31 de maio de 2016

Brasília: Vila Militar é alvo de frequentes arrombamentos de residências. E o desabafo de uma moradora que teve a casa assaltada

Há tempos tenho recebido informações preocupantes sobre a falta de segurança em uma Vila Militar, especificamente a do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda, que fica no Setor Militar Complementar, em Brasília.
Os arrombamentos de residências na área são frequentes, e o alvo preferido são as casas de militares que estão ausentas da Capital Federal, em férias ou realizando cursos, acompanhados de suas famílias. Tal prática aponta para um sistema de informações criminoso que indica aos ladrões as residências cujos ocupantes estão ausentes.
Os prejudicados se veem diante de um jogo de empurra entre o 1º RCGd, que cuida da segurança(?) da Vila, a 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro, a quem cabe a investigação civil e o Comando Militar do Planalto, responsável pelas averiguações no âmbito militar. 
Recentemente, ladrões invadiram a casa de um sargento que fica ao lado da sede da Prefeitura Militar de Brasília no local. Televisores, home theater, aparelho de DVD, eletrodomésticos, jóias, perfumes, artigos de decoração, conjunto de facas, máquinas fotográficas e outros foram passados por cima do muro sem que ninguém percebesse.
A esposa do militar divulgou em desabafo no Facebook. Confira:

Grito de alerta de uma esposa de militar
O que seria mais seguro do que morar em um condomínio fechado? Morar em uma vila do exército! Alguém consegue pensar em um lugar mais seguro do que esse pra morar? Eu não conseguia. Porém, fui desapontada e o lugar mais seguro do mundo virou um pesadelo. 
Viajei e deixei minha casa e todos os pertences que comprei ao longo de anos, de sacrifício, de trabalho... Fui sem medo, sem pensar duas vezes, afinal, acreditava morar em uma fortaleza. E foi um choque chegar e ver minha casa arrombada e vazia, sem televisão, microondas, computador, e todos os demais objetos de valor que estavam dentro. É um sentimento incapacitante, uma revolta e vontade de encontrar o culpado! 
E alerto aos meus vizinhos que o culpado não está longe, é alguém de nosso convívio que tem acesso às casas. O que eu achava ser algo maravilhoso se tornou algo terrível, o lugar mais seguro do mundo pra mim é um pesadelo, porque não há culpados aqui, não há interesse em se encontrar o culpado, não há a quem recorrer, o sistema se protege.
E por pior que seja a perda material, perder minha paz de espírito, meu sossego e viver com medo é muito pior! Medo de sofrer essa violência novamente, de ter minha casa invadida, minha privacidade revirada e assaltada. Mas encontro-me de mãos atadas. Pois foi alguém de dentro da fortaleza e os de dentro são invisíveis, porque com 300 casas ao redor e uma guarita ao lado ninguém viu ou ouviu nada enquanto levavam televisões de 50 e 42 polegadas para fora da minha casa. Faço aqui um alerta e uma denúncia, alerto quanto a presença de alguém muito próximo que teve a capacidade de fazer isso, de invadir e depenar minha casa e denuncio a falta de capacidade do Exército em resolver problemas como esse dentro de suas próprias dependências. 
A violência psicológica que estou sofrendo por não ter segurança dentro da minha própria casa é devastadora. Rezo a Deus por justiça.

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