25 de julho de 2017

Comando Militar do Leste ainda não recebeu orientação sobre Plano Nacional de Segurança

Semana passada, Planalto havia anunciado possibilidade de liberar militares para o Rio
Militares nas ruas do Rio de Janeiro, durante as eleições de 2016 - Leo Martins / Agência O Globo
RIO — Após o Governo Federal anunciar, na sexta-feira passada, a possibilidade de liberar militares das Forças Armadas para operações pontuais no Rio, o Comando Militar do Leste (CML) informou, nesta segunda, que ainda não recebeu nenhuma orientação de como será essa mobilização. A ação, prometida pelo ministro da Defesa Raul Jungmann, faz parte do Plano Nacional de Segurança, cujo foco principal será o Rio.
"O Comando Militar do Leste informa que, até o momento, não recebeu as diretrizes do Comando do Exército Brasileiro versando sobre ações do Plano Nacional de Segurança", disse, por meio de nota.
O Ministério da Defesa afirmou, no entanto, que a estrutura do Estado-Maior Conjunto (EMCFA) — cuja meta é planejar o emprego integrado de efetivos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica — está sendo finalizada pela Força Nacional desde sexta-feira passada. Com o EMCFA pronto, o Governo garante que as diretrizes chegam ao Comando Militar do Leste ainda nesta terça.
As operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLOs) — realizadas por ordem expressa da Presidência da República e que concedem aos militares a autorização para atuar com poder de polícia — serão estabelecidas para cada ação apoiada por homens do Exército, da Marinha e Aeronáutica. Um núcleo de inteligência vai definir quando os militares serão empregados e quantos homens serão necessários. O planejamento prevê tropas eventualmente patrulhando estradas, aeroportos e instalações sensíveis para evitar fuga.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, declarou na sexta-feira que o governo federal deve priorizar ações surpresa para combater a criminalidade do Rio de Janeiro. Ele afirmou que as críticas à reunião desta quinta com o presidente Michel Temer para discutir a situação da região são “injustas” e que o governo deve colaborar com “tudo o que dispõe em termos policiais”.
Ainda de acordo com o ministro da Defesa, os militares permanecerão nas ruas da cidade até dezembro de 2018. O ministro não informou o efetivo das tropas que participarão das ações.
O GLOBO/montedo.com

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