de venda.
O dinheiro arrecadado com a comercialização dos livros ajuda a custear a operação. Segundo os responsáveis, todo o trabalho de edição e diagramação é feito por membros das Forças Armadas.
Os lançamentos –cerca de dez por ano– são definidos por um conselho editorial, que inclui oficiais da reserva e professores universitários. Cada livro lançado sai com 2.500 exemplares, tiragem similar à de grandes editoras.
SELEÇÃO
Apesar de se centrar em assuntos militares, a Biblioteca do Exército busca atrair o público geral. Uma das opções de vendas é um sistema de assinaturas parecido com o extinto Círculo do Livro, em que o participante paga uma anuidade e recebe periodicamente um título recém-lançado. Também há um plano para integrar a biblioteca virtual Nuvem de Livros.
A Bibliex, como é conhecida, foi criada no século 19, mas passou a lançar livros a partir de 1937, quando o general Eurico Gaspar Dutra era ministro do governo de Getúlio Vargas. Há quase dois meses, a editora participou da Feira do Livro de Porto Alegre. Uma banca foi montada pela instituição no evento ao lado de editoras e livrarias convencionais, e sargentos administravam as vendas.
"Não Somos Racistas", livro crítico ao sistema de cotas raciais, de autoria do diretor-geral de Jornalismo e Esporte da Globo, Ali Kamel, foi reeditado pelo selo militar e era um dos itens disponíveis.
Já o livro de Thatcher estava em promoção na capital gaúcha –de R$ 80 na venda pelo site, era oferecido a R$ 56.
VISÃO DA CASERNA
Em destaque na prateleira, havia um exemplar da coleção "História Oral do Exército", sobre os acontecimentos de 1964, ano em que ocorreu o golpe militar. Além da feira em Porto Alegre, a Biblioteca do Exército já havia participado da Bienal do Livro do Rio.
O coronel da reserva Márcio Oliveira Ferreira, 54, responsável pelo marketing e vendas da casa editorial, afirma que as publicações "refletem o pensamento predominante na caserna". "Se não escrevermos a história, quem irá? No meio acadêmico, há uma predominância da esquerda", afirma.
Ele diz que, assim como universidades ou o Senado Federal mantêm editoras próprias, o Exército precisa de uma que corresponda às suas necessidades. Ferreira acredita que editoras convencionais dificilmente publicariam alguns títulos que são de interesse dos militares.
O tenente Rocha argumenta que raramente se "vê militares se manifestando" sobre algum assunto e, por isso, a editora ajuda a suprir o vazio. Com os livros, diz ele, é possível "mostrar à população" linhas de pensamento que estão presentes entre os militares.
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Carlos Fico, que coordena um grupo que pesquisa o regime militar no Brasil, diz que a editora segue a "interpretação benevolente" da ditadura que persiste nas Forças Armadas.
"A publicação de obras críticas ao comunismo, como se fosse reviver a Guerra Fria, é uma coisa anacrônica. A qualidade das obras é discutível em si. Mesmo considerando o perfil conservador, há intelectuais e pensadores muito mais qualificados." O diretor-presidente da Associação Nacional de Livrarias, Afonso Martin, diz que o perfil de publicações da editora militar é "extremamente segmentado"."São livros específicos, muito de nicho. Mesmo em livrarias com maior acervo, com seção de guerra, não é comum ver [livros da editora]. É uma atividade muito própria deles, não é de grande varejo", diz Martin.
O Comando do Exército afirma que publicou cerca de mil títulos desde os anos 1930 e que "algumas publicações não são parâmetros para caracterizar uma tendência ideológica" por parte da editora.
Também afirmou que o conselho decide quais obras serão publicadas com base na "pertinência quanto ao interesse técnico-profissional" e é formado por integrantes com reconhecido mérito literário.
ALGUMAS DAS PUBLICAÇÕES DA EDITORA
"Camaradas nos Arquivos de Moscou: A História Secreta da Revolução Brasileira de 1935", de William Waack
(1998, 381 págs., R$ 20)
Uma pesquisa sobre o frustrado levante comunista
"A Rebelião das Massas", de José Ortega y Gasset
(2006, 266 págs., R$ 54)
Texto do filósofo espanhol (1883-1955), referência do pensamento conservador
"Poderosos e Humildes", de Vernon A. Walters
(2000, 380 págs., R$ 56)
Textos do militar e diplomata americano, vice-diretor da CIA de 1972 a 1976
"Vozes da Guerra", de Sírio Sebastião Frohlich
(2015, 376 págs., R$ 56)
Obra revisita a experiência de soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial
FOLHA DE SÃO PAULO/montedo.com
25 de dezembro de 2015
Juiz Sérgio Moro é condecorado em solenidade militar
O Natal do milico
Eduardo Anesi
Uns dizem, "MAS BAH TCHÊ, VAI PASSAR O NATAL AI NESSE FIM DE MUNDO". Pois eu digo que é bom olhar pro lado e ver que não estamos sozinhos. Todos nós batalhamos para estar aqui e depois de tanto tempo, aqui estamos. Parabéns GUERREIROS DA PAZ, parabéns ao melhor PELCOM que poderia ter.
Que esse natal seja o mais especial de todos. Que seja o natal das suas famílias, que seja o natal da nossa nova família. Obrigado por fazerem parte disso!
Feliz Natal BRABAT23!
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14º R C Mec (São Miguel d'Oeste - SC - Foto: Amigos do 14) |
14º R C Mec (São Miguel d'Oeste - SC - Foto: Amigos do 14) |
14º R C Mec (São Miguel d'Oeste - SC - Foto: Amigos do 14) |
24 de dezembro de 2015
Feliz Natal!
Publicação original: 25 de dezembro de 2012
HISTORINHA DE NATAL
Ricardo Montedo
Pois contam os mais velhos, os muito, muito mais velhos, que certa vez, em um tempo tão distante que nem se sabe quando, surgiu, no céu de uma noite de dezembro, uma estrela.
Porém, não uma estrelinha qualquer, dessas que encontramos em qualquer esquina da Via-Láctea.
Aquela era uma estrela especial, de um brilho especial, tão diferente que, enquanto todo o firmamento se movimentava - eis que naquele tempo a terra era o centro do universo - pois não é que essa estrela permanecia paradinha, paradinha, no mesmíssimo lugar, como se fora um farol a apontar uma direção?
E, contam os muito, muito mais velhos, que no rumo daquele clarão magnífico convergiram muitos homens daquele tempo, pastores, lavradores, gente muito simples, no rastro dos quais vieram também seus cavalos, vacas, cabras e ovelhas.
Assim, formou-se uma romaria em direção àquela luz, que parecia chamar a toda a humanidade. Até mesmo reis, de longínquos reinos, para lá se dirigiram, atraídos por uma força irresistível.
E foram chegando, todos, ao local que a estrela apontava. E todos se espantavam ao ver que esse lugar era uma simples, humilde e singela estrebaria esquecida, nas cercanias de uma pequena vila chamada Belém.
Mais espantados ainda ficavam ao ver, lá dentro, sob a vigília de um casal emocionado, um recém-nascido, um menino, que parecia irradiar uma luz ainda mais forte que a da estrela que os trouxera até ali!
E o mais extraordinário era que aquele brilho não lhes ofuscava os olhos, mas sim, aquecia os seus corações! E os homens daquele tempo, segundo contam os muito, muito mais velhos, entenderam que aquela criança viera para mudar a história da raça humana.
E ao regressarem aos seus lares, levaram consigo a boa nova:
- Jesus nasceu!
- Jesus nasceu!
E trataram de espalhar por toda a terra a mensagem que aquele menino lhes trouxera: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade!”
Dizem os muito, muito mais velhos, que essa é a história do primeiro Natal, que já se perdeu na noite dos tempos.
Que possamos revivê-la dentro de nós, todos os dias. Que seja sempre Natal em nossos corações.
Muita paz a todos!
FELIZ NATAL!
Homem fardado passa atirando em frente ao CMO e atinge dois soldados
Viviane Oliveira
Motociclista com farda do Exército passou atirando em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) e atingiu dois militares. O crime foi na manhã de hoje (24), na Avenida Duque de Caxias, no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. Jean César Alfredo da Silva, 26 anos, foi baleado no pé esquerdo e Jordy de Arruda, 21 anos, na perna, também do lado esquerdo.
Conforme boletim de ocorrência, Jordy contou que havia deixado o plantão e se preparava para ir embora, quando passou um homem em uma moto Titan, de cor roxa, e disparou vários tiros em sua direção. O militar Jean também foi atingido.
Depois da tentativa de homicídio, o homem fugiu pela Rua dos Andradas. À polícia, Jordy relatou que o suspeito pode ser o ex-marido de sua namorada, pois ele já havia o ameaçado antes. Segundo testemunhas, o homem estava com um revólver e atirou pelo menos 6 vezes contra o militar.
Os dois feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o Hospital Geral. O caso foi registrado como homicídio simples na forma tentada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O Campo Grande News tentou falar na assessoria de comunicação do CMO, mas nenhuma das ligações foram atendidas.
Exército diz que ataque não foi contra o CMO, mas vai investigar o caso
Luana Rodrigues e Viviane Oliveira
Militares chegavam para trabalhar no CMO, quando foram surpreendidos por homem fardado que atirou contra eles. (Foto: Fernando Antunes)
O CMO (Comando Militar do Oeste) divulgou uma nota esclarecendo o tiroteio ocorrido na manhã desta quinta-feira(24), em frente a unidade, em que dois militares ficaram feridos. No documento, o exército ressalta que o ataque ocorreu fora das dependências militares e não foi contra a instituição.
Conforme o documento oficial, Jean César Alfredo da Silva, 26 anos, e Jordy de Arruda, 21 anos, militares lotados na 9ª Companhia de Guardas, chegavam de moto para o expediente e sinalizaram para entrar no estacionamento que fica ao lado da entrada do Comando, quando foram surpreendidos por um homem uma moto Titan 125.
O desconhecido estava trajando roupas que aparentavam ser um uniforme do Exército Brasileiro e provavelmente estava seguindo os militares. Ele efetuou cerca de 5 disparos contra o dois e em seguida fugiu. Jean César foi baleado no pé esquerdo e Jordy acabou atingido na perna, também do lado esquerdo. "O fato não caracterizou ataque contra a instalação militar", esclarece a nota.
Ainda segundo o CMO, foram instalados procedimentos investigatórios para esclarecer as circunstâncias do evento. Os dois feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o Hospital Militar de Área de Campo Grande, mas já receberam alta.
O Campo Grande News conversou com uma das vítimas. Jordy disse que não poderia falar sobre assunto, e só confirmou que ele e o colega não estavam fardados e que chegaram ao local cada um em uma moto.
Crime passional
Conforme boletim de ocorrência, Jordy contou que o suspeito pode ser o ex-marido de sua atual namorada, pois ele já havia o ameaçado antes. Segundo testemunhas, o homem estava com um revólver. O caso foi registrado como tentativa de homicídio simples, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e será investigado.
CAMPO GRANDE NEWS/montedo.com
De olho no Planalto: Bolsonaro deve mudar de partido em março
O Deputado Jair Bolsonaro, atualmente no Partido Progressista, deve filiar-se ao Partido Social Cristão (SPC), na 'janela' permitida pela lei eleitora, em março de 2016.
O objetivo é claro: concorrer a Presidência da República em 2018.
As informações são do Blog Coluna Esplanada, de Leandro Mazzini.
Ufa! Projetos estratégicos serão mantidos, diz ministro da Defesa
Dando jeito com o orçamento |
Projetos estratégicos serão mantidos, diz Aldo
Severino Motta
Após a divulgação de documento interno do Exército, que destaca a “simultânea fragilidade fiscal e política” do governo Dilma e prevê que o esperado aumento da inflação resultará na “redução do poder de compra da família militar”, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse o seguinte:
“Os projetos estratégicos do serão assegurados, todos terão continuidade.
Radar On-line (Veja)/montedo.com
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Exército vê situação alarmante com crise econômica
23 de dezembro de 2015
PM mata sargento do Exército em festa de final de ano na Baixada Fluminense
SOLDADO SE ENTREGA APÓS MATAR SARGENTO DO EXÉRCITO EM NOVA IGUAÇU
Nova Iguaçu (RJ) - O soldado da Polícia Militar, Edmilson Gomes da Silva, do 4º BPM (São Cristóvão) e lotado na UPP da Mangueira se entregou ontem na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em Belford Roxo. Ele é acusado de matar o sargento do Exército, César Ferreira Dias Neto, assassinado no último dia 17 em seu próprio sítio, no bairro Marambaia, em Nova Iguaçu. De acordo com a polícia o crime ocorreu após uma discussão entre os dois homens por causa de uma mulher.
Segundo informações do Sargento Vieira, que estava no local do homicídio e socorreu a vítima, a motivação do desentendimento foi uma mulher, om a qual o acusado se envolveu, mas não quis ficar com ele durante uma festa realizada no sítio em Marambaia. Conforme a polícia, a vítima teria discutido com Edmilson e o expulsado de sua propriedade, chamando-o repetidamente de “merda”.
Ainda segundo a polícia, após a discussão, César teria ido ao automóvel de Edmilson e batido com uma arma no carro. Com raiva, Edmilson retornou ao sítio, ainda durante a festa, e disparou diversas vezes contra a vítima.
Testemunhas declararam que Edmilson roubou duas armas de César e quase matou outro homem, que tentava impedir a briga. César foi socorrido e levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu,no bairro da Posse, mas não resistiu aos ferimentos.
JBFNews/montedo.com
Subtenente do Exército é morto a tiros na frente do filho na Bahia
Subtenente do Exército é morto a tiros na frente do filho no Cabula
O filho da vítima estava trabalhando quando ouviu os disparos e correu para socorrer o pai, baleado pelos ocupantes de um Gol
Louise Lobato* (louise.lobato@redebahia.com.br)
Luis César Ramires da Silva, 59 anos, subtenente da reserva do Exército foi assassinado no bairro do Cabula, em Salvador, na noite da segunda-feira (21). O crime aconteceu por volta das 20h30 na rua Silveira Martins, nas proximidades do Conjunto Habitacional da Polícia Militar 1.
De acordo com informações da polícia, a vítima foi baleada nas costas, peito, abdômen e coxa por três ocupantes de um Gol prata. O subtenente era dono de um comércio situado na frente do condomínio CHOPM 1. O filho dele, Rodrigo Marques da Silva, 32 anos, é dono de uma barraca de bebidas que fica ao lado da do pai.
Ele estava trabalhando quando ouviu os disparos e correu para socorrer Luis César. Testemunhas relataram para a polícia que os atiradores fugiram em alta velocidade na direção do shopping Bela Vista e das Lojas Americanas. Já o filho do subtenente disse ter visto um homem fugindo do local a pé.
Rodrigo socorreu o pai para o Hospital Roberto Santos, onde Luis César deu entrada às 20h35. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na instituição. O corpo do subtenente foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde deverá passar por perícia antes de ser liberado para o sepultamento.
A motivação e autoria do crime ainda não foram divulgadas pela polícia. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
* Com informações da repórter Lara Bastos
Correio 24Horas/R7/montedo.com
22 de dezembro de 2015
Major é expulso do Exército por envolvimento com aluna de 14 anos
Nota do editor
Gente, por razões óbvias, o processo tramitou em segredo de justiça.
O nome do major não será divulgado, pois assim determina a lei.
Oficial conheceu a menina no Colégio Militar de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira
Gente, por razões óbvias, o processo tramitou em segredo de justiça.
O nome do major não será divulgado, pois assim determina a lei.
Oficial conheceu a menina no Colégio Militar de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira
Um major do Exército foi expulso da corporação por ter se envolvido com uma aluna de 14 anos do Colégio Militar de Juiz de Fora, na Zona da Mata. A decisão foi tomada por unanimidade pelo STM (Superior Tribunal Militar). O oficial, que perdeu o posto e a patente, ainda vai responder a uma ação penal na Justiça comum.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Militar, o major se aproveitou da função que exercia para se aproximar da estudante. Em 2010, o militar enviou cerca de 300 mensagens para o celular da aluna. Todas tinham cunho amoroso, conforme laudo da Polícia Civil.
No mesmo período, ficou constatado que o major, no exercício da função de comandante da 3º Companhia de Alunos, permitia que a menina, parte de outra companhia do colégio, frequentasse a unidade escolar sob seu comando. A aluna teria, inclusive, acesso às chaves para abrir gavetas da mesa funcional de seu gabinete, fornecidas a ela sem conhecimento e autorização da Administração.
Em outra ocasião, como coordenador da viagem do Grêmio de Logística do Ensino Médio do Colégio Militar de Juiz de Fora, convidou a aluna para visitação ao Batalhão DOMPSA (Batalhão do Exército especializado na dobragem de paraquedas), no Rio de Janeiro (RJ).
O fato foi encarado pelo Ministério Público Militar como um pretexto para que ele se aproximasse dela, já que não havia previsão, no planejamento do Colégio, de participação de alunos do Ensino Fundamental na atividade. A presença da aluna, do 9º ano, foi a única exceção na viagem.
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MP denuncia Major do Exército por exploração sexual de aluna do Colégio Militar de Juiz de Fora
Diante dos fatos apresentados, das provas e dos depoimentos colhidos, o Conselho de Justificação concluiu que o major utilizou de sua função e atribuições para dar privilégios à aluna, ganhando assim a sua confiança e buscando uma aproximação que extrapolava a relação aluno-educador.
Para o promotor da Procuradoria da Justiça Militar de Juiz de Fora, os relatos e as provas que estão nos autos "deixam inconteste a prática indecorosa e censurável do oficial". A defesa do major levantou nove preliminares, que foram todas, por unanimidade, rejeitadas pelo Plenário do STM. Dentre elas, a de sobrestamento do Conselho de Justificação em virtude da existência de ação penal em curso na Justiça comum.
R7/montedo.com
21 de dezembro de 2015
Comercial de chocolate... e daí???
Buenísimo este comercial y perfecto para la navidad. En la navidad de 1914, durante la primera guerra mundial, soldados de Alemania y Gran Bretaña, cansados de pelear, salieron de sus trincheras para celebrar la navidad juntos, cantar, y hasta jugar partidos de fútbol en el campo de guerra. Desafortunadamente la guerra continuo por 3 años mas, pero este video demuestra que la navidad es capaz de unirnos aun en medio de una guerra...Posted by Mix 98.3 on Terça, 9 de dezembro de 2014
Exército vê situação alarmante com crise econômica
Vera Magalhães
Exército: orçamento em cheque |
Relatório produzido pelo Exército faz previsões tétricas sobre os reflexos da crise econômica sobre a força. “A tendência é de agravamento”, diz o texto, segundo o qual os cortes de verbas podem “comprometer o nível mínimo de operação”.
O documento interno destaca a “simultânea fragilidade fiscal e política” do governo Dilma e prevê que o esperado aumento da inflação resultará na “redução do poder de compra da família militar”.
RADAR ON-LINE (Veja)/montedo.com
A morte da memória nacional
Carlos Chagas
Não raro registramos a morte da memória nacional. Um desastre quando, por motivos variados, o povo, as elites, os governantes, as escolas, os meios de comunicação e outros componentes da sociedade simplesmente esquecem ou ignoram nosso próprio passado. A dez dias do final de dezembro não há mais esperança de que 1945 venha a ser lembrado e comemorado como o ano da vitória, quando 25 mil brasileiros retornaram dos campos de batalha da Europa. Mais de 600 não voltaram, sendo seus despojos, tempos depois, sido transladados ao Brasil para as necessárias homenagens.
A cada ano diminui o número de soldados que em todo Sete de Setembro abrem os desfiles pelas ruas de nossas principais cidades. De milhares passaram a centenas, com garbo redobrado pelo peso dos anos e de suas medalhas. Em breve serão nenhum, ainda que todos os que partiram mereçam o eterno reconhecimento de quantos seguiremos mais tarde.
Lamenta-se, porém, que nossos soldados tenham sido esquecidos mal pisando outra vez o território nacional. Fizeram-lhes mil promessas, quase todas descumpridas. Enquanto ainda se vê cada vez menos heróis desfilando, os poucos remanescentes instalados em viaturas militares, uma dor profunda corta o peito de quantos os reverenciam. A Pátria não os reconhece nem homenageia, fora bissextas exceções.
Tome-se aquele que pode ser considerado o patrono esquecido de todos os combatentes, o sargento Max Wolf Filho. Gaúcho engajado no regimento de São João Del Rey, chefiou 32 patrulhas, a mais perigosa das ações militares, quando um punhado de soldados desgarra-se do seu corpo de tropa e avança pelo território inimigo, pretendendo informar-se de suas posições, intenções e efetivo. Nem a metade de cada patrulha retornou, não se contando o grande número de feridos e inutilizados para sempre.
Bastaria uma flor que fosse, depositada sobre a lápide do sargento Wolf, morto na derradeira operação antes da rendição dos adversários, mas nem isso aconteceu, setenta anos depois.
A multidão lotava a Avenida Rio Branco, naquele outubro de 1945, quando desembarcou o primeiro escalão da Força Expedicionária Brasileira. Lembro-me, aos sete anos de idade, posto nos ombros de meu pai, de dois episódios alojados no fundo da memória. A tropa desfilava a centímetros da calçada, quando primeiro um popular, depois centenas, gritaram “Perácio!”, dirigindo-se a um soldado específico que descobriram enquanto marchava. Era o grande craque do Flamengo, que dois anos antes trocara a bola pelo fuzil. Não abanou as mãos nem saiu da formação, mas seu semblante mostrava ter valido à pena o sacrifício. Do outro lado da avenida, de repente, uma moça rompeu o cordão de isolamento que já não isolava mais ninguém, deu alguns passos até o meio uma das sólidas fileiras de soldados e agarrou-se a um pracinha. Sem parar de marchar, ele a abraçou com firmeza. Era sua noiva.
Milhares terão sido essas demonstrações de carinho por todas as ruas por onde a tropa desfilava. O frio, a neve, o sangue e as granadas tinham ficado para trás. Só que com o passar dos anos, para trás também ficou a memória nacional.
DIÁRIO do PODER/montedo.com
Nota do editor
Max Wolff Filho, o maior herói da FEB, era paranaense, nascido em Rio Negro.
Calha Norte: um marco de soberania
UM MARCO DE SOBERANIA
Aldo Rebelo*
Com o espírito dos bandeirantes, que jamais aceitaram a submissão de Portugal à Espanha durante a União Ibérica de 1580 a 1640, o capitão Pedro Teixeira desfraldou a bandeira lusitana na imensidão do Rio Amazonas. Em 1637, navegou de Belém a Quito, no Equador, e fincou o marco possessório português no domínio espanhol. A audácia geopolítica incorporou a Amazônia ao reino de Lisboa e, depois da Independência de 1822, a região permaneceu como uma dádiva geográfica do Brasil.
Desde então, com mais ou menos ênfase, sucessivos governos têm procurado preservar a posse de uma área equivalente à metade da Europa, porém muito mais rica em cobiçados recursos naturais. De numerosos programas de ocupação e proteção, o mais profícuo da atualidade é o Calha Norte, que em 19 de dezembro completa 30 anos.
A finalidade principal do Calha Norte é a vigilância das fronteiras, mas, para além da presença militar em áreas isoladas, sobressai como indutor do desenvolvimento ordenado e sustentável mediante a construção de rodovias, portos, pontes, escolas, creches, hospitais, redes de água e energia elétrica, além de modernos sistemas de telecomunicações. A infraestrutura satisfatória induz à ocupação do vazio demográfico e à fixação do homem na fronteira.
Coordenado pelo Ministério da Defesa, o Calha Norte expande-se por meio de convênios com os estados e prefeituras de 194 municípios, a maioria situada ao longo dos 10.938 quilômetros da linha fronteiriça regional. A área original de atuação na faixa setentrional do Rio Amazonas agora transborda para localidades carentes ao sul do Mar Doce.
Conjugado a outros programas e operações regulares das Forças Armadas, o Calha Norte expande o processo civilizatório brasileiro, difunde cidadania efetiva e consciência nacional entre a população. Como sentinela da Nação, expressa a presença realizadora do Estado na defesa da soberania demarcada há quase quatro séculos pela intrepidez de Pedro Teixeira.
Jornalista, é o atual ministro da Defesa*
20 de dezembro de 2015
Três imagens históricas
Adolph Hitler (ao fundo) no casamento de Goebbels |
O recruta Elvis Aaron Presley |
Elizabeth II, então Princesa de Gales, prestando serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial |
19 de dezembro de 2015
Fortes militares viram pontos turísticos no Brasil
Edificações à beira-mar, criadas para proteger o país de invasões, guardam histórias incríveis
Dez fortes militares históricos, alguns deles com mais de 400 anos, se tranformaram em pontos turísticos de grande interesse no Brasil. Representantes de diferentes passagens da história do país, as obras foram erguidas em locais estratégicos à beira mar, para proteger o território brasileiro de possíveis invasões estrangeiras. Atualmente, algumas delas cumprem a função de orientar embarcações e todas estão abertas ao público.
A visita a tais obras permite a contemplação e o estudo da arquitetura trazida ao país pelos colonizadores europeus, além de revelar outras curiosidades, como os hábitos dos soldados e momentos marcantes do nosso passado. O Forte de Copacabana, por exemplo, serviu de prisão para o presidente deposto, Washington Luís. A lista de fortalezas, a seguir, foi elaborada pelo site AlugueTemporada.
Forte dos Reis Magos (RN)
O Forte dos Reis Magos foi o marco inicial da cidade de Natal — fundada em 25 de Dezembro de 1599. O nome remete à data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis. Sua arquitetura é singular e linda, tendo o forte um formato de estrela. A edificação ainda preserva os canhões expostos na parte superior, capela com poço de água doce e alojamentos.
Forte de Copacabana (RJ)
O Forte de Copacabana foi idealizado no fim do século 19 para compor o sistema defensivo da cidade do Rio de Janeiro e do seu porto. Momentos históricos envolveram o forte, como o Movimento Tenentista de 1922 e a Revolução de 1930, quando a fortaleza serviu de prisão para o presidente deposto, Washington Luís. Atualmente, o local, que tem uma vista incrível para a orla de Copacabana, é um dos pontos turísticos do Rio. Além disso, o espaço abriga um pequeno museu militar e a Confeitaria Colombo, que faz parte do patrimônio cultural da cidade.
Fortaleza de Santa Cruz da Barra (RJ)
Localizado em Niterói, o Forte de Santa Cruz da Barra foi durante os períodos de colônia e império brasileiro a principal estrutura defensiva da Baía de Guanabara e do Porto do Rio de Janeiro, já que à época o forte de Copacabana não existia. Com uma arquitetura imponente e preservada até hoje, a fortaleza atrai uma média de dois mil visitantes por mês e é o segundo ponto turístico mais visitado do município. O último disparo do forte foi dado em 1955.
Forte São Matheus (RJ)
O lindo forte de São Matheus, localizado na Praia do Forte, em Cabo Frio, é o mais antigo monumento da Região dos Lagos. A edificação foi construída a mando da coroa portuguesa no século de XVII a fim de defender as terras de possíveis invasões de ingleses, franceses e holandeses. Preservado, o forte é de fácil acesso e proporciona uma vista linda do oceano e da orla cabo-friense.
Forte das Cinco Pontas (PE)
Localizado em Recife, o Forte das Cinco Pontas foi edificado pelos holandeses no ano de 1630 durante a ocupação de Pernambuco. Durante uma restauração do forte no século XVII, o forte perdeu sua estrutura original e ficou apenas com quatro pontas, como permanece preservado atualmente. Foi neste forte que os holandeses se renderam à revolta luso-brasileira em 1654. Atualmente, a fortaleza abriga o Museu da Cidade do Recife.
Forte Orange (PE)
O Forte Orange localiza-se a 50 km de Recife, na ilha de Itamaracá, e é mais um exemplo de construção holandesa na região. Após a saída dos holandeses, os portugueses reformularam a estrutura do local que se tornou patrimônio histórico nacional no século passado. Atualmente, a fortaleza encontra-se fechada para melhorias e a previsão é de reinauguração em dezembro deste ano. Quando o trabalho terminar, os visitantes poderão contemplar vestígios da construção holandesa que estavam escondidos sob a atual fortificação portuguesa.
Forte de Santo Antônio da Barra (BA)
Construído em 1696 para proteger a Baía de Todos os Santos, o Forte de Santo Antônio, em Salvador, ganhou, logo após sua inauguração, um farol para orientar as embarcações que ali entravam, missão que é cumprida até hoje. O espaço abriga o Museu Náutico da Bahia, que oferece visitas monitoradas. Atualmente, é comum os baianos e turistas se reunirem no farol para observar o pôr do sol.
Forte São Marcelo (BA)
O Forte São Marcelo, também chamado de Forte do Mar, em Salvador, é o único forte do Brasil em formato circular. Foi construído em 1623 e sua forma cilíndrica foi inspirada no Forte de São Lourenço do Bugio, localizado na foz do rio Tejo, próximo à Vila de Oeiras, em Portugal, que possui um formato similar. Atualmente, porém, este fortificação só pode ser vista por fora, pois está fechada para obras de melhorias até o fim de 2015.
Forte de São João da Bertioga (SP)
O primeiro forte a ser construído no Brasil foi o de São João de Bertioga, localizado na ponta sul de Bertioga, ao lado do canal e próximo à balsa. Erguido em 1532, é considerado patrimônio histórico e cultural do Brasil desde 1940. Tem diversos artefatos históricos em seu interior, como a réplica de uma armadura medieval.
Forte de São José da Ponta Grossa (SC)
Construído em 1740, o Forte de São José da Ponta Grossa está próximo a um dos destinos mais procurados por turistas atualmente: a praia de Jurerê, em Florianópolis. Do forte é possível observar parcialmente a praia de Jurerê e a ponta da praia da Daniela, além do lado continental da Grande Florianópolis. Ou seja, além de abrigar uma parte da história de Florianópolis, a edificação proporciona vistas privilegiadas da cidade.
CASAVOGUE/montedo.com
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