9 de março de 2017

Manaus: 37 detentos ficam feridos em confronto com militares do Exército e Força Nacional durante revista em presídio

37 detentos ficam feridos ao enfrentar militares durante revista no Compaj

Ana Sena
Manaus (AM) - Trinta e sete detentos do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no km 8 da BR-174, ficaram feridos durante uma revista realizada nesta segunda-feira (6), por militares do Exército Brasileiro e policiais da força de segurança. Segundo o secretário de segurança pública do Amazonas, delegado federal Sérgio Fontes, os detentos reagiram e enfrentaram as ordens dos policiais e militares. Eles ainda tentaram desafiar os agentes de segurança.
“Esses detentos são os mesmos envolvidos no ato de selvageria que resultou na morte de 56 presos durante a rebelião. O Estado não pode ser desafiado por esses presos. Eles reagiram e foram neutralizados em uma ação legítima e dento da Lei. Ninguém morreu”, afirmou.
Ainda segundo o secretário, durante a revista foi encontrado dois rádios transmissores, celulares, estoques e facas, que poderiam ser usados em uma nova rebelião.
Segundo o procurador chefe do Ministério Público Militar, José Luiz Pereira, a revista no Compaj foi uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), reconhecida pelo Ministério da União, sendo assim, uma operação feita pelo Exército que só poderia ser acompanhada por membros dos mesmos.
“Eu acompanho a atividade e fiscalizo a legalidade das operações em GLO. Só acompanho esse tipo de operação feita por órgãos federais. Somos um órgão de fiscalização, mas não fiscalizo ações estaduais. Eu tenho orientado e orientei o Comando Militar da Amazônia (CMA) para que advogados e defensores pudessem entrar, mas que ficassem em área segura dentro do presídio para a segurança deles. O Exército garante a minha segurança dentro das celas, mas não tem como fazer a segurança de outras pessoas que não fazem parte dos órgãos federais”, disse.

Direitos Humanos
O ouvidor-geral da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), Glen Wilde, denunciou, ainda nesta manhã, que os membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AM foram impedidos de acompanhar a vistoria que aconteceu no Compaj.
A equipe, que foi impedida de entrar na unidade, ouviu três explosões vindo de dentro do presídio e, em seguida, presenciou a chegada de três ambulâncias no local.
Em Tempo/montedo.com

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