Entre os passageiros estavam 34 brasileiros e 46 haitianos, diz Exército.
Operação foi deflagrada pelo Exército e Marinha em áreas de fronteira.
Jéssica Alves
Do G1 AP
Uma embarcação com 49 estrangeiros foi apreendida pela Marinha e Polícia Federal no domingo (25), próximo ao município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. A ação ocorreu durante a Operação Ágata 10, deflagrada desde o dia 21 de outubro em regiões de fronteira do estado. O veículo, segundo informações dos órgãos, seguia com destino a Guiana Francesa. O comandante foi detido.
Entre os passageiros, estavam 34 brasileiros, 46 haitianos, 2 senegaleses e um colombiano. Segundo a Marinha, 34 haitianos apresentaram documentação estrangeira. Os demais tripulantes foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Macapá para verificar se eles estavam entrando ilegalmente na fronteira brasileira.
De acordo com o Exército Brasileiro, que comanda a Operação Ágata 10, as embarcações não possuíam documentação, material suficiente para seus tripulantes e passageiros, apresentavam superlotação e os tripulantes não tinham habilitação para conduzir as embarcações.
Também foram preendidas armas, drogas, ouro e madeira ilegal durante a primeira semana de fiscalizações. A operação prosseguirá até o dia 30 de outubro.
O comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, general Anisio David explica que garimpos ilegais foram identificados no distrito de Lourenço, no município de Calçoene, distante 376 quilômetros da capital, em ação feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
"A operação faz parte do plano estratégico, que reúne ações de fiscalização na área de fronteira do Amapá. Foram feitas diversas apreensões de materiais e descobrimos a existência de garimpos com trabalho escravo na região. As fiscalizações continuarão até o fim do mês", enfatizou.
Segundo o Exército, a Operação Ágata 10 realiza patrulhamentos fluviais na calha do Rio Oiapoque, por intermédio da Força Tarefa Oiapoque e Clevelândia do Norte. Participaram das ações a Polícia Militar do Amapá (PMAP), o Instituto do Meio Ambiente (Ibama) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros órgãos. Os militares estão concentrados em áreas na capital e no interior e, para isso, contam com o apoio do Ibama e da Polícia Federal (PF).
G1/montedo.com