27 de março de 2015

'Vivemos em uma democracia', afirma general.

'Vivemos em uma democracia', afirma general do Exército em visita a Prudente
Ao analisar o pedido pela volta do regime militar, feito em manifestações de rua pelo país, o comandante da 2ª Região Militar disse que 'o Exército Brasileiro é constitucionalista'
General João Camilo Pires de Campos (Foto: Valmir Custódio-iFronteira)
Valmir Custódio
Cumprindo uma agenda de visitas aos Tiros de Guerra (TG) do Exército Brasileiro, estiveram em Presidente Prudente, nesta quinta-feira (26), os generais João Camilo Pires de Campos – comandante militar do Sudeste (CMSE) -, o de Divisão, Cláudio Coscia Moura – comandante da 2ª Região Militar - e o de Brigada, Riyuzo Ikeda – chefe do Estado Maior do CMSE. Entre os assuntos, Campos falou de sua aproximação familiar com o município e sobre as instalações do TG do município. O pedido pela volta do regime militar, visto nas ruas durante as manifestações pelo Brasil, também foi abordado pelo iFronteira.
As patentes altas do comando do Exército chegaram ao Aeroporto Estadual de Presidente Prudente por volta das 10h. Já no saguão, os generais foram recebidos pelo prefeito Milton Carlos de Mello “Tupã” (PTB), por representantes do Executivo e do Legislativo municipais, das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da classe de empresários, além de representantes religiosos e de educação.
General visitou o TG em Prudente (Foto: Valmir Custódio-iFronteira)
Depois, os generais seguiram para o TG de Presidente Prudente, onde os subtenentes Alex Sandro da Costa Dias e Alexandre da Silva Vilmar apresentaram as dependências da unidade aos oficiais.
“O Tiro de Guerra de Presidente Prudente demonstra o carinho que a comunidade tem com ele. Um dos melhores que conheci, e a cidade está de parabéns por isso”, destacou o general Campos ao iFronteira. “O reservista de 2ª categoria não é de 2ª classe, apenas eles têm uma carga horária de instrução menor. Mas ao final do ano eles levam valores, trabalhos e experiência para o resto de suas vidas”, acrescentou Campos ao iFronteira.
“Nós temos 74 Tiros de Guerra e isso representa cerca de 5,4 mil soldados. O TG aproxima e interage sempre com a sociedade, mantemos os laços de confraternização, de orientação. Nós aproveitamos a educação que a pessoa recebe em casa, sua formação e damos a ela mais valores éticos para que se torne um bom cidadão”, completou o general Moura ao iFronteira.

Laços prudentinos
Na ocasião, o comandante João Camilo Pires de Campos também falou de sua aproximação familiar com a cidade de Presidente Prudente, e do orgulho de ter se tornado um oficial.
“Sou filho de João Pires de Campos e neto de Jonas Pires de Campos, que foram moradores, pioneiros desta cidade, moravam na Rua José Bonifácio. Volto a Prudente, portanto, muito feliz porque aqui morou também um tio, Ataliba, que chegou a ser presidente da Câmara, mas que, lamentavelmente, esses mais velhos já se foram. O que me deixa bastante emocionado em voltar aqui é que sequer imaginariam que esse filho de prudentino pudesse ser hoje um dos membros do alto comando do Exército brasileiro. Acredito que essa seja uma oportunidade ímpar de rever a terra deles com carinho, com muito apreço”, revelou o general Campos ao iFronteira.
Depois de tomarem café da manhã, os oficiais foram ao Cemitério Municipal São João Batista para acompanhar a visita do general Campos aos seus parentes sepultados no local. Depois, os representantes do Exército visitaram a Cidade da Criança.
A agenda dos oficiais nesta quinta-feira (25) ainda previa visitas aos Tiros de Guerra de Adamantina e Osvaldo Cruz.

Regime militar
Durante as recentes manifestações populares ocorridas no Brasil contra o governo da presidente Dilma Rousseff, muitos participantes exibiram faixas e cartazes pedindo a volta do regime militar no Brasil – que foi instalado no país entre 1964 e 1985. A reportagem do iFronteira perguntou ao general Cláudio Coscia Moura como o Exército se posiciona sobre o assunto.
“Nós não comentamos e não nos posicionamos sobre isso, que achamos ter um lado político. Mas posso dizer que vivemos em uma democracia, e o Exército Brasileiro é constitucionalista, ou seja, ele segue a Constituição Federal”, concluiu Moura ao iFronteira.
ifronteira/montedo.com

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