General da discórdia
Vereadora do PP propõe honraria ao ministro-chefe da Segurança Institucional de Temer, que em 2014 atacou a Comissão da Verdade
Paulo Germano
O vereador Roberto Robaina, do PSOL, lidera uma articulação para impedir a colega Mônica Leal, do PP, de aprovar um projeto que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao general do Exército Sérgio Etchegoyen.
Nascido em Cruz Alta, Etchegoyen é ministro-chefe da Segurança Institucional do governo Temer. Irritou a esquerda em 2014, quando classificou de "patético" o esforço da Comissão da Verdade em "reescrever a história" – na época, a comissão havia incluído o seu pai, Leo Etchegoyen, morto em 2003, na lista de militares envolvidos em torturas.
– Além de representar um governo ilegítimo, ele representa a repressão e a defesa da ditadura – afirma Robaina.
Mônica Leal, claro, discorda. Diz que o general "se destacou pela defesa dos princípios da moral e da ética" ao longo dos "mais de 40 anos de serviços prestados à nação":
– A homenagem representa o espírito de luta do povo gaúcho, que clama por ordem e progresso no Brasil.
Zero Hora/montedo.com
Nota do editor:
O vereador Roberto Robaina é casado com a ex-deputada Luciana Genro, filha do ex-governador Tarso Genro.
Nota do editor:
O vereador Roberto Robaina é casado com a ex-deputada Luciana Genro, filha do ex-governador Tarso Genro.