Cruz Alta (RS) - A Unimed Planalto Central suspendeu unilateralmente o convênio com o Fundo de Saúde do Exército. Desde a última sexta-feira (24), as consultas com especialistas e exames laboratoriais não estão mais sendo autorizados para os militares, seus dependentes e pensionistas. A dívida do EB com a Unimed ultrapassa R$ 600 mil. O número de usuários do FuSEx na cidade gaúcha é de aproximadamente 3.000 pessoas.
Hospital
O hospital Santa Lúcia, único que mantém convênio com o FuSEx, continua realizando internações. Entretanto, os honorários médicos devem ser pagos pelos usuários diretamente aos profissionais. A mesma regra vale para as cirurgias. O débito com o hospital, que é particular, supera R$ 1 milhão. O outro hospital da cidade, o São Vicente de Paulo, é filantrópico, mas não atende pelo plano de saúde dos militares.
Convênio
Há convênios cujos aditivos estão em vigor e expiram na próxima quarta-feira (29), o que garantiria o atendimento normal, segundo fonte do Posto Médico da Guarnição.
Solução?
Uma reunião entre o comando da guarnição e os dirigentes das instituições de saúde locais está agendado para esta segunda-feira, na busca de uma solução para o impasse.
Crise
Casos como o de Cruz Alta estão ocorrendo em diversas guarnições do Brasil, e a causa é uma só: os brutais cortes de gastos no orçamento das Forças Armadas. A insegurança aumenta entre os usuários do FuSEx, composta em boa parte por militares inativos e pensionistas em idade avançada, que receiam ter de enfrentar grandes distâncias para buscar atendimento, ou submeter-se ao atendimento do SUS.