Há uma raça de homens que se embrenha nas matas, guiados mais pelo sentimento do dever do que mesmo pela orientação de suas bússolas. Buscam sinais de fronteiras, ameaças evidentes ou veladas, povoações e brasileiros isolados pelas distâncias territoriais. Nunca desistem da missão recebida, e os objetivos alcançados, não raras vezes, deixam marcas de sangue em seus trajetos. Esses soldados...
Há uma raça de homens que se dispõe a servir à Pátria, guiados mais pelo civismo do que mesmo pela ambição da glória. Buscam ser soldados, onde a coragem os amarra à boca do canhão, irmanados pelo juramento ao símbolo maior – a Bandeira – cuja honra, integridade e instituições, defenderão com o sacrifício da própria vida. Esses soldados...
Há uma raça de homens que usa farda, guiados mais pelo desejo de serem iguais do que mesmo pela vaidade de serem únicos. Buscam ombrear, formar, aperfeiçoar e conduzir outros homens que chegam pra dividir tarefas ou chegam apenas por algum tempo. Nessa entrega e nessa troca de experiências, todos ganham o tempo todo, crescendo juntos, engrenagens da mesma máquina de fazer bons cidadãos. Esses soldados...
Há uma raça de homens que frequentemente muda de lugar, guiados mais pela necessidade do serviço do que mesmo pela sua necessidade pessoal. Buscam galgar os degraus da carreira, promissora meta que não oferece riqueza nem poder, mas a certeza da escolha como destino. Esses soldados...
Há uma raça de homens, herdeiros de Guararapes, renascidos em Caxias, Osório, Sampaio, Mallet, Cabritta, Bittencourt, Zeca Netto, Bento Gonçalves...todos eles reconhecidamente heróis, brasileiros por nascimento ou escolha, grandes espíritos da guerra e do enfrentamento, corajosos ao extremo, levando o patriotismo acima de todas as paixões - homens fora do comum. Esses soldados...
Os velhos, querem voltar no tempo para marchar de novo.
Os novos, anseiam pelo dia da convocação.
Querem todos, viver as histórias que não cansam de ouvir.
Dia 25 de agosto, dia do Soldado.
Dia de todos nós.