Enterro da militar Monique Nascimento no Cemitério de Raiz da Serra, em Magé. Cerimônia teve honras militares

Cíntia Cruz e Fabiano Rocha
A família da cabo da Marinha Monique Santanna dos Santos Nascimento, de 23 anos, morta numa tentativa de assalto, na noite desta quinta-feira, em Cascadura, Zona Norte do Rio, vai processar o Estado. O pai da vítima, Osanildo Magal, disse que tomou a decisão porque atribui às autoridades a falta de segurança na cidade:
— Temos o direito de ir e vir, mas não temos condições de exercer porque a criminalidade está acima de tudo. Eles têm o direito de andar armado e tirar uma vida por dinheiro. Então o Estado é responsável.

— Ela era uma guerreira, que sempre teve foco na vida. Mesmo sendo a caçula, sempre me dava conselhos — disse a irmã mais velha de Monique, Natália Santanna dos Santos Nascimento, de 30 anos.
Monique estava em casa, na noite da última quinta-feira, quando dois bandidos armados abordaram um grupo de amigas dela que colocavam as malas no carro —- elas viajariam para Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde passariam o carnaval. Atraída pelo barulho, a garota saiu de casa e foi até o portão. Ao abri-lo, fez um barulho que chamou a atenção dos criminosos. Foi quando um deles atirou e a acertou no peito.

As investigações do caso ficarão a cargo da Divisão de Homicídios (DH). A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que, de acordo com o delegado Fábio Cardoso, titular da unidade, “um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Monique Santanna dos Santos Nascimento. Foi realizada pericia no local e testemunhas estão sendo ouvidas. Diligências estão sendo realizadas em busca de informações que ajudem nas investigações".
EXTRA/montedo.com