Segundo a nota, o objetivo das transformações é de organizar as Forças Armadas em monitoramento-controle
Diante de informações que circularam desde terça-feira na fronteira com a Bolívia, de fechamento de uma unidade do Exército Brasileiro (EB) em Corumbá, o Comando Militar do Oeste (CMO) emitiu nota ontem explicando as transformações que estão sendo promovidas pelo Ministério da Defesa naquela região, com mudanças que atendem à atualização da Concepção Estratégica do Exército, subsidiadas por indicações provenientes do setor de Diagnóstico Estratégico e de Cenários Prospectivos do EB.
Segundo a nota, o objetivo das transformações é de organizar as Forças Armadas em monitoramento-controle, mobilidade e presença, que já tem sido realizado ao longo de toda a fronteira oeste, com a criação de pelotões especiais de fronteira em substituição aos antigos e "modestos" destacamentos de fronteira e ainda, com a instalação de uma extensa rede de equipamentos e de sensoriamento pelo Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), promover a modernização dos meios de deslocamento terrestre, fluvial e aéreo e um aprimorado adestramento das tropas na região.
Nesse contexto, segundo o CMO, são as seguintes as transformações da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, de Corumbá, de Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira em Comando do Grupamento de Fronteira e transferido para Campo Grande, o que permitirá uma melhor coordenação de comando e apoio logístico para todas as Organizações Militares sediadas na fronteira e na integração com órgãos e instituições de segurança pública, ambientais e de vigilância sanitária.
Leia tambémExército decide desativar unidade na fronteira e prefeito contesta ação
Na nota, o CMO considera importante ressaltar que a antiga e a nova estrutura executam tarefas de comando e controle, não interferindo na capacidade operacional, ao contrário, facilitando suas coordenações com sede na Capital, onde se encontram os níveis de coordenação dos órgãos citados. O 17º Batalhão de Fronteira, com sede em Corumbá, por sua vez, terá sua estrutura majorada para otimizar seu emprego operacional; a 2ª Companhia de Fronteira, em Porto Murtinho, terá seu efetivo reforçado com um Pelotão Especial de Fronteira, aumentando substancialmente seu poder de combate e a 3ª Companhia de Fronteira (Forte Coimbra) será transformada em Pelotão Especial de Fronteira, com a substituição dos efetivos administrativos por pessoal operacional, com uma estrutura mais ágil e eficiente, inteiramente voltada para as operações de fronteira.
Dessa forma, de acordo com o CMO, não haverá diminuição dos efetivos do segmento operacional, que serão aumentados, nem solução de continuidade no cumprimento das missões de vigilância estratégica, repressão aos ilícitos transfronteiriços e de garantia da lei e da ordem, atribuídas às Organizações Militares de Fronteira.
E, por fim, o CMO reitera que as alterações a serem implantadas buscam atender o que preconiza a Estratégia Nacional de Defesa no que diz respeito a manter Forças Armadas modernas, integradas, adestradas e balanceadas, com crescente profissionalização, operando de forma conjunta e adequadamente desdobradas no território nacional.
As transformações estão sendo realizadas sob o comando do general de Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, comandante Militar do Oeste, que assumiu o cargo no ano passado e vem administrando as unidades subordinadas com as metas de modernização do Exército Brasileiro nas áreas de atuação do Sisfron.
O PROGRESSO/montedo.com