Presidente autorizou operação até o fim de 2017, mas avalia ampliação em todo 2018
Presidente autorizou operação até o fim de 2017, mas avalia ampliação em todo 2018 | Foto: Tomaz Silva / ABr / CP |
Agência Brasil
O presidente Michel Temer disse neste domingo (30) que os primeiros dias das ações integradas da Operação Segurança e Paz na região metropolitana do Rio já registraram queda nos índices de criminalidade, em especial de roubos de cargas. Ele apontou ainda para a possibilidade de renovação do decreto que autorizou a operação de garantia da lei e da ordem no Rio. Eu fixei, em razão do ano fiscal, que esta operação se dará até 31 de dezembro de 2017, mas nada impedirá que, no começo do ano, nós renovemos esse decreto, para fazê-lo vigorar até o final de 2018”, contou.
Depois do pronunciamento, o presidente se dirigiu de carro para a Base Aérea do Galeão, na zona norte da cidade, de onde seguiu para um sobrevoo na região metropolitana do Rio, nos locais onde há a presença das forças de segurança. De acordo com o executivo estadual, o governador Luiz Fernando Pezão acompanhou o presidente. Após o sobrevoo, Temer voltou para Brasília.
Ao falar para a imprensa, o presidente reforçou que a Operação no Rio terá várias etapas e, após terminar a primeira, que é de reconhecimento e ambientação das Forças Armadas, seguirá com o foco no combate direto e objetivo às organizações criminosas e ao tráfico de armas. “Este é um primeiro momento, uma primeira fase, que será sequenciada por várias fases”, disse.
Temer disse que, na reunião, o general de Exército Walter Souza Braga Netto, comandante do CML, apresentou um balanço das ações integradas das forças de segurança federais e estaduais. “Recebi um relato muito circunstanciado, pormenorizado, do que está sendo feito, e a primeira conclusão que se teve é que já diminuiu, nestes dois, três dias, o índice de criminalidade, principalmente em roubos de cargas”, contou o presidente, sem revelar números.
Segundo presidente, a segurança é uma preocupação constante dos cariocas, mas também de todos os brasileiros e, particularmente, do governo federal. Acrescentou que, há seis meses, o Executivo federal vem fazendo, em Brasília, seguidas reuniões “sempre com muita discrição, tendo em vista a temática da segurança pública, especialmente, no estado e na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com Temer, esses encontros tiveram por base a integração dos setores de inteligência das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e dos órgãos de segurança do Rio de Janeiro. “Eu publiquei o decreto [de autorização para operação de garantia da lei e da ordem] às 13h, e as tropas chegaram aqui ao Rio de Janeiro às 14h. Em primeiro lugar, fazendo uma visibilidade, que percebo já foi aplaudida pelo povo carioca”, disse.
Temer destacou a importância do modelo que está sendo adotado agora, com a opção de deixar de ter ocupações durante um período, ao contrário de outras ocasiões, porque, depois da saída das forças federais, a insegurança retorna aos níveis anteriores. “Por alguns dias, por algum mês que seja, sem nenhuma coordenação, que pacifica e resolve durante um mês, dois meses, e depois desastra ainda mais, para usar um neologismo”, indicou.
Ao lado do presidente, na reunião no CML, estavam os ministros da Defesa, Raul Jungmann; da Fazenda, Henrique Meirelles; da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim; e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; além do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e do prefeito do Rio, Marcello Crivella, que, durante a reunião na sala de comando, colocou a Guarda Municipal à disposição da operação.
Correio do Povo/montedo.com